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ADAPTAÇÃO:
O INGRESSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Nájela Tavares Ujiie (FCT/UNESP)
O homem se humaniza pela vivência em sociedade.
DURKHEIM
A adaptação escolar é um processo
que vai exigir tanto a transformação da criança,
que busca adequar-se a essa nova realidade social, quanto do educador
e da instituição de ensino, que precisa se preparar para
recebê-la. A criança deverá ser visualizada como ser
completo, psicomotor, social, cognitivo e afetivo.
Nesta perspectiva, a constituição do esquema corporal será
tomada como um dos elementos básicos na formação
da personalidade infantil, pois integra a possibilidade do movimento (construção
e estruturação), organização psicomotora global
e a consciência do próprio corpo. Além do conhecimento,
imagem e controle corporal, da orientação espaço-temporal,
da lateralidade, do equilíbrio, da coordenação, do
contato com pessoas, ou seja, interações sociais que favorecem
a evolução do gesto e da linguagem.
Dentre as interações sociais a formação do
apego, do vínculo afetivo que se institui entre a criança
e as pessoas com que tem maior proximidade de contato, se pautam em elementos
condutuais, mentais e de sentimentos. Uma boa relação com
o educador e com seu grupo é imprescindível para que a criança
sinta a escola infantil como um espaço adequado, no qual se sinta
motivada a estar.
A afetividade é um processo dinâmico do psiquismo, que evolui
ao longo do desenvolvimento humano. Para Wallon, em alguns momentos ocorre
a edificações mais íntimas, a construção
do eu, com base em relações interpessoais, vida afetiva;
e em outros a elaboração do real, conhecimento do mundo
físico, atividade intelectual. O desenvolvimento humano não
se caracteriza como um processo linear, constituído de instâncias
estanques e acabadas em si mesmas sem pertencer a uma teia de relações.
Ele ressalta a visão de desenvolvimento fundamentada numa concepção
de conjunto, de pares que se alteram; é, pois neste contexto de
interação que explica a relação entre a afetividade
e a inteligência.
À medida que a inteligência vai atingindo novos estágios,
a afetividade vai se racionalizando, pois as conquistas realizadas no
plano da inteligência são incorporadas no plano da afetividade.
Desse modo, a evolução completa do ser depende, em grande
parte, da reciprocidade entre ambos.
Inserir o afeto como parte do processo de conhecimento é importante.
Possibilitar relações afetivas na sala de aula é
função pedagógica, portanto está nos limites
do que defendemos ser papel do professor articular sempre que possível
os aspectos afetivos e cognitivos já que eles são o eixo
da atividade pedagógica.
A criação de um vínculo pessoal intenso com cada
criança por parte do educador, a relação globalizante
mantida em sala de aula, a observação sistemática,
sua atitude atenta às demandas infantis, sua atuação
ponderada, aceitação real ou recusa, são condições
determinantes da adaptação e da educação que
se processará neste lugar, segregadora ou integradora.
Com certeza, a relação entre o educador e a criança
se produz constantemente, mas em determinados momentos do dia ou em determinadas
situações ganha uma relevância particular. Poderíamos
assinalar como momentos especiais à acolhida e a despedida diária,
assim como as situações vinculadas à alimentação,
à higiene pessoal e ao descanso.
A criança pequena precisa de contato corporal, da transmissão
afetiva do corpo para sentir-se acolhida e aceita, e de uma relação
pessoal que compreenda formas expressivas. A voz do educador e sua forma
de abordar corporalmente uma criança são recursos essenciais
na constituição de uma boa relação educativa.
A sala de aula é um ambiente onde as emoções se expressam
e a infância é a fase emocional por excelência. Como
em qualquer outro meio social na escola existem diferenças, conflitos,
situações que provocam os mais variados tipos de emoções,
e ao professor cabe uma atitude corticalizada, racional para poder interagir
com os alunos, buscando descobrir os motivos e compreendê-los.
Podemos dizer que a escola desempenha um papel fundamental no desenvolvimento
sócio-afetivo da criança. Enquanto meio social é
um ambiente diferente da família, porém, bastante propício
no seu desenvolvimento, pois é diversificado, rico em interações
e permite à criança estabelecer relações simétricas
entre pares da mesma idade, e, assimétricas com os adultos.
Sob o ponto de vista do número de figuras de apego, é muito
conveniente que as crianças tenham várias figuras de apego
(a mãe, o pai, os irmãos, os tios etc). O mesmo se aplica
no ambiente escolar pois não é saudável que a criança
de Educação Infantil estabeleça esta relação
de vínculo apenas com a ADI- referência. É necessário
que ela estabeleça essa relação também com
outras ADIs e funcionários, bem como com os coleguinhas da escola,
para que na falta de uma figura de apego ela não fique deslocada
e permaneça integrada ao ambiente escolar.
Quando a criança começa a distinguir-se do outro, que a
escola assume uma importância capital para o desabrochar da personalidade
infantil. Entre outras coisas, o que distingue o meio familiar do meio
escolar é a natureza e diversidade das relações que
o constituem, que possibilita romper com a sociabilidade sincrética
e perceber-se como personalidade diferenciada e membro de um grupo.
Se a escola tem seu lugar garantido no desenvolvimento humano, não
deve absorver de outras instituições o modelo de suas relações.
