Ana Paula Santos Lima Lanter Lobo - Instituto
Superior de Educação La Salle - UNILASALLE-RJ; UNESA
Penha Mabel Farias do Nascimento - (Instituto Superior de Educação
La Salle - UNILASALLE-RJ; Universidade Estácio de Sá - UNESA)
Este trabalho se propõe apresentar a Brinquedoteca
UNILASALLE como um espaço pedagógico privilegiado na educação
da criança e na formação continuada do seu educador,
expressão de um projeto, do Curso Normal Superior da mesma instituição,
em que se destaca a pesquisa e a necessidade do diálogo permanente
entre a história da infância na sociedade e a história
do brincar e da brinquedoteca em diferentes lugares sociais.
A partir desse estudo, apontamos a possibilidade de ressignificação
de teorias e práticas educativas que tenham como preocupação
as concepções de infância, a literatura infantil e
a formação de leitores, destacando-se as formas de cuidar/educar,
bem como as diferentes concepções do brincar na produção
de subjetividades. Para tanto, não podemos analisar as relações
entre o brincar, a literatura infantil e a brinquedoteca sem nos reportarmos
ao entrelace histórico que une estes elementos à condição
da infância em nossa sociedade.
No processo de desenvolvimento infantil a brincadeira é coisa séria,
na medida em que o sujeito cognoscente, desde a mais tenra idade experimenta
ações corporais lúdicas, que são expressas
para comunicar atos, emoções, pensamentos e linguagens.
São as ações corporais, que possibilitam a criança,
num crescente, descobrir-se a si mesma, o outro e o mundo que a rodeia.
Assim, a Brinquedoteca se faz necessária à vida da criança
como um direito da condição de ser criança e cidadã.
Nesse sentido, a Convenção das Nações Unidas
no art. 31 aponta que: “Os Estados reconhecem os direitos da criança
ao descanso, ao lazer, ao divertimento e às atividades recreativas
próprias da idade, bem como à livre participação
na vida cultural e artística”. Dessa forma os países
deverão proteger o tempo da infância como um tempo de cidadania,
garantindo também às crianças condições
de brincar.
A vida nas grandes cidades tornou-se extremamente corrida e estressante.
A demanda de espaço e de segurança criou guetos isolados
e transformou os lugares onde se desenvolvem, ou se desenvolviam, as atividades
infantis. As ruas que eram o palco dos encontros sociais e das brincadeiras,
atualmente estão a serviço dos automóveis e da correria
dos adultos. Com isso, o espaço para o exercício da brincadeira
se empobreceu. Mesmo restando ainda, alguns parques e praças, os
centros urbanos, com as transformações da sociedade contemporânea,
carece de espaços para brincar.
Desde seu nascimento a criança está inserida num universo
cultural e social que a define e, ao mesmo tempo, é definido por
ela. A construção de sua identidade se dá gradativamente
em contato com as pessoas que interagem com ela, estabelecendo contatos
que a auxiliam na diferenciação do mundo. Através
da socialização, do contato, da troca, do toque, a criança
se constitui, portanto, cidadã.
Tanto na perspectiva das mudanças da sociedade contemporânea
como na necessidade de socialização no desenvolvimento da
criança, a brinquedoteca surge como alternativa, sugerindo um espaço
institucional organizado, onde o brinquedo atue como mediador entre a
criança e o mundo. Nas brinquedotecas, o convívio adulto-criança
e criança-criança se dá através das trocas,
numa diversidade de objetos e opções, onde a noção
de propriedade é problematizada e a negociação é
exercitada (Porto, 1998, p.184).
Além disso, a brinquedoteca é um rico campo de estudos de
diferentes áreas do conhecimento para desenvolvimento de pesquisas.
A Psicologia e a Pedagogia, no estudo das relações interpessoais
e nos processos de aprendizagem mediados pelo brinquedo, e pelo outro,
e a Arquitetura, na análise da apropriação do espaço
pela criança e nas relações que são desenvolvidas
a partir deste, são alguns exemplos.
