Luciana Bassetto - C.E.M.E.I. “Alexandre
Sartori Faria”
Iniciei meu trabalho no CEMEI “Alexandre S. Faria” no ano
de 2004. Um espaço educativo onde é possível perceber,
em um primeiro olhar, que se trata de um lugar que busca sair do marasmo
em que muitas unidades educacionais da Prefeitura de Campinas se encontram.
Minha turma seria de crianças de 4 meses a 2 anos de idade (Agrupamento
1A). Junto comigo haveria seis monitoras. Iniciamos o ano com aproximadamente
12 crianças e terminamos com 24 crianças matriculadas. Nunca
tinha trabalhado com esta idade. Isto me animava muito, pois gosto de
coisas diferentes que me façam buscar novos caminhos para meu trabalho.
Era novo também o fato que em minha sala haveria outros adultos
que iriam compartilhar comigo o processo educativo daquelas crianças.
Na primeira reunião fui apresentada ao Projeto da Escola: memória,
cultura popular e meio ambiente. Dele sairiam os temas que seriam trabalhados
por cada turma. Nosso agrupamento optou em trabalhar a fauna e a flora
de nossa região, afinal estávamos localizados em uma área
de preservação ambiental (APA), e teríamos uma riqueza
de material a ser explorado. O trabalho começou dando maior ênfase
na flora da região. Dentro da proposta de trabalho com projetos,
não era possível delimitar o que iríamos trabalhar
sobre a flora, eram as crianças que iriam mostrar o caminho, através
de suas manifestações corporais. Fizemos um passeio pelos
quarteirões ao redor do CEMEI, a fim de perceber o ambiente que
nos cercava. Procuramos despertar nas crianças a curiosidade para
as árvores, folhas e flores ao redor da escola. Levamos baldinhos
para coletarem aquilo que chamassem atenção. Com o material
coletado fizemos confecção de dois tipos de árvores
e pintura com pétalas de flores. Fomos também até
a propriedade da família Príncipe, próxima a Estação
Ambiental de Joaquim Egídio, com o objetivo de conhecer as plantações
lá cultivadas e os animais que criavam. Ganhamos um lírio
e nele veio um gafanhoto vivo. Não demorou para que ele começasse
a dar seus pulos pela nossa sala. Saltava de uma criança para outra,
ora assustando, ora alegrando. As crianças observaram suas características,
encostavam o dedo em seu corpo o que provocava seu pulo fazendo com que
o procurassem para onde ele tinha se movimentado. Fizemos o registro com
fotos deste momento, bem como, realizamos a pintura com tinta guache de
um grande gafanhoto que posteriormente colamos no painel da sala. Este
gafanhoto foi preso por alguns dias em um vidro com furos na tampa e fomos
mostrá-lo para a sala da Profa. Mônica (2B – crianças
de 3 a 4 anos) que tinham como projeto os insetos do jardim. Ela e sua
turma nos mostraram outro tipo de gafanhoto, o bicho pau, a joaninha,
a lagarta, o besouro. A partir deste dia começamos a trocar informações
entre nossos projetos. Ficou evidente para nosso agrupamento que os insetos
presentes nas plantas despertavam muito a atenção e a curiosidade
das crianças. Passados alguns dias o gafanhoto foi solto no jardim
da escola. Os passeios ao redor do C.E.M.E.I. passaram a ser semanais
com constantes coletas de folhas e flores espalhadas pelo chão,
observação de insetos e dos animais que apareciam pelo caminho.
