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O
ONTEM E O AQUI-AGORA: O COTIDIANO DE UMA CRECHE PÚBLICA DO MUNICÍPIO
DO RIO DE JANEIRO
Sandra Cristina Ferreira de Sousa Pastorino de
Almeida - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Mais de meio milhão de crianças na idade
de zero a três anos! O município do Rio de Janeiro possui,
segundo os dados do IBGE/Censo2000, 535.141 crianças em idade de
creche. Segundo o mesmo instituto, destas 535.141 crianças, são
atendidas em creches 358.207 , o que representa que 66,93% da população
de 0 a 3 anos é levada pela família a freqüentar estes
espaços. No entanto, os dados fornecidos pela Secretaria Municipal
de Educação/ Assessoria Técnica de Planejamento/
Informações Gerenciais, informam que em 2002, 18.214 dessas
crianças foram matriculadas na modalidade creche dentro desta Secretaria.
Os dados percentuais das 18.214 crianças numa população
de 535.141 resultam em 3,40% de crianças de 0 a 3 anos sendo atendidas
pelo poder público municipal na Secretaria Municipal de Educação.
Contudo, o poder público municipal ainda possui crianças
nesta faixa etária que estão matriculadas em NACs (Núcleo
de Atendimento a Crianças) e creches do PROAP, ambos vinculados
à Secretaria Municipal de Assistência Social.
Estas estatísticas revelam, por um lado, uma enorme demanda de
crianças de 0 a 3 anos e 11 meses, em idade de creche, no município
do Rio de Janeiro, e um interesse grande da família pelo serviço
e, por outro lado, ainda uma pequena participação do poder
público na oferta de educação infantil para este
grupo. Além disso, as crianças freqüentam diferentes
espaços, com diferentes nomenclaturas (NACs, Creches PROAPs, Creches
Municipais, Creches Privadas).
Hoje, no Brasil, temos um ordenamento legal que assegura a educação
infantil como direito da criança: a Constituição
de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990,
a Política Nacional de Educação Infantil de 1994,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n.
9394/96, os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação
Infantil de 1998 e as Diretrizes Nacionais para Educação
Infantil. No âmbito do município do Rio de Janeiro, amparados
pela legislação nacional, também têm sido elaborados
Decretos, Resoluções, Portarias... Cabe dizer que este ordenamento
legal é fruto de conquistas sociais como resultado da mobilização
da sociedade civil desde a década de 1980.
Mas como chegamos no município do Rio de Janeiro a este contexto
em que existe a complexidade fervente que emana da vida cotidiana e o
poder público que vai promulgando as leis? Que trajetória
da educação infantil podemos contar? Que profissionais cuidam
e educam as crianças em creches? O que dizem as recreadoras que
lidam diretamente com as crianças?
Quando mergulhamos no cotidiano da creche e em seu contexto histórico-político-social,
as questões e problemáticas se intensificam de uma forma
que parece que só desejamos respirar seus ares e até perdemos
o fôlego ao levantar tantas perguntas.
INDO AO ONTEM PARA PENSAR O AQUI-AGORA
“A entrada da educação no campo da educação
Infantil gera tensões, pois carrega o modo de ser que foi historicamente
se construindo sem a presença de crianças pequenas, sem
a presença de movimentos sociais organizados, sem a presença
tão marcante de professoras leigas, componentes que marcam a educação
infantil brasileira.” (ROSEMBERG, 2002: 76)
Então, que trajetória histórica da
Educação infantil podemos contar?
Solange Jobim e Souza, no texto “Tendências e fatos da política
do pré-escolar no Brasil”, narra a entrada dos organismos
internacionais no Brasil. Ela conta que os organismos internacionais começaram
a trazer ações e idéias para a infância no
Brasil e na América Latina em função dos altos índices
de desnutrição e mortalidade infantil. Nessa época,
o governo brasileiro só tinha o discurso sem ações
efetivas. Desta forma, na década de 40 e 50, a UNICEF entrou com
ações de cunho emergencial como distribuição
de leite. Posteriormente, ampliou para o apoio a programas de saúde,
nutrição e assistência social.
Nos anos 70 e 80, o governo, através da assistência, buscou
dar a seus programas um caráter educacional e recorreu à
UNICEF. Com base na idéia de que países subdesenvolvidos
não dispõem de recursos financeiros para o atendimento aos
menores de 7 anos, a UNICEF recomendou como medida emergencial:
“- diminuir os custos para atender ao maior número de crianças;
- envolver a família e a comunidade no trabalho sistemático
com o pré-escolar com o objetivo de melhorar as condições
de vida da criança e da família”. (JOBIM e SOUZA,
1991, p. 37).
