Janete Marcia do Nascimento - UNIOESTE
Eliane Cardoso Brenneisen – Orientadora - UNIOESTE
RESUMO
O presente trabalho refere-se ao resultado de uma pesquisa
realizada em caráter de dissertação de Mestrado em
Letras – Linguagem e Sociedade, cursado na UNIOESTE no período
de 2003-2004. A Linha de pesquisa escolhida foi Linguagem e Cultura e
o objetivo central do trabalho foi “Observar a leitura em duas escolas
de um assentamento rural de reforma agrária, a partir das concepções
de leitura das professoras e alunos, analisando fatores que influenciam
pedagógica, sociológica e politicamente na formação
dessas concepções”. A pesquisa, de caráter
qualitativo visou compreender o universo de significados do grupo pesquisado
na tentativa de investigar aspectos ideológicos e contextuais.
INTRODUÇÃO
Este artigo resume uma pesquisa realizada no decorrer
dos anos de 2003 e 2004 sobre a leitura em duas escolas de um assentamento
rural, localizado na região centro-oeste do Estado do Paraná.
A referida pesquisa é parte do trabalho de dissertação
apresentado a banca examinadora do Mestrado em Letras – Linguagem
e Sociedade da Unioeste – Campus de Cascavel. Na ocasião
o principal objetivo foi compreender o universo escolar do assentamento,
formado por seis escolas rurais que atendem a faixa etária de Educação
infantil a 4ª série do ensino fundamental.
No entanto, dada a quantidade de dados coletados e a necessidade de delimitação
do objeto de estudo, optou-se a princípio por estudar quatro das
seis escolas existentes, no sentido de priorizar um dos assentamentos
– o Ireno Alves dos Santos, já que a outra parte da propriedade
pertence ao assentamento Marcos Freyre. Mesmo assim, os dados coletados
consistiam ainda em fonte muito ampla para a pesquisa, e delimitou-se
em função disso, ainda mais o campo pesquisado. Após
essa tomada de decisão, reduziu-se o objeto para somente duas escolas,
cujo critério de escolha foi definido pela quantidade de alunos
matriculados nas mesmas – um número significativo, a partir
do qual alunos e professoras fizeram parte do universo pesquisado, através
de entrevistas e questionários.
Ressalta-se, pois neste artigo, uma breve análise das considerações
acerca do trabalho realizado, no intuito de apresentar e discutir tópicos
de pesquisa ainda inacabados e que carecem de maior aprofundamento teórico
e metodológico. Observa-se ainda que estas considerações
referem-se apenas às observações realizadas no decorrer
da pesquisa de campo, fundamentada e analisada teoricamente a partir dos
estudos desenvolvidos no decorrer do curso de mestrado, em paralelo com
as atividades de pesquisa.
1. Educação rural e escola – uma breve
compreensão do contexto pesquisado
A educação rural na atualidade consiste em assunto dos mais
discutidos, dada sua relevância no contexto rural, principalmente
nos acampamentos e assentamentos. A leitura, como importante atividade
curricular é o eixo central em qualquer modalidade educativa. Nesse
sentido, é à leitura no contexto de duas escolas rurais
que esse trabalho se volta, na busca de investigá-la em seus variados
aspectos, suas relações com os princípios do MST
e as práticas metodológicas através das quais a leitura
se apresenta nessas escolas.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem se destacado
por uma organização própria nos ambientes em que
se insere, e um dos aspectos relevantes dessa organização
é a educação através da escola no interior
dos “assentamentos”. Souza (2002), referindo-se à luta
pela escola nos acampamentos e assentamentos rurais organizados pelo MST,
afirma que:
A luta pela escola do acampamento e assentamento rural
está inserida na luta pela escola para os trabalhadores do campo.
Durante os anos 70 e 80 do século XX, o número de escolas
foi ampliado no espaço urbano, ao contrário do que ocorria
no campo, tendo em vista a redução dos moradores, que se
tornaram migrantes. As famílias que restaram no meio rural enfrentaram
dificuldades para realizar os estudos dos filhos. Recentemente, as escolas
passam por um processo de nuclearização, o que acarreta
outras dificuldades, tais como o deslocamento das crianças até
a escola central dos bairros rurais. Com a implantação do
número de assentamentos rurais, principalmente nos anos de 1990,
o MST agilizou a luta pela escola e pela formação de profissionais
da educação (SOUZA, 2002: 158).
