|
NAS
TRILHAS DA POESIA: UMA ILHA MÍTICA
Diléa
Helena de O. Pires / UNIPAC
Esta comunicação
tem como objetivos alertar, desvendar e até mesmo possibilitar
a crença na riqueza de uma mítica ilha de poesia, rica em
lendas, musicalidade, sonhos dispersos, alegrias incontidas. E que, tramitando
nesse espaço mágico, encontramos Joana D’Arc Torres
(Drummond), assim como todos aqueles, autores e leitores, que se contaminam
com o amistoso poder do mundo da leitura e da escritura.
As mesmas
reverências que nos levam a exaltar os nossos escritores e poetas
renomados e, por assim dizer, clássicos; incitam-nos, igualmente,
a honrar e nos emocionar com os verdadeiros escritores e poetas contemporâneos.
Assim, devemos dizer que uma coisa é pensar tudo o que fazemos,
vemos e dizemos, dado que essas ações têm sempre uma
finalidade e carregam consigo determinados sentimentos.
Contudo, outra coisa é inventar e reinventar o mundo, criando fábulas,
contos, romances e poemas para suprir a fé que, ocasionalmente,
nos falta ou que não temos: são esses escritos, denominados
literatura, uma das maneiras que encontramos para amenizar nossos sofrimentos
e angústias cotidianas, pois mediante confidências de todo
tipo, há aquelas que guardamos na memória como tesouros.
Nesse sentido, o autor é um ser venturoso, capaz de compartilhar
o seu contentamento de escrever em um tipo de escritura que faz parte
dos seus sonhos, mas que, ao mesmo tempo, produz variados sonhos em diversificados
leitores. Podemos dizer que a visão do autor mostra aos seus leitores
o imponderável, ou seja, aquilo que os seus olhos ainda não
viram. Olhos que ditam normas por via do coração, protegendo
o humano do desumano, que sobrecarrega toda uma geração.
E é nessa terra fértil dos escritores que vamos encontrar
mentes, olhos e espíritos que se elevam para a fortaleza da alma
e do bem querer, até mesmo frente aos inseguros, aos débeis
e aos fracos. Por conseguinte, podemos dizer que o escritor pensa, vive
e age como um ser que aposta e acredita que vai se inserindo, pouco a
pouco, no mundo-leitor de modo a propiciar as mudanças necessárias,
concernentes ao que é preciso realmente mudar.
São tantos aqueles que optam por essa “divina mania”
de lutar para converter ruídos íntimos em sonetos, que gostaríamos
de reverenciá-los, um a um. No entanto, a vida não seria
suficiente para fazê-lo. E, para fugirmos do lema - ou todos ou
nenhum – escolhemos um deles para, dessa forma, homenagear a todos,
aqui e agora, neste seminário tão especial, que expira e
se inspira na literatura infanto-juvenil.
Seu nome é de uma heroína francesa e seu último livro
é DE PRESENTE.
Plagiando suas próprias palavras, dizemos que além de poemas,
a poesia que está em nós vai se achar e desabrochar fora
do presente, pois uma coisa sempre puxa a outra. E puxa mesmo.
Ganhadora do Prêmio Adolfo Aizen – da UBE, nós a apresentamos
ao leitor, sob a tutela de seu livro, para, logo após, proporcionar
a todos, e a cada um em particular, a grata satisfação de
conhecer, sentir e se emocionar com alguns dos seus poemas.

Para começar,
inspirem e expirem Assim

Em seguida,
experimentem esta Manhã

Agora, vivam
a Tarde

E, após
essa Tarde, sintam, bem de pertinho, A fonte da vida

Há
um ditado comum que diz que palavras são palavras e nada mais.
Entretanto, pensamos o contrário; palavras são chaves muito
especiais que abrem inúmeras caixas de segredos.
Neste ponto, esta poeta, dona de muitas e muitas palavras, chave de inúmeras
caixas onde guarda profundos e doces segredos, DE PRESENTE, abre uma delas...
Sobre as
obras e premiações dessa nossa escritora teríamos
muito mais a dizer, mas para que dizer mais se podemos ler, perceber,
sentir e inferir?
Assim, para finalizar este breve percurso, esclarecemos que esta comunicação
teve como objetivos alertar, desvendar e até mesmo possibilitar
a crença na riqueza de uma mítica ilha de poesia, rica em
lendas, musicalidade, sonhos dispersos, alegrias incontidas. E que, tramitando
nesse espaço mágico, encontramos Joana D’Arc Torres
(Drummond), assim como todos aqueles, autores e leitores, que se contaminam
com o amistoso poder do mundo da leitura e da escritura.
DE
PRESENTE: CARTAS DE DRUMMOND PARA JOANA D’ARC




|
|