Nas comunidades mais carentes, a brinquedoteca cria a oportunidade da
criança experimentar, conhecer, explorar e manipular objetos, vivendo
assim experiências diferentes, resgatando o direito à infância
e contribuindo para a construção de uma visão de
mundo mais abrangente.
Enquanto uma construção social, o brinquedo e o ato de brincar
se constituem eminentemente educativos. Por esta razão, o trabalho
cotidiano com as crianças deve ser realizado a partir de projetos
de ação pedagógica interdisciplinar que considerem
o contexto social, as experiências, o nível de desenvolvimento
e os interesses das crianças. Assim, a Brinquedoteca favorece a
continuidade das experiências lúdicas vividas dentro e fora
dos espaços escolares e não escolares.
Nesse sentido, a narrativa a seguir retirada do livro “O Menino
do Dedo Verde”, de Druon Maurice ilustra a condição
infantil nos espaços e tempos históricos que vivemos, espaços
e tempos construídos a partir da lógica do adulto.
Tistu é um nome esquisito, que a gente não acha em calendário
algum do nosso país nem dos outros. Não existe um São
Tistu. Mas havia, no entanto, um menino a quem todos chamavam Tistu...
E é preciso explicá-lo.
Um dia, mal acabava de nascer e parecia um grande pão no bercinho
de vime, fora levado à igreja para ser batizado. Um padrinho de
chapéu preto e uma madrinha de mangas compridas declaram ao padre
que ele se chamava João Batista. Nesse dia, como quase todos os
bebês em idênticas circunstâncias, o coitadinho protestou,
gritou, ficou vermelho de chorar. Mas as pessoas grandes, que não
compreendem os protestos dos recém-nascidos e teimam em sustentar
suas idéias pré-fabricadas, garantiram com firmeza que o
menino se chamava mesmo João Batista. Mas em seguida, mal a madrinha
de manga comprida e o padrinho de chapéu preto o recolocaram no
berço, deu-se um fato curioso: as pessoas grandes já não
conseguiam pronunciar o nome que lhe haviam dado, e puseram-se a chamá-lo
de Tistu. (DRUON, 2001,p.5 e 6)
O pequeno Tistu citado na história, representa
inúmeras crianças, em todo mundo, que não têm
voz e nem vez. Não possuem tempo e nem espaço de viver a
infância a partir das suas reais e significativas necessidades.
Necessidades de sentir, brincar, de fantasiar, de ler o mundo com os seus
próprios olhos e descobrir, nesta trajetória, como autora
e leitora de um enredo que se faz e refaz no encontro com o outro e consigo
mesma.
Nesse sentido trazemos o exemplo da vida de Tistu - um personagem da literatura
infantil francesa, para ilustrar a difícil relação
entre adultos e crianças em meio à necessidade de criação
de espaços como as Brinquedotecas que legitimem o direito da criança
à infância e ao exercício da cidadania.
A Brinquedoteca na história
A história da brinquedoteca em nosso país e em outros países
ao redor do mundo é perpassada pela história da criança
e suas relações com o ato educativo em diferentes instâncias
de nossa sociedade. Tanto quanto a história da inserção
social da infância, a história do brincar e da brinquedoteca
são construídas a partir do repensar de concepções
e práticas relacionadas à educação das crianças.
Concepções de infância, das formas de cuidar/educar
e concepções do brincar no que se refere à sua aplicabilidade,
o seu papel no desenvolvimento da criança.
Historiadores apontam, na Idade Média, a presença da brincadeira
como atividade de adultos e crianças de maneira irrestrita. Não
havia nesta atividade , como em outras, a seleção e classificação
segundo a faixa etária. Adultos e crianças se misturavam
em uma profusão de fazeres coordenados e determinados pela visão
adultocêntrica (o adulto, suas necessidades e idéias eram
o foco das ações sociais).