Não se devem ser igualadas relações como a dos pares
mãe/filho e professor/aluno que são funcionalmente distintas,
a primeira cabe a função de amor incondicional enquanto
que, a segunda cabe a função de profissional das relações
humanas.
Infelizmente, as professoras não conseguem distinguir funcionalmente
o papel que possuem no âmbito afetivo. O que falta a elas, segundo
Wallon, é desenvolver uma prática de afeto cognitiva, isto
é, compreender a sua função de profissional que interfere
nas relações e ao invés de deixar-se contagiar pelo
descontrole emocional dos alunos, procurar contagiá-los com sua
racionalidade, trabalhando a favor do pleno desenvolvimento do aluno,
estimulando-o por completo e principalmente considerando suas emoções
que evoluirão em conformidade com a sua cognição.
A análise da realidade aponta o estudo da afetividade como uma
lacuna na formação do professor. A ausência de uma
educação que aborde a emoção na sala de aula
traz prejuízos para a ação pedagógica, pois
suas conseqüências atingem não só o professor,
mas também o aluno.
Segundo Almeida (1999), a pretensão aqui é defender a eficácia
das relações afetivas em sala de aula, acreditando que as
interações em sala devem ter um caráter singular,
para que a escola possa assumir seu papel na formação da
personalidade infantil.
Rejeitamos a caricatura professora=mãe por acreditarmos na dissociação
existente entre estes papéis, pois a única relação
que deve existir na sala de aula é a original, professor-aluno,
onde o professor assuma a função de observador, intérprete,
capaz de identificar os possíveis sinais emotivos, assim o mérito
das relações afetivas na escola estará intimamente
ligado à competência pedagógica do professor.
A compreensão da reciprocidade entre afetividade e cognição
é a mola propulsora para uma discussão proveitosa acerca
das relações afetivas na sala de aula. Se já é
dada ao professor a capacidade cortical, resta-nos então lhe assegurar
a competência técnica para usufruir positivamente deste benefício.
O processo de adaptação precisa receber uma atenção
especial na Educação Infantil. No entanto, transformar a
prática só é possível mediante a reflexão
coletiva do fazer cotidiano e da apropriação crítica
da teoria. Investir na transformação da prática de
acordo com Nunes (1995), é investir na formação do
professor, e transformar a prática adotada significa atender as
necessidades da criança, bem como tornar menos cansativo e mais
prazeroso o trabalho do professor.
Adaptação: diferentes vozes a ser ouvida
A pedagogia defendida pela Declaração Mundial
sobre Educação para Todos é aquela que beneficia
a todas as crianças em sua individualidade, pois assume que as
diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve
ser adaptada as necessidades infantis, em vez de ser esta a se adaptar
a concepções predeterminadas, relativamente ao ritmo e a
natureza do processo educativo.
Neste sentido, a adaptação é entendida como processo
amplo no qual a atividade das crianças e a intervenção
dos adultos constituem um bloco de motivação no processo
maturativo e de aprendizagem de cada criança, num contexto de interações
sociais e formulação de vínculos afetivos.
Assim, nos deparamos com pontos de vistas diversos a respeito deste processo
que se evidenciam por meio das entrevistas realizadas com duas educadoras
de duas escolas infantis diferentes, duas mães e uma criança,
escolhidas aleatoriamente.
Entrevista 1
1) Qual seu
papel enquanto educadora no desenvolvimento infantil?
Tenho papel de suma importância, porque nas séries iniciais
a criança esta formando sua identidade e as relações
interpessoais que vivencia são seu modelo. Assim sou espelho na
formação de meus alunos.
2) Como você
concebe a criança?
A criança é um ser individual e ativo, que se forma a partir
das relações que mantém com o mundo e com as outras
pessoas.
3) De que
maneira você e a escola de modo geral recebem as crianças
no primeiro dia de aula?
A primeira semana de aula compreende um período de adaptação,
com atividades diversificadas, que fazem parte de uma programação
interativa da escola. Este ano, para minha turma, o horário de
atendimento da primeira semana foi das 13:00 as 16:00, o 1º dia de
aula compreendeu apresentação das crianças ao grupo
e a professora, brincadeiras cantadas, apresentação de palhaços
no pátio e um lanche, composto por pipoca, refrigerante e pirulito;
o 2º dia roda de conversa na sala e brincadeiras favorecendo a interação,
cama elástica e piscina de bolinha no pátio, e entrega de
uma sacolinha surpresa a cada criança; o 3º dia roda de conversa
na sala, entrega da caixa de materiais pedagógicos individuais
(lápis de cor, canetinha, cola colorida, giz de cera, caderno de
desenho etc), atividade de desenho, recreação no pátio
com estagiárias da UNESP, cachorro quente e refrigerante. o 4º
dia roda de conversa, atividade em sala de exploração dos
materiais pedagógicos através do desenho, apresentação
no pátio de um teatro infantil das alunas do CEFAM e sorvete, e
o 5º dia, roda de conversa, brincadeiras, passeio pela escola, desenho
na sala de vídeo e lanche (pão com carne moída e
suco de laranja).
4) Existe
um período de adaptação da criança?
Como já disse a escola possui toda uma programação
para adaptar a criança na primeira semana de aula. Após
este período o trabalho de adaptação da criança
fica a cargo de cada professor dentro da sala de aula, eu busco adaptar
as crianