Ângela Maria Souza da Silveira Fundação
de Ensino Superior de Olinda - FUNESO / UNESF
Este relato de experiência, caracterizou-se objetivamente,
através de atividades exercitadas na disciplina Literatura Infantil,
e visa, apresentar uma proposta, para a prática motivadora de leitura
/ escrita na escola. A importância dada ao experimento LEREFAZER,
é o modo de proceder, que conciste em produzir um livro de história
infantil, para reforçar o vínculo afetivo com o livro e
fazer perceber, que a partir dessa compreensão prática da
leitura, da escrita, da ilustração e da criatividade, poderemos
nortear relações de impossibilidade e ou impedimento, sobretudo
porque, os surdos não ouvem o sim nem o não, mas sentem
a força e o prazer da inclusão. As coisas ocultas, imperceptíveis
“afloram” na palavra, no gesto e na atitude.
CONTEXTO DO PROJETO LEREFAZER
LEREFAZER – (Conceito). È uma atividade criativa
para dar ênfase à fruição de textos e despertar
o leitor.
OBJETIVO: Desenvolver junto aos alunos do Curso de Pedagogia
da FUNESO / UNESF, uma atividade criativa: produzir, escrever e ilustrar
livros de história infantil, procurando tornar mais afetiva às
relações textuais (descritivas, narrativas ou poéticas).
JUSTIFICATIVA: Nesta ação os princípios construtivistas
visavam motivar à pratica da leitura e da escrita, sem perder de
vista, o laço interativo com o entretenimento e com a aprendizagem,
numa forma de trabalhar treinando as capacidades, envolvendo o aluno no
aprender – fazendo, para que, ele consiga aplicar o que aprendeu
em situações reais na escolaridade básica e na vida.
METODOLOGIA: Esta experiência teve seus primeiros passos, marcados
pelas leituras de textos (teóricos e literários) os quais
serviram de embasamento atitudinal, para modificar a relação
com o trabalho escolar, possibilitando o enfrentamento quanto às
dificuldades do saber ler, escrever, criar textos e ilustrá-los.
Mobilizamos todos os alunos do quinto período de Pedagogia, para
produzir livros de histórias, que tratassem do imaginário
infantil, orientando-lhes voltar o olhar para o tempo da infância,
numa tentativa de “deter-se o pensar e sentir”, para às
fantasias vividas, buscando redesenhá-las hoje, permeadas pela
criatividade. Os princípios solidários, se presentificaram
nas dificuldades para engendrar às reações de produção
(professor / aluno); na construção do texto escrito (universo
das palavras; na construção do texto ilustrado (laços
sensoriais), incluindo objetividade no
nível de organização material (bricolagem, papel
reciclado, tecido, colagem e ilustrações escaneadas etc).
O padrão de apresentação foi construído atendendo
a composição dos elementos da peritextualidade. Nesse padrão
estão contidos: formato, capa, cores, títulos ilustrações,
caracteres etc. , que projeta a imagem do livro. Essa produção
foi empreendida pela fictícia, Editora LEREFAZER, que enfatizou
a biblioteconomia, construindo também, a Ficha de Catalogação,
espaço orientador do registro de identidade do livro.
CONCLUSÃO .
Diante da diversidade de livros produzidos, tivemos a oportunidade de
constatar, que são infinitas as possibilidades procedimentais de
incentivo à leitura e à escrita desde que, se procure criar
condições motivadoras e afetivas para estas práticas.
Os livros produzidos, considerando às devidas simplicidades criativas,
serviram de certo modo para fazer refletir como à prática
da leitura e a convivência com o livro, permite que se olhe os fatos
por outro ângulo. Isso implica reconhecer também, a importância
fundamental dos elementos lingüísticos para representar a
imaginação criadora na elaboração das idéias.
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