Conforme a referida autora, a luta pela escola e pela
formação de profissionais da educação, desenvolveu-se
em várias frentes, dentre elas duas que se destacam: a primeira
refere-se a luta empreendida pela direção do MST, especialmente
pelo setor de Educação responsável pela sistematização
de inúmeras experiências desenvolvidas nas escolas dos acampamentos
e assentamentos, “a partir das quais se elabora o conjunto de propostas
educacionais”. A segunda frente é a luta que ocorre no dia-a-dia
do assentamento rural, local em que professores e alunos criam e recriam
novas atividades. Nesse processo de criação e recriação,
novos conhecimentos são apreendidos pelos professores a partir
de suas vivências com alunos assentados, ao mesmo tempo em que reelaboram
os conteúdos escolares, de modo que em todas as atividades e práticas
escolares, a leitura ocupe um lugar privilegiado.
Nesse sentido, é importante observar que a necessidade dessa investigação
foi despertada por uma pesquisa realizada anteriormente no âmbito
de um curso de especialização, cujo resultado suscitou alguns
questionamentos. O primeiro deles referia-se à afirmação
de que a leitura do texto escrito ocorre após a alfabetização;
desse modo, indagou-se na ocasião: o que justifica o fato de nem
todos os alunos alfabetizados tornarem-se efetivos leitores? O segundo
fundamenta-se na constatação de que, se a leitura se faz
presente de diferentes maneiras na maioria dos grupos sociais, como se
apresentam no âmbito escolar as dicotomias alfabetização
/ leitura e leitura / decodificação do código escrito?
Em relação ao terceiro questionamento, diante da afirmação
de que geralmente as crianças aprendem a ler após a alfabetização,
por que então, algumas crianças apaixonam-se pelos livros
antes mesmo da ocorrência desse evento?
Durante o desenvolvimento deste trabalho buscou-se pensar a leitura não
apenas em sua forma alfabética como é entendida por muitos
educadores na atualidade, mas considerando-a em seus aspectos ideológicos,
gestuais, pictóricos, dentre outros tão comuns nas escolas
e fora delas. Ou seja, ao abordar a dicotomia leitura/decodificação
do código escrito no contexto escolar, buscou-se problematizar
o fato de que muitos educadores ignoram outras formas de leitura que não
seja a decodificação do código escrito. Nessa perspectiva,
Silva (2000) oferece uma importante contribuição quando
demonstra que a leitura vai da leiturização – que
denomina toda e qualquer forma de leitura ou interpretação
presente na criança antes da idade escolar, ou antes da alfabetização,
independente do local em que esse processo ocorra, dentro ou fora da escola,
– até a leitura propriamente dita, que seria a decifração,
compreensão e interpretação dos códigos escritos,
e para além disso, a compreensão, interpretação
e inserção dos elementos lidos no seu cotidiano.
A partir dos questionamentos suscitados e dessa breve interpretação
da leitura, buscou-se investigar como esta se desenvolve nas duas escolas
selecionadas para a pesquisa, verificando a importância da leitura
para a educação básica no campo e as formas através
das quais esta se faz presente nessas escolas, a fim de identificar aspectos
culturais, artísticos, políticos e metodológicos
representados nessas práticas de leitura. Por ser uma pesquisa
qualitativa, as categorias de análise utilizadas foram a educação
escolar rural e a leitura em suas diferentes concepções,
compreendida como aprendizagem social e escolar. Nessa perspectiva, levou-se
em consideração o contexto sócio-político
e rural em que estão instaladas essas duas escolas. Ou seja, a
realidade pesquisada consiste em um assentamento rural, cuja organização
inicial deu-se a partir das ações do MST – Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que atualmente, os pequenos produtores
rurais sobrevivem sem a interferência deste Movimento, criando de
forma independente e individualizada, suas próprias condições
de trabalho, educação, vida e lazer.
2. Os caminhos da pesquisa e o universo pesquisado –
as duas escolas
A pesquisa de campo realizou-se no decorrer dos anos
de 2003 e 2004, através de visitas às escolas para a coleta
e organização dos dados. Na busca de melhor caracterizar
o objeto de estudo – a leitura – procurou-se colher dados
em todas as seis escolas do assentamento que atendem as séries
iniciais, a partir de entrevistas com professoras, alunos e equipes pedagógicas.
Fez-se então, uma consulta junto ao Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (INCRA) de Francisco Beltrão, visando
um mapeamento da área do assentamento, e constatou-se que quatro
das escolas situavam-se no Assentamento Ireno Alves dos Santos e as outras
duas situavam-se no Assentamento Marcos Freyre. Ao escolher o Assentamento
Ireno Alves dos Santos, surgiu a necessidade de redelimitar o universo
a ser pesquisado, e das quatro escolas desse Assentamento optou-se por
selecionar duas delas, devido a riqueza de detalhes requeridos para uma
análise qualitativa.