As questões sociais se agravavam com o crescimento da área
urbana e a educação infantil passava a ter a função
de substituir uma política para infância. Para abraçar
a demanda por creche os critérios adotados eram de expandir a baixo
custo.
Campos (2002) aponta que na educação infantil tem havido
o diálogo entre o campo jurídico e o campo educacional na
busca por subsídios e orientação. Dentro do ponto
de vista dos direitos constitucionais, o atendimento a crianças
pequenas foi iniciado pelo movimento feminista, com o direito das mulheres
trabalhadoras. Se na década de 70, a Lei 5692/71, se omite ao atendimento
da criança de 0 a 6 anos, são os movimentos populares que
vão lutar por esse tipo de serviço. Neste período,
as leis da educação se mostravam atrasadas em relação
a realidade social, diferenciando-se das leis trabalhistas, que em 1967,
já apontavam para o direito da criança de ser amamentada
e cuidada em caso de doença, pela mãe, nos primeiros 6 meses
de vida. Num segundo momento, a discussão se ampliou ao pai trabalhador.
A discussão do atendimento ser direito da criança cresceu
com o evidenciamento da “qualidade baixíssima” do serviço.
No Rio de Janeiro, segundo Tavares (1993), desde a década de 60,
o crescimento das favelas e dos bairros proletários preocupavam
os setores governamentais, que criaram medidas e ações para
contenção e redução do acirramento dos conflitos
sociais e controle, por parte do Estado, para organização
das camadas populares. Assim, em 1979, foi criada a Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Social no município do Rio de Janeiro. A SMDS
surgiu como “mini-prefeituras”, com a proposta da intervenção
do governo nas favelas e responsável pela oferta de serviços
públicos nas áreas de saneamento, educação
e saúde para essa população. Com isso, ela passou
a cuidar do “morador das favelas” desde a infância à
velhice. As primeiras iniciativas da Rocinha tiveram o apoio da SMDS e
da UNICEF.
Na década de 1980, permaneceram os conselhos da Unicef, da década
de 1950, do uso de mão-de-obra da comunidade (incentivando-se o
voluntariado e a apropriação e a exploração
do trabalho comunitário) e a expansão a baixo 9 de 2001,
o Decreto n° 20.525 “transferiu” da Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Social para a Secretaria Municipal de Educação
a responsabilidade pelo atendimento prestado pelo Município às
unidades de educação infantil, num processo gradual em três
etapas: na primeira etapa, até dezembro de 2002, a SME passava
a fazer a supervisão das creches; na segunda etapa, a SME passava
a se responsabilizar pelas creches públicas; e na terceira etapa,
a SME passava a se responsabilizar por todas as creche inclusive as filantrópicas
e conveniadas.
Entretanto, estas etapas não se deram como no previsto, visto que
ainda hoje encontramos cheches vinculadas a Secretaria Municipal de Assistência
Social com as nomenclaturas de NACs (Núcleos de Atendimento as
Crianças) e creches inauguradas pelo PROAP – Programa Assentamento.
Na citação que introduz este painel histórico, Rosemberg,
2002, vai ao cerne dos conflitos que emergem no contexto atual da educação
infantil. Pois existe uma história da educação infantil,
que teve um grande desenvolvimento com o crescimento da área urbana
e quando a mulher sai para trabalhar. Posteriormente, o poder público
traz ações de perfil assistencialista e agora ele tenta
dar um sentido educacional ao serviço de creche.
Mas o que pode significar a Secretaria Municipal de Educação
ser responsável pelas creches? Será apenas uma questão
legal? O fato das creches passarem à responsabilidade da Secretaria
Municipal de Educação, e serem consideradas como política
pública básica, faz no cotidiano haver um trabalho educacional?
O que faz haver um trabalho educacional? Quais autores envolvidos? O que
a SME oferece é um caráter institucional ou educacional?
Estas são algumas das questões que carrego comigo a pesquisa
de campo com o foco voltado às recreadoras de creche. Assim, tendo
como referencial a perspectiva sócio-histórica, busco construir
conhecimento com a história, a memória e a narrativa, trazendo
para o “agora”, os sujeitos em sua totalidade e as questões
que fazem parte do trabalho cotidiano com as crianças que freqüentam
a creche pública.
O AQUI-AGORA E A NARRATIVA DE UMA RECREADORA DE CRECHE
PÚBLICA
Em 1998, a creche foi construída pela Prefeitura
do município do Rio de Janeiro, Programa Favela Bairro, tendo naquela
época como instância superior a Coordenadoria 4 da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS). Depois do Decreto n° 20.525,
de 14 de setembro de 2001, ela passou a integrar a rede da Secretaria
Municipal de Educação. Esta creche pública, localizada
numa favela, foi feita para atender a quatro turmas, no total de aproximadamente
60 crianças, na faixa etária de 0 a 2 ano e 11 meses, em
horário integral. Esta infraestrutura se mantém hoje.
É nela que hoje desenvolvo a pesquisa de campo para a Dissertação
de Mestrado e onde realizei, em 2002, uma pesquisa Monográfica
para o Curso de Especialização em Educação
Infantil: Perspectivas de Trabalho em Creches e Pré escolas –
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ PUC-RIO.
Neste semestre do Mestrado em Educação, vou a campo. Inicio
a pesquisa de campo, pensando com Regina Leite Garcia:
“que o cotidiano é a hora da verdade. É ali que os
grandes projetos, as grandes explicações, as grandes sínteses,
as grandes narrativas e as grandes certezas são confirmadas ou
negadas, e o que complica ainda mais é que às vezes a mesma
certeza que num momento é confirmada, no momento seguinte é
negada”. (Garcia, 2003, p. 195)
O cotidiano é este lugar da dúvida e da descoberta, em que
a escuta e o olhar dos sujeitos vão revelando o que está
por traz, o dito e o não dito. Investigando e rompendo com os limites
da visão disciplinar, fragmentada e metodologicamente fechada,
das amarras de uma ciência que se diz possuidora da verdade neutra,
imparcial e positivista. Na pesquisa com o cotidiano há a complexidade
deste lugar, onde se segue pistas que levam a outras, que ora confirmam
idéias e ora as negam.
A perspectiva sócio-histórica traz uma visão humana
da construção do conhecimento. A relação que
acontece na pesquisa se dá entre sujeitos. Assim, o pesquisador
ocupa um lugar sócio-histórico e estabelece relações
intersubjetivas com os sujeitos aos quais pesquisa. Não há
a busca por uma precisão do conhecimento, mas pela profundidade
deste conhecimento para entender os sujeitos no contexto.
Na própria história da pesquisa, as vozes dos sujeitos envolvidos
emergem de forma a ajudar a construir a própria investigação.
Com Bakhtin vemos que há o encontro de muitas vozes que se compõe
na narrativa de cada sujeito e que a palavra assume diferentes significados
ao longo da história, dependendo diretamente do contexto em que
é enunciada e dos sentidos dados pelos sujeitos históricos,
que estão imersos na coletividade. Para este texto trago a fala
de uma recreadora durante a pesquisa de campo.
...“Para Bakhtin (1981) ...essa mediação se dá
na linguagem... ... A palavra signo ideológico por excelência,
é mediadora do processo dialético entre o indivíduo
e o social. Cada época e cada grupo social tem seu repertório
de formas de discurso, que funciona como espelho que reflete e retrata
o cotidiano das relações sociais.”. (Kramer e Jobim,
1996, p. 26)
A recreadora trabalha na creche desde sua inauguração, assim
vivenciou o período em que a creche tinha a orientação
da SMDS e agora está na SME. Por isso, quando ela fala, carrega
consigo essa história coletiva e traz, ao mesmo tempo, a sua “voz”
constituída por outras “vozes”. Vamos a fala:
“Agora, a creche está muito melhor. Muito mais organizada.Cada
coisa tem o seu lugar. A gente sempre tem reunião mensal para fazer
o planejamento. A gente trabalha mais e tem que economizar o material
pedagógico, que é mais limitado.” (Recreadora da turma
201)
Quais outras vozes passam por esta narrativa? Quais estruturas provocam
na educadora essa expressão de valorização ao trabalho
realizado hoje?
Ao mesmo tempo, que podemos perceber os aspectos institucionais que a
SME leva ao cotidiano e que passam a ser parte do discurso da receadora,
existem outros aspectos tais quais as concepções que as
palavras carregam e os significados que estes sujeitos vão atribuindo.
Assim, o trabalho na creche passa a ser considerado como um serviço
educacional e não mais assistencial, o que se reflete no posicionamento
da recreadora. Há um outro status, o caráter educacional
propõe a recreadora um sentimento de valorização
de seu trabalho.
Entretanto, muitas das condições de trabalho destas recreadoras
continuam sendo as mesmas de quando a creche estava na Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Social. Os salários das funcionárias
continuam sendo pagos pela mesma cooperativa, terceirizada pela prefeitura
e - guardadas as correções na economia nacional - o seu
salário continua, proporcionalmente, o mesmo. Mesmo assim, ela
dá uma ênfase positiva ao fato de trabalhar mais. E até
mesmo o material pedagógico, “que é mais limitado”,
possui um sentido de melhor aproveitado, gerenciado, controlado.
Neste contexto, parte da contratação de funcionários
ainda é mantida por cooperativas, com a diferença de que
no quadro de funcionários há um diretor, vinculado à
SME, através de concurso público para professor, e um Professor
Regente Articulador, também professor concursado pela SME, que
exerce uma função de orientação do trabalho
pedagógico.
Esta creche pública foi criada pelo poder público (Programa
Favela Bairro) e näo foi resultado de um movimento comunitário,
como em outros casos. Desde seu início, ela foi marcada por aspectos
institucionais, primeiro com a SMDS, agora, com a SME. As recreadoras
desta creche fazem parte da comunidade, mas não chegaram lá
a partir de um movimento coletivo, organizado na luta por creches, diferente
de recreadoras de muitas creches comunitárias. Muito da luta que
as recreadoras das creches comunitárias mantém, provém
de um movimento de luta pela educação infantil. Elas se
sentem pertencentes a este lugar, participando mais politicamente. Diferente
destas recreadoras de creche pública que seu ingresso na rede de
creches se deu através de contrato por cooperativa subordinado
a instância pública.
Estas inquietações que estão sendo aprofundadas na
dissertação de mestrado se articulam a outras questões,
perguntmos: qual será a postura da Secretaria, a longo prazo para
com estas profissionais? Bem, os jornais estão divulgando que haverá
concurso para agente auxiliar de creche na Secretaria Municipal de Educação,
sendo exigido como formação, o ensino fundamental completo.
Será que as recreadoras desta creche pública em que realizo
a pesquisa de campo, elementos da comunidade, com uma formação
no nível médio que recebem baixos salários, vão
ser substituídas por agentes educativos concursados, com o nível
fundamental e baixos salários? Serão colocados na creche
professores que fizeram o concurso para o lecionar no ensino fundamental?
Ou a Secretaria abrirá concurso para professor de educação
infantil exigindo a habilitação na área? Sobre o
trabalho realizado nas creches algumas perguntas precisam estar permanentemente
em nosso cotidiano: o que significa as creches estarem na Educação?
Será apenas uma questão legal? O que é educação?
Para quê educar nesta sociedade? Poder do Estado que institui nas
creches como educacional torna realmente o trabalho no cotidiano educacional?
O fato das creches passarem à estar sob a responsabilidade da Secretaria
Municipal de Educação e ser considerada Política
pública básica faz no cotidiano haver um trabalho educacional?
O que faz haver um trabalho educacional? Quem faz, as recreadoras, a direção,
a família, as crianças?
Neste texto, eu trouxe um estudo sobre o histórico da educação
infantil e partindo da fala de uma das recreadoras, da creche em que faço
a pesquisa de campo, uma abertura de reflexão sobre o contexto
da educação infantil no município do Rio de Janeiro
quanto ao trabalho desenvolvido por estas profissionais. No transcorrer
do Mestrado em Educação, as questões que aqui foram
apontadas continuarão a ser pensadas com o cotidiano e com os sujeitos
que fazem parte da investigação.
ANEXO
1
Tabela 1 - População residente, de 0 a 6 anos, segundo
Áreas de Planejamento,
Rio de Janeiro-2000. |
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AP |
Total |
Total |
|
|
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População |
0 a 6 |
< de 1 ano |
1 ano |
2 anos |
3 anos |
4 anos |
5 anos |
6 anos |
|
Total |
5.857.904 |
626.450 |
88.616 |
88.318 |
90.423 |
90.850 |
89.098 |
90.548 |
88.597 |
|
AP
1 |
268.280 |
27.044 |
4.021 |
3.960 |
3.942 |
3.898 |
3.793 |
3.707 |
3.723 |
|
AP 2 |
997.478 |
70.174 |
10.022 |
9.844 |
9.941 |
10.158 |
9.870 |
10.227 |
10.112 |
|
AP 3 |
2.353.590 |
255.424 |
36.007 |
36.024 |
36.960 |
37.337 |
36.404 |
37.008 |
35.684 |
|
AP 4 |
682.051 |
74.880 |
10.700 |
10.441 |
10.982 |
10.814 |
10.731 |
10.634 |
10.578 |
|
AP 5 |
1.556.505 |
198.928 |
27.866 |
28.049 |
28.598 |
28.643 |
28.300 |
28.972 |
28.500 |
|
Fonte: IBGE,
Censo Demográfico - 2002
|
|
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Tabela 2- Total da População de 0 a 3 anos (Recorte e cálculo
a partir dos dados da tabela 1)
Total |
< de 1 ano |
1 ano |
2 anos |
3 anos |
População total
(0 a 3) |
TOTAL |
88.616 |
88.318 |
90.423 |
90.850 |
535.141 |
Tabela 3 – Quantitativo de crianças atendidas em creches, pré-escolas, CA
e Ensino Fundamental
|
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|
Áreas
de |
Total |
Creches |
Pré-escolas |
CA e Ens.Fund. |
Planejamento |
0 a 6 anos |
(0 a 3) |
(4 e 5) |
(6 anos) |
Total |
626.450 |
358.207 |
179.646 |
88.597 |
AP 1 |
27.044 |
15.821 |
7500 |
3.723 |
AP 2 |
70.174 |
39.965 |
20 097 |
10.112 |
AP 3 |
255.424 |
146.328 |
73 412 |
35.684 |
AP 4 |
74880 |
42.937 |
21.365 |
10.578 |
AP 5 |
198928 |
113.156 |
57.272 |
28.500 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Fonte: IBGE, Censo Demográfico
- 2002
Tabela 4 – Percentual de crianças atendidas em creches (Calculado a
partir das tabelas 2 e 3)
|
|
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|
População
Total
|
Atendimento em Creches |
Percentual
em
creches |
|
|
(0
a 3) |
(0 a 3) |
|
|
Total |
535.141 |
358.207 |
66,93% |
|
|
|
|
|
|
|
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Tabela
5 – Matrícula de Educação Infantil – Modalidade creche - 2002
Ano |
Berçário
I |
Berçário
II |
Maternal
I |
Maternal
II |
Total
|
2002 |
1.754 |
2.902 |
6.187 |
7.371 |
18.214 |
Fonte: SME
– Assessoria Técnica de Planejamento – Informações Gerenciais
Tabela 6 – Percentual de matrícula em Educação Infantil (modalidade
creche/2002) em relação a população total de crianças de 0 a 3 anos (Calculado
a partir das tabelas 2 e 5)
|
População
Total
|
Total de matrículas em creches |
Percentual
|
|
|
(0
a 3) |
(0 a 3) |
|
|
Total |
535.141 |
18.214 |
3,40% |
|
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei
Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394, 1996.
BRASIL. Decreto n° 20.525. Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2001.
BRASIL. Resolução Conjunta SMDS/SME n° 405. Rio de Janeiro,
de 3 de Dezembro de 1997.
ALMEIDA, S. C. F. S. P & WALSH, T. Leis e narrativas sobre a assistência
e a educação no campo da educação infantil
no município do Rio de Janeiro. PUC-Rio, Monografia, 2002.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo.
Hucitec. 1995.
CAMPOS, M. M. A mulher, a criança e seus direitos. In: Cadernos
de pesquisa. São Paulo, Fundação Carlos Chagas, março,
1999, n 106.
GRACIA, R. L. A difícil arte/ciência de pesquisar com o cotidiano.
In: GRACIA, R. L. (org) Método, Métodos, contramétodos.
São Paulo: Cortez, 2003.
JOBIM E SOUZA, S. & KRAMER, S. Educação ou tutela? A
criança de 0 a 6 anos. São Paulo, Edições
Loyola, 1991.
FREITAS, T. M., JOBIM E SOUZA, S. & KRAMER, S. Ciências humanas
e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo, Cortez, 2003.
NOGUEIRA, S. M. N. Educação e participação:
a pratica educativa no Centro Comunitário "União-Faz-a
Força" - Rua 1 - Favela da Rocinha. PUC-Rio, Dissertação
de Mestrado, 1985.
ROSEMBERG, F. Do embate para o debate: educação e assistência
no campo da educação infantil. In. MACHADO, M. L. A.(org.).
Encontros e Desencontros em Educação Infantil. São
Paulo, Cortez, 2002, p. 63-78.
TAVARES, M. T. G. et all. Escolas e creches comunitárias no Rio:
uma história de “correr atrás” contra a política
do “’é pegar ou largar”, In: Proposta. Rio de
Janeiro, Fase, 1993, dezembro, 59. |
|