Comumente coletávamos materiais (folhas e flores) para confecção
de diferentes atividades em nossa sala. Pesquisamos artistas que representavam
a flora e a fauna. Encontramos uma xilogravura de M. C. Escher –
“Laço de Moebius II”, 1963, 45x20cm; óleo sobre
tela de Archimboldo – “Primavera”, 1577, 76x63,55cm;
e uma figura da escultura de uma libélula de Tao Sigulda. Fizemos
molduras para estas imagens com as crianças a partir de uma técnica
com tintas e esponjas. Penduramos estas obras em móbiles na altura
do olhar das crianças que ao caminharem pela sala, deparavam-se
com as figuras e ficavam observando-as por alguns segundos: algumas sorriam,
outras murmuravam alguns sons e outras nos chamavam para ver. Destaco
aqui a importância da sensibilidade que o educador deve ter em disponibilizar
imagens e materiais na altura do olhar e ao alcance das mãos da
criança. É muito comum em escolas de educação
infantil as gravuras e os trabalhos das crianças, assim como os
brinquedos, folhas e materiais de arte estarem ao alcance das mãos
e do olhar do adulto, isto é, totalmente controlado pela vontade
deste que limita a vontade da criança em poder observar e manipular
materiais. Este tipo de atitude, salvo quando é para afastar a
criança de materiais perigosos, limita o desenvolvimento da autonomia
da criança e afasta de seu campo de visão as suas próprias
produções, a dos colegas e demais que podem estar sendo
oferecidas. Sempre busquei ter muito cuidado com este tipo de conduta.
Não raro foram as vezes que pude observar as crianças observando
os materiais que confeccionaram e tecendo comentários sobre o que
viam. Mesmo nossos pequenos do berçário não hesitavam
em manifestar suas opiniões, nos chamando para ver, identificando
amigos em painéis de fotos, apontando para obras de artistas e
utilizando dos sons que já conseguiam produzir que, embora não
conseguíamos decifrar, percebíamos pela expressão
de suas fisionomias e pelo vigor de suas expressões corporais o
quanto aquela imagem os animavam e despertavam sua curiosidade. Compreendíamos
que a cada dia era preciso fazer um exercício constante em oferecer
atividades que atendiam as especificidades do agrupamento 1A e ao mesmo
tempo proporcionassem momentos em que as crianças participassem
ativamente tanto na observação, quanto na coleta de material
e confecção dos registros. Era preciso preparar constantemente
o espaço físico onde passariam o ano, de forma que fosse
“(...) fonte de permanente surpresa, o encontro do olhar com as
referências inusitadas e enriquecedoras que se oferece em cada canto.”
Entendíamos, na prática, que ter um eixo que conduzia nosso
planejamento nos dava condições para visualizarmos as atividades
que surgiam a partir de descobertas realizadas no cotidiano. Isto dava
sentido ao trabalho realizado e despertava a criatividade e a atenção
constante sobre o que era interesse para as crianças dentro do
tema proposto, garantindo condições para que avançassem
além daquilo que já sabiam em condições concretas
de vida. Em continuidade ao projeto, adquirimos variados insetos plásticos
em miniaturas e penduramos na sala em uma grade de berço que já
tinha sido previamente pintada e parafusada a parede horizontalmente.
Nos palitos das grades penduramos os insetos e as crianças passavam
por baixo deles, que simulavam uma cortina de insetos. Primeiramente penduramos
os insetos por elásticos o que não deu certo, pois eles
puxavam o brinquedo até o limite do elástico e quando soltavam
acaba por bater em que estivesse por perto. Optamos por trocar todos os
elásticos por barbantes, evitando assim os acidentes. O interesse
das crianças era crescente pegando os insetos, observando-os, mostrando
para os colegas e as educadoras e falando: “bichhh, bichhhh, bichhh!!!”
Prosseguimos com nossos passeios ao redor do CEMEI e descobrimos as formigas.
Elas estavam por toda parte: na calçada, nas pétalas das
flores, nos troncos das árvores, carregando folhas pelo chão
desenhando um longo caminho tortuoso. Fizemos três grandes formigas
de TNT (tecido). Eram três sacos compridos onde as crianças
encheram de jornal amassado. Em seguida amarramos cada saco em três
gomos representando o corpo da formiga. Fizemos os seus olhos com botões
e suas antenas e garras com arames revestidos de tecidos. Quando ficou
pronta foi uma deliciosa surpresa. Corriam da formiga, abraçavam,
sentavam em cima e alguns já ensaiavam: “miga, miga, miga!!”.