As escolas escolhidas foram: Escola 1 – Escola Rural Municipal Chico
Mendes e Escola 2 – Escola Rural Municipal Severino da Silva. Os
critérios para escolha das escolas consistiram na facilidade de
acesso e no fato de as escolas comportarem um número significativo
de alunos – cerca de 315 na escola 1 e 185 na escola 2. Há
uma diferença numérica significativa entre as duas escolas,
uma vez que a região onde se localiza a Escola 1, além de
ser geograficamente maior do que a região em que se localiza a
Escola 2, também em termos de organização comunitária,
conta com uma espécie de vila onde funcionam um supermercado, alguns
bares, um centro comunitário e um ginásio de esportes. Ao
passo que na região onde se localiza a escola 2, a população
é menor e as propriedades são mais afastadas umas das outras,
possuindo somente a escola como espaço comunitário, onde
ocorrem reuniões, eventos religiosos e festivos.
Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a conversa informal
(com alunos, pais de alunos, funcionários, professores e equipes
pedagógicas das duas escolas), entrevistas gravadas com roteiro
e observação durante as atividades de leitura nas duas escolas,
que consistiram em cerca de duas aulas em cada turma, cujo objetivo central
consistiu em conhecer mais pontualmente as metodologias utilizadas para
o trabalho com a leitura e sua importância no processo de ensino-aprendizagem.
Em relação a estrutura do trabalho completo de dissertação,
esta foi organizada em quatro capítulos. O primeiro capítulo
intitulado “O cenário da pesquisa: os procedimentos metodológicos”
visou situar o MST no contexto nacional, compreender a relação
entre esse Movimento e a história do Assentamento Ireno Alves dos
Santos, contextualizando fisicamente as duas escolas selecionadas para
a pesquisa, além de observar o texto e o contexto, a partir de
um estudo sobre a leitura nessas escolas.
O segundo capítulo, intitulado “Compreensões acerca
da leitura na atualidade”, pretendeu resgatar concepções
teóricas acerca da leitura e seus condicionantes sociais. A leitura
foi abordada na sua relação com o código escrito,
enquanto significado na alfabetização, indo de uma concepção
que considera aspectos da leitura de mundo para a construção
da leitura, e finalmente, esta como função escolar ou a
função da escola para a leitura.
No terceiro capítulo, intitulado “As relações
estabelecidas entre as escolas e o MST – o contexto do assentamento”,
destacou-se aspectos da relação entre escola e MST, a partir
de uma análise das relações estabelecidas pelas professoras
nas escolas, os conteúdos escolares e a produção
do MST para a educação, bem como sua inserção
no contexto escolar pesquisado.
No quarto capítulo, intitulado “O significado da leitura
para alunos e professoras”, foram apresentados e analisados os dados
coletados durante as entrevistas com alunos, professoras e equipes pedagógicas
das duas escolas, vinculando-os e discutindo-os sob a luz dos estudos
apresentados sobre a leitura no segundo capítulo.
3. Considerações acerca do trabalho realizado
Um retorno ao título deste trabalho “O texto
e o contexto: um estudo sobre a leitura em duas escolas de um assentamento
rural de reforma agrária” situa seu objeto de estudo em torno
da forma como a leitura se configura nessas escolas, no sentido de percebê-la
como atividade e prática inserida naquele espaço rural,
de assentamento, formado a partir da ação do MST. Nessa
perspectiva, considera-se que o texto refere-se às práticas
de leitura desenvolvidas nessas escolas, e o contexto refere-se à
relação existente entre essas escolas e a Proposta de Educação
do MST, bem como a inserção destas no interior das escolas
selecionadas para a pesquisa. Constituem-se pontos chave observados no
decorrer deste trabalho os seguintes aspectos:
• A leitura está presente nas duas escolas
sob condições meramente curriculares, a partir de práticas
alfabéticas e conteudistas, pautadas em escolhas e imposições
das professoras, dos currículos e da Secretaria Municipal de Educação,
cujo universo escrito de acesso restringe-se aos materiais enviados e
sugeridos por esta última;
• Os alunos estão sendo alfabetizados de
forma eficiente, se considerarmos os aspectos competência técnica
das professoras nas duas escolas, sua qualificação profissional
e o tempo de atuação na área e nas escolas. Porém,
os alunos apresentam dificuldades em adentrar o mundo da leitura, porque
sua leitura de mundo é desconsiderada no contexto das aprendizagens
escolares, que ignoram suas vivências cotidianas e as apreensões
que delas advém;
• O trabalho com a leitura nas séries iniciais
ocorre em ambas as escolas pautado na atuação das professoras,
cuja formação é extremamente urbana. Nesse sentido,
o envolvimento dos alunos fica restrito às possibilidades que têm
de dialogar com os conhecimentos apreendidos na escola, já que
suas vivências pessoais e sociais são geralmente desconsideradas
nesse contexto;
• Os alunos lêem na escola a leitura autorizada,
oficial, veiculada na e para a escola – dentro da escola, pois a
casa é o lugar de trabalho e de ajuda aos pais, contexto não
integrado ao ambiente escolar. Lêem, portanto, o que foi escolhido
e pré-disposto pelas professoras, em lugares e horários
por elas determinados, sem relação ou conhecimento algum
com os textos produzidos pelo MST, por exemplo, e ainda sem nenhuma relação
com os princípios da educação rural;
• As professoras, em geral, não estabelecem
relações com o Movimento, dado que estão submissas
às diretrizes da Secretaria Municipal de Educação
local e aos princípios por ela ditados. Esta não é
uma situação restrita às professoras, pois há,
atualmente uma ausência do MST no contexto do assentamento como
um todo e não só no ambiente escolar;
• A falta de conhecimento, clareza e discussão
acerca das características de uma educação efetivamente
rural faz com que se desconsidere no contexto escolar, as vivências
dos alunos, no sentido de possibilitar a estes, uma maior valorização
do contexto em que estão inseridos.
Desse modo, conclui-se que, o texto veiculado para leitura
nas escolas, não é e não tem relação
com a produção específica do Movimento e, portanto,
o Movimento não está inserido no contexto dessas escolas.
Quanto ao contexto estudado, por ser rural, demanda conhecimentos da lógica
rural no processo educativo, porém detectam-se nas duas escolas,
graves deficiências quanto a este aspecto, pois a formação
das professoras é meramente urbana, não havendo qualquer
estímulo em conhecerem aspectos da educação rural.
Apenas recentemente é que professoras da Escola 2 comentaram ter
participado de um Seminário Nacional, e pela primeira vez ouviram
neste evento certa discussão acerca da Educação Rural.
Admitiram, no entanto, que este evento foi de cunho extremamente ideológico,
por ter tratado apenas dos princípios educacionais do MST, e sobre
os quais, segundo professoras das duas escolas, não possuem conhecimento
algum.
Em relação a especificidade da educação rural,
Pessoa (1997), pautado em Azevedo e Gomes (1991: 144) e em Brandão
(1993), assinala para o fato de que: “a rigor não existe
educação rural; existem fragmentos de educação
escolar urbana introduzidos no meio rural. A própria educação
escolar é, em si mesma, uma instituição emissária
de poder que se concentra na cidade e, de lá, subordina a vida
e o homem do campo”. (Apud: Rapchan, 1993: 144).
O referido autor trava essa discussão, no sentido de considerar
a necessidade de abolir “a idéia subjacente à organização
educacional, do aluno universal, ou, pior ainda, do aluno universalizado”
(PESSOA, 1997: 155). Ao considerar a caracterização do aluno
universalizado, esquece-se das especificidades do aluno do campo, que
é, em geral, um trabalhador que estuda e não um estudante
que trabalha. Seu universo, portanto, não é o mundo da escola,
mas sim o mundo do trabalho, quase sempre ignorado pelo contexto escolar.
Esse aluno universalizado foi identificado nas duas escolas pesquisadas,
através da constatação de que os conteúdos
curriculares são idênticos em ambas as escolas, além
do cronograma de atividades escolares, a organização pedagógica,
as práticas metodológicas adotadas nas duas escolas, mesmo
que suas realidades sejam extremamente diferenciadas.
Conclui-se então que o objetivo desse trabalho, que consistiu basicamente
em observar a leitura em duas escolas de um assentamento rural de reforma
agrária formado a partir da ação do MST, a partir
das concepções de leitura das professoras e alunos dessas
escolas, considerando os fatores que influenciam pedagógica, sociológica
e politicamente na formação dessas concepções,
foi contemplado, à medida que se identificou em várias situações,
materiais, atividades e horários destinados à leitura nas
duas escolas.
Ficou a desejar, no entanto, nas duas escolas analisadas, um vínculo
que integrasse pólos distintos, mas que ao mesmo tempo se inserem
no mesmo contexto: a leitura, o MST e a educação rural,
pois mesmo que constatada a presença da leitura nas duas escolas,
identificou-se também a ausência do MST em ambas e, além
disso, poucos aspectos voltados à educação rural,
se considerarmos que as escolas localizam-se nesse contexto específico.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
No sentido de discorrer metodologicamente sobre o trabalho desenvolvido
no decorrer da pesquisa, optou-se por apresentar as referências
bibliográficas estudadas durante a elaboração do
mesmo, pois dessa forma, compreende-se que é possível o
acesso a elementos de pesquisa mais visíveis e acessíveis
do ponto de vista da disponibilidade de dados obtidos durante o trabalho
que ora se apresenta. Dessa forma, organizou-se este item em dois tópicos
principais, a saber: bibliografia básica e bibliografia complementar.
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