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PROJETO
JOGO DA CINDERELA
Ana
Paula de Oliveira ISEU- Instituto Superior de Educação Uirapuru
Esse projeto
foi realizado com crianças entre dois e três anos, uma turma
de maternal, porém não se trata de uma sala comum e sim
de uma sala de crianças que ficam período integral no colégio
e dedicam o período da tarde para brincar muito.
“O
brincar da mesma forma como os distúrbios psicomotores está
no lugar entre o prazer real e sua evocação. Enquanto o
adulto realiza tarefas que lhe promovem prazer (ler, pintar, escrever,
etc) a criança brinca”. Alcida Gonsalves Veloso (1996).
Esse projeto
não tinha um tempo pré determinado, mas tinha-se idéia
de sua duração, e como foi previsto durou três meses,
começando em fevereiro e acabando em abril com uma exposição
feita para os pais, tendo outras atividades realizadas simultaneamente.
Porém mesmo com o fim do projeto, continuamos brincando com o jogo,
afinal é muito gostoso brincar com o que nós mesmos construímos.
Além de brincar e estar junto, esse jogo nos proporciona inserir
as crianças no mundo da matemática, já que ela está
presente no nosso dia-a-dia, faz parte do nosso cotidiano, essa inserção
ocorreu de forma divertida e prazerosa, usando recursos próprios,
explorando a criação e a fantasia das criança. Esse
trabalho visava um melhor desenvolvimento da linguagem oral, através
das dramatizações, pesquisas e curiosidades. Outras questões
que também foram exploradas foram o estimulo ao prazer pela leitura,
a princípio uma leitura própria (letramento), o desenvolvimento
da praxia fina e global, com o auxílio do manuseio de tintas, enfim
o desenvolvimento global da criança, motor, social e cognitivo.
“As
fases de desenvolvimento psicomotor não devem ser consideradas
apenas segundo um quadro de maturação neurológica,
mas como resultado de um processo relacional e relacional complexo. Com
isso queremos dizer que ao enfocarmos o desenvolvimento psicomotor, levamos
em conta do ser ao ambiente que o cerca e as relações com
os demais” Alves (2003)
Tendo início
na hora do conto, as crianças tiveram seu primeiro contato com
o projeto ouvindo a história da Cinderela, após ouvirem
e verem a história algumas vezes, elas contaram com a possibilidade
de vivência-la, sendo nesse contexto, os próprios personagens,
dramatizando ou recontando a história.
Relembrando sempre a história, para que ela não deixasse
de ser o foco, o próximo passo foi o surgimento das diversas formas
geométricas, que servirão para a construção
do percurso do jogo, essas formas receberão cores, as crianças
mesmo pintaram-as.
Cada dia uma cor foi usada, fechando o trabalho em quatro cores: vermelho,
amarelo, azul e verde. Após todas as formas pintadas, as crianças
organizaram-as (da maneira que elas determinarão correta) e assim
puderam iniciar a montagem do jogo.
Montamos um jogo de percurso, onde havia um longo caminho, que fizemos
com um tecido branco, e ao longo desse caminho as crianças montaram
o percurso com as formas geométricas que elas pintaram e organizaram.
Tendo o jogo pronto sabiamos que o princípio dele era salvar a
Cinderela que estava do outro lado do caminho, o castelo onde estava acontecendo
o baile, o problema é que já era quase meia-noite, mas como
eles iriam percorrer esse caminho? Foi então que surgiram dois
dados no jogo um com formas e outro com cores.
Quando as crianças já tinham descoberto algumas das regras
do jogo, começamos a treina-lo então foi só deixa-los
descobrir as outras, que seria salvar a Cinderela apenas se os dois estivessem
juntos (que chegar primeiro espera o outro) e conhecer os dados que apresentavam
mais de uma opção, como ele tem seis lados e temos apenas
quatro cores e quatro figuras, formas, deixamos um lado de cada dado representando
quatro figuras ou formas, dando a opção de escolher qual
quiser e um lado de cada dado sem nada deixando-os uma rodada sem jogar.
Durante todo esse processo, as crianças receberão a visita
de diversos personagens, que forão a procura pela escola (nosso
espaço), de símbolos parecidos com os do nosso jogo, e depois
sugeriram a realização de algumas atividades e registros
do que foi feito ou descoberto naquele dia.
E para finalizar, fizemos uma exposição com o nosso jogo
e os jogos das outras turmas, e recebemos a visita dos pais que puderam
curtir o trabalho que foi realizado.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Esse projeto
foi muito gostoso de realizar, já que tivemos a possibilidade de
aplica-lo sem a menor pressa, visando uma aprendizagem significativa,
baseada na própria construção de conhecimento dos
alunos. Trabalhando junto com as crianças todos os dias, aprendemos
muito uma com elas.
Como era do nosso objetivo, o projeto nos surpreendeu com a riqueza de
atividades que ele nos proporcionou acompanhar com as nossas crianças.
De fevereiro a abril oportunou-se uma adaptação muito saudável,
muito gostosa. Entre essa e outras atividades cotidianas surgiu também
um grande laço afetivo no integral, uma relação muito
humana entre professoras e alunos, alunos e alunos.
Aprendemos muito sobre nossas crianças através dessa atividade,
a cada dia fomos surpreendidos com um rápido amadurecimento de
nossos alunos, da capacidade que eles tem de aprender, mesmo quando a
nossa intenção não é ensinar. E através
de trabalhos como esse, temos reforçado a idéia de que é
possivel aprender brincando e assim fica cada vez mais significativo aprender
BIBLIOGRAFIA:
? MACHADO,
A.C. (Adaptação) – Cinderela – Editora Record. |
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