Apesar de o tamanho das formigas serem muito maior que seu tamanho real,
eles não tiveram dificuldade em reconhecê-las. Creio que
a vivência com este inseto tinha sido muito intensa durante os passeios
o que as deixou muito animadas ao vê-las tão grande, mas
com a vantagem de estarem de tão fácil alcance.“A
aprendizagem resulta sempre de um processo ativo por parte do sujeito,
que deve desenvolver em relação ao objeto a ser apropriado
uma atividade que reproduza, pela sua forma, os traços essenciais
da atividade para a qual o objeto foi criado.”(MELLO, 1999: 21)
Continuando o intercâmbio com o 2B, levamos nossas formigas para
visitá-los. Foi muito interessante, pois chegando lá eles
nos mostraram um besouro e uma lagarta que tinham confeccionado, um quadro
de insetos e uma aranha viva que estava dentro de um vidro. Brincamos
muito com seus insetos e eles com nossas formigas. Foi significativo para
nosso grupo uma vez que, além de trocarmos conhecimentos respeitando
a linguagem específica das idades brincamos juntos com os brinquedos
da sala, possibilitando a integração de diferentes idades
em um ambiente novo para nosso agrupamento. Junto com o 2B também
realizamos um piquenique na rua sem saída próxima ao CEMEI.
O 2B levou um bolo de chocolate recheado no formato de uma aranha, que
tinha olhos de cereja que foi “roubada” pela Camily do Agrupamento
1A. Nosso agrupamento levou um bolo formigueiro. Apresentamos os bolos
as crianças e exploramos o que representavam, sendo que em seguida
eles foram saboreados por todos, junto com leite e chocolate preparado
pela cozinha da escola. Depois de experimentarmos e nos lambuzarmos, brincamos
de correr e a professora Mônica comandou uma brincadeira que consistia
em imitar insetos. Sua turma imitava os insetos animadamente e nosso agrupamento
observava com curiosidade, andando entre as crianças maiores e
tentando imitá-los.“A imitação (...) é
a forma inicial do processo de aprendizagem na criança pequena,
não deve ser entendida como um processo mecânico por parte
da criança, mas como uma oportunidade para que esta realize ações
que estão além de suas capacidades efetivas ainda que dentro
de seu nível de desenvolvimento próximo.” (MELLO,
1999: 23) Realizamos inúmeras atividades plásticas com o
tema da formiga, sendo que o que foi confeccionado, juntamente com aquilo
que já tínhamos feito, era utilizado para a decoração
de nossa sala ( as paredes, o teto, o painel, os azulejos do banheiro
e o chão). No dia das mães realizamos uma atividade semelhante
a que fazíamos semanalmente. Pedimos que elas, juntos com seus
filhos, andassem ao redor do CEMEI explorando a natureza da redondeza
e coletando folhas e flores. Em sala organizamos várias atividades
onde cada uma delas escolheram de acordo com o interesse. Havia confecção
de massinha e a partir da massa a montagem de insetos, pintura vazada
de formigas, confecção de árvores a partir do material
coletado no passeio. Os trabalhos ficaram expostos na entrada de nossa
sala. Em um de nossos passeios um grupo de três crianças
agacharam na entrada do CEMEI e exclamavam “bich, bich!!”.
Quando chegamos perto notamos que o grupo observava formigas andando em
fila. Esta observação nos surpreendeu muito, pois eles descobriram
pelo próprio interesse a presença destes insetos, exclamando
pelo seu nome. Estava claro para nós que associaram aquela observação
com suas experiências anteriores. Foi muito gratificante porque
percebíamos a cada dia que estávamos no caminho certo, que
estávamos conseguindo despertar o interesse das crianças
e possibilitando que elas avançassem em seus conhecimentos através
das experiências oferecidas. O grau de envolvimento com a proposta
era tão intenso que passaram a coletar espontaneamente folhas e
flores espalhadas quando saiamos a passeio, material este que nos serviram
de base para várias atividades da sala. Realizamos mudanças
no ambiente de nossa sala: adquirimos um novo armário, mudamos
outro de lugar. Fomos registrando em anotações particulares
e em relatórios o quanto o grupo adquiria autonomia, despertava
a curiosidade pela natureza, demonstrava entusiasmo em realizar atividades
vinculadas ao projeto, familiarizava-se com o assunto que era desenvolvido,
o que era constatado não só através do interesse
pelo material oferecido, mas também pelos relatos de pais que nos
contavam os avanços das crianças quanto as suas aquisições
motoras (andar, alimentar-se, cantar, pegar folhinhas, flores, exclamarem
quando viam insetos, etc). Percebemos no grupo um empenho em querer comunicar-se
usando sons que fossem semelhantes ao denominado socialmente (ex.: bich
– bicho) e falando em suas próprias linguagens seus entusiasmos,
suas emoções e sensações. Isto nos tornava
sensíveis ao que as crianças buscavam nos comunicar, quais
eram seus interesses, o que não gostavam e o que era de seu agrado.
Era importante estar com o olhar aguçado para perceber as crianças,
refletindo sobre as respostas que davam a cada dia, registrando aquilo
que lhes interessavam e transformando estes registros em ações
planejadas pra desafia-las nos dias que se seguiam.“Registrar é
uma estratégia para olhar e valorizar o que as crianças
fazem. Só o olhar atento do professor pode ser transformador, pois
à medida que observa também reconhece as particularidades
do grupo na construção do conhecimento.”(KLISYS e
CAIUBY, s/d: 25). Por pertencermos a uma Rede Municipal de Educação
estávamos sujeitos a sua organização (ou desorganização).
Portanto, no decorrer do ano tivemos troca de monitoras em nossa sala
o que prejudicou o andamento do projeto, uma vez que a cada nova monitora
que entrava era preciso que ela conhecesse o trabalho desenvolvido e criasse
vínculos com as crianças que lá estavam. Dentre estas
trocas (que foram várias) chegaram profissionais iniciantes, que
nunca tinham trabalho do em um C.E.M.E.I. e desconheciam o trabalho por
projetos. Foram contratadas sem nenhum trabalho prévio, contando
apenas com suas experiências pessoais no trato de crianças
pequenas. Em um artigo do professor Ezequiel Theodoro da Silva , ele comenta
o quanto a rotatividade de profissionais da educação é
prejudicial as possibilidades concretas de se fazer um bom trabalho educativo.
Assim ele afirma: “Para que essa meta seja atingida, impõe-se
a eliminação da rotatividade docente de modo que, em cada
escola, passe a existir um coletivo de educadores preocupados com a construção
de seu projeto pedagógico”. (SILVA, 1997). Era preciso entrosá-las
a proposta que já estava em desenvolvimento. Era preciso tempo
para que conhecessem e se sensibilizassem com a linguagem de nossas crianças
e incorporassem o sentido do trabalho com projeto.Trabalhar na educação
pública é deparar periodicamente com problemas que estão
aquém de qualquer empenho de nossa parte. Esbarramos em uma burocracia
que emperra o desenvolvimento do trabalho e que nada entende de processo
educativo, em pessoas que pouco se importam com o que fazemos ou deixamos
de fazer e o pior atrapalham com suas decisões pífias aquilo
que estamos buscando desenvolver com qualidade e respeito pelo que é
fundamental para qualquer secretaria de educação: o aluno
(em nosso caso a criança). Eu me questionava: qual seria a proposta
educacional de uma rede municipal que tira profissionais daqui para lá
e de lá para cá ignorando que existe uma proposta contínua,
que há vínculos afetivos e que estes são essenciais
para aprendizagem?? Estas são as políticas educacionais...No
segundo semestre devido a chegada de novas monitoras o quadro de profissionais
do C.E.M.E.I. estava completo e assim a direção da escola
passou a chamar as crianças que estavam na lista de espera. Assim,
além de termos as monitoras em adaptação, agora contávamos
também com as crianças no mesmo processo. Nossa sala era
outra: novas monitoras, novas crianças e muito choro. Eu me questionava
a todo momento: qual seria o rumo do trabalho já desenvolvido?
Como ficaria a qualidade educativa do trabalho? E chegavam, e chegavam
e chegavam novas crianças. Elas precisavam adaptar-se, assim como
as novas monitoras precisavam. E aquele trabalho que vinha sendo desenvolvido??
Onde foi parar?? E aquele grupo que ao longo do ano foi construindo sua
sensibilidade em relação as comunicações das
crianças??? Onde foi parar?? Daquele grupo inicial ficou eu e uma
monitora, sendo esta sempre parceira e empenhada com o projeto e com as
crianças. Mas, sobraram só nós duas. Nesta confusão
toda percebia que a direção da escola, comprometida exaustivamente
com o trabalho, não queria que a qualidade deste caísse.
Foi difícil...Não sabia mais por onde re-começar.
Sei que não dava para continuar de onde havia parado. Percebia
que era momento de adaptação de quem ficou e de quem chegava,
dos adultos e das crianças. Havia pessoas com vontade e empenho
em fazer o melhor possível, mas me parecia que às vezes
nosso melhor possível estava longe, muito longe daquilo que esperavam
de nós. Pensava que talvez não iríamos alcançar
nunca...O tempo corria e não esperava o ritmo dos que chegavam
acertarem o passo. Adaptar, adaptar e adaptar – acho que era esse
o nosso novo tema do projeto – ADAPTAÇÃO. Adaptação
das crianças que chegavam, daquelas que lá já estavam
com as que chegavam e a minha com tudo isso. Aos poucos fomos tentando
retomar o projeto buscando atividades, entre choros e adaptações
(lembrem-se de todos nós!), que explorassem estes elementos da
natureza. Por meio do intercâmbio com o 2B recebemos a visita de
uma flor de girassol. As crianças ficaram bastante interessadas.
Também recebemos a visita de uma borboleta artesanal da monitora
Sônia. A borboleta pousava no girassol. Conhecemos o quadro do Van
Gogh “Vaso com Girassóis” – esplêndido.
Fomos com o 2B plantar girassóis no jardim da escola. “Quando
a gente diz: a luta continua, significa que não dá para
parar. O problema que a provoca está aí presente. É
possível e normal um desalento. O que não é possível
é que o desalento vire desencanto e passe a imobilizar.”
( Paulo Freire) E foi assim que não desistimos. Ao contrário,
fomos buscar saídas para continuar. Sei que não foi o grupo
todo, mas estou certa que superar toda esta dificuldade é alimentar-se
de esperança e dizer no final - VALEU! - pois todo dia, nossas
crianças vão estar lá nos esperando pra gente cantar
junto e ver borboletas e girassóis. Encerramos nosso projeto com
uma belíssima exposição do trabalho desenvolvido
no ano. Cada agrupamento mostrou o que fez. Recebemos muitos elogios.
Quanto aos girassóis e as borboletas fizemos vários trabalhos:
pinturas com as sementes de girassol, borboletas com moldes vazados de
folhas de pata de vaca. Nosso produto final foi a confecção
de uma camiseta para cada criança com o desenho de uma borboleta
feita com o carimbo de suas mãos e pés. Encerro este relato
com um pensamento do educador Paulo Freire que vem expressar o meu sentimento
ao término deste trabalho.“Como educador eu jamais deixei
a esperança de lado, arranje um jeito de regar a esperança
de vocês”. Paulo Freire
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