Neste contexto, Ariès (1981) afirma a “ausência de
um sentimento de infância”, ou seja a consciência de
que a criança é portadora de necessidades específicas
para o seu desenvolvimento. Tal ausência desta consciência,
bem como a existência de concepções da criança
ora como um mal, ora como um estorvo, só foram repensadas com o
advento da Modernidade.
Na Modernidade, no século XVII, a criança começa
a ser vista como um ser físico e moralmente frágil que precisa
ser educada, moralizada em espaços distintos do adulto. Assim,
intelectuais como Rousseau contribuíram intensamente para descobrir
quais eram os interesses e necessidades infantis a serem considerados
na educação da criança (Gadotti, 2002).
O brincar que antes era considerado uma atividade de adultos e crianças,
indiscriminadamente, passou a ser organizado em jogos para adultos e jogos
para crianças. Mais tarde, durante o século XVIII, com a
estruturação do capitalismo, do trabalho assalariado, entre
outros aspectos, o brincar não é mais considerado como parte
do universo adulto. Começou, desta forma, a ser entendido como
o avesso do trabalho, da responsabilidade, do compromisso e da seriedade
(Redin, 2000).
As demandas de uma sociedade moderna em processo de industrialização
levaram a sociedade, a compreender a infância como parte do projeto
sócio-político-econômico em ascensão. Assim,
a criança e seus fazeres precisaram ser institucionalizados a fim
de corroborarem com os objetivos capitalistas que enfatizavam o cuidado
e a educação da criança para não descuidarem
do “futuro trabalhador”. A medida em que esse processo se
intensifica, ao longo do século XX, a infância e o brincar
são pedagogizados de tal forma que o tempo e o espaço de
ser criança e de brincar passam a ser delimitados nos diferentes
espaços sócio-educativos. (Friedmann, 1996).
Como parte deste momento histórico, a sociedade capitalista vem
gerando graves problemas sociais, políticos e econômicos
(violência, fome, miséria, exclusão, prostituição
infantil dentre outros) que atingem a criança e sua práxis,
entre outros sujeitos. Logo, o tempo da infância vem sendo controlado
por uma sociedade, ainda adultizada, apesar de seus avanços no
que diz respeito ao cuidado e educação da criança.
Neste cenário, a brinquedoteca surge não apenas como um
espaço/tempo da brincadeira, do brinquedo, mas como um movimento
político sócio-educacional que extrapola os muros das instituições
infantis e abarca a luta pelos direitos humanos e do cidadão. Pelo
direito de criar, de se expressar, de viver, de ter prazer e brincar como,
também, pelos direitos de ter saúde, alimentação,
educação, lazer, cultura, etc. (Redin, 2000; Friedmann,1996;
Kishimoto et al, 1996.).
Segundo Friedmann (1996), a brinquedoteca foi criada para as crianças
que, em nome do progresso de nossa civilização perderam
o espaço e o tempo para brincar. Ela constitui um esforço
em oportunizar um desenvolvimento sadio da criança em sua totalidade.
Mais que a possibilidade de brincar e ter acesso ao brinquedo, a brinquedoteca
pode favorecer o respeito à criança.
Sua origem em outros países pode ser identificada em diferentes
épocas, tendo em comum a preocupação em preservar
a infância. Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira brinquedoteca
que se tem notícias foi organizada em Los Angeles por volta de
1934, durante a depressão americana. Crianças de uma escola
municipal que não tinham com que brincar roubavam brinquedos de
uma loja próxima à instituição. Foi a partir
deste fato que se iniciou o serviço de empréstimo de brinquedos
que ocorre até hoje – Los Angeles Toy Loan (Friedmann, 1996).
No Brasil, a discussão sobre o brincar e sua aplicabilidade pedagógica
é que encaminham e oportunizam a construção da primeira
brinquedoteca no país. Com a inauguração do Centro
de Habilitação da Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais de São Paulo (APAE), em 1971, foi organizada uma
grande exposição de brinquedos pedagógicos. O interesse
demonstrado pela exposição de brinquedos fez com que surgisse
naquela instituição de São Paulo um setor de recursos
pedagógicos. Dois anos depois a mesma APAE monta um rodízio
de empréstimo de brinquedos.
Ainda como parte dessa história, surgiram outros eventos e fatos
que contribuíram para a reflexão sobre o brincar e o seu
papel para a criança em desenvolvimento. Um momento interessante
foi a organização do Congresso Internacional de Pediatria
realizado em 1974. Outro momento importante para a ampliação
do projeto da brinquedoteca foi a Exposição de Brinquedos
de Sucata organizada pela APAE em 1978.
Pode-se dizer, nesse contexto, que a valorização da brinquedoteca
em nosso país é representada pelo movimento de luta pela
educação infantil, pela criação de espaços
sócio-educativos como creches, entre outros espaços afins
que considere a criança como sujeito capaz de construir um conhecimento
crítico-reflexivo atuando em seu contexto, através da multiplicidade
de linguagens, modificando e sendo modificada pelos seus pares –
crianças e adultos – como também pelas condições
reais de vida.
No processo de constituição da brinquedoteca, como um espaço
de direito da infância, a legislação brasileira vem
contribuindo para legitimar a presença desse espaço no cotidiano
da criança. Pela primeira vez, por meio da Constituição
de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente criado em 1990
e da mais atual LDB (Lei 9.394/96), a criança é considerada
um sujeito de direito necessitando de uma educação que leve
em conta, as especificidades próprias da infância. Outro
documento de grande contribuição para o presente debate
foi o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
que enfatiza a necessidade da sociedade ressignificar o brincar não
só no que se refere à dimensão pedagógica,
mas sim humana.
A literatura infantil , a brinquedoteca e a formação
de leitores
Tanto quanto o brincar e a brinquedoteca, como vimos, a literatura infantil
surgiu também, a partir do século XVII, como parte também
da valorização da infância como categoria social.
Nesse sentido, como parte do aparato desenvolvido socialmente e incorporado,
sobretudo, nas ações escolares (nas diretrizes pedagógicas),
a brincadeira e a literatura infantil foram, respectivamente, repensadas
e reinventadas como instrumentos do “controle do desenvolvimento
intelectual da criança e manipulação de suas emoções”
(ZILBERMAN, 2003, p.15). E, por que não dizer, o controle da elaboração
da identidade e de uma subjetividade que corroborasse não apenas
com o ideário sócio-político e econômico, que
se tornava o pilar da sociedade vigente no mundo europeu, mas que mantivesse
a relação assimétrica de pretensa superioridade moral
e intelectual do adulto em relação a criança. E,
como pregava o discurso iluminista, entre aquele que pensa e aquele que
não pensa.
Assim, a literatura infantil, durante muito tempo, visou moralizar a infância
e as brincadeiras pedagogizadas, na tentativa de fragmentar a criança,
entendendo-a como ser cognitivo que precisa ser preparado para tomar o
seu posto, futuramente, no mundo do trabalho.
Os “Tistus” de outros séculos, como os de agora, desde
que nascem buscam interagir com o meio sócio-cultural, com gestos,
sons guturais e com o choro. À medida que crescem, se apropriam
da cultura presente em seu cotidiano e passam a dominar outras linguagens
capazes de intensificar os modos de intervenção em seus
diferentes contextos.
O desenvolvimento da linguagem oral e seu crescente domínio demarcam
um ser criança no mundo diferenciado, mas que muitas vezes é
ignorado pela sociedade adultocêntrica. Negligenciada como as outras
linguagens, o brincar e a literatura infantil são, na maioria das
vezes, entendidas e utilizadas por adultos nos espaços infantis
(creches e pré-escolas, etc) como recursos para a didatização
ou para o preenchimento dos vazios pedagógicos em que a expressão
da subjetividade infantil e da subjetividade autônoma sejam silenciadas.
A Brinquedoteca UNILASALLE: uma experiência compartilhada
entre adultos e crianças
Em contraposição a tal reducionismo, a experiência
vivida por nós professoras com nossas alunas e também professoras
de educação infantil, na Brinquedoteca UNILASALLE, nos revela
a brincadeira, a literatura infantil, e a contação de histórias,
como linguagens, preferencialmente, utilizadas na infância para
a construção da compreensão do mundo, de si mesmo
e do outro. E é na busca desta compreensão que os pequenos
“Tistus” (as crianças), desde tenra idade, de certo
elaboram suas identidades e subjetividades, apesar do espaço, do
tempo e das idéias pré-fabricadas.
Logo, no processo de formação de professores para a educação
infantil e séries iniciais do ensino fundamental do Curso Normal
Superior no Unilasalle foi dada relevância à criação
e desenvolvimento da Brinquedoteca que foi especialmente concebida como
um espaço/tempo de criatividade e ludicidade presente nas interações
criança-criança e criança-adulto.
Assim, através das diferentes disciplinas do nosso currículo,
a brinquedoteca é incorporada em nosso cotidiano, como um espaço
que vem contribuindo permanentemente com os projetos de Pesquisa e Prática
Pedagógica. Estabelecendo-se de maneira indissociável a
relação prática-teoria-prática, visando uma
práxis transformadora do cotidiano escolar. Sendo assim, as alunas,
a partir da orientação das professoras do curso, em sintonia
com as atividades da brinquedoteca, organizam e reorganizam seus projetos
de pesquisa para a realização de suas monografias, como
também seus relatórios de estágios supervisionados
através do planejamento, implementação e avaliação
dos projetos pedagógicos realizados na brinquedoteca. Isto inclui
sua formação continuada (grupos de estudos) e atividades
realizadas com crianças de 3 a 6 anos em parceria com as instituições
de educação infantil pertencentes à comunidade próxima.
A formação da subjetividade acontece de acordo com as condições
materiais e simbólicas dos dias atuais. Ela é constituída
nos momentos de intersubjetividade que acontecem no encontro com o outro
e com os instrumentos culturais com os quais o sujeito interage. (VLIESE,
2001, p. 68-69)
O desenvolvimento da identidade está intimamente
relacionado ao desenvolvimento da subjetividade. A identidade é
construída a partir da diferenciação do outro, alimenta
e propicia a criação do ser subjetivo que se constitui na
intersubjetividade, na troca de histórias, concepções,
emoções que se encontram e se confrontam dialeticamente.
Por outro lado, a literatura infantil conta e reconta histórias
deste ou de outros tempos, reais e/ou fictícios, que são
tão lúdicas como as próprias brincadeiras. O brincar
pode suscitar uma história, se reportar a um conto literário,
como a história pode possibilitar o jogo dramático, onde
a criança vive a narrativa ao representar um personagem. Ao concretizar
o enredo através das ações, a criança tem
a possibilidade de experimentar um outro tipo de emoção
e participação como leitor. Ela pode, inclusive, ainda não
decifrar os códigos escritos, mas tal atividade lúdica irá
corroborar com o entendimento da escrita e da leitura como práticas
socialmente organizadas.
Assim, a partir dos pressupostos supracitados, compreendemos a brinquedoteca
como espaço/tempo em que as múltiplas linguagens podem se
manifestar. As cem linguagens, como fala Malaguzzi (1999), entre elas
o brincar e a literatura infantil. Tais linguagens estão certamente
imbricadas, pois o brincar proporciona diferentes possibilidades de ler
o mundo, de ler o outro e de se compreender como parte de uma história
que é construída todos os dias por cada um de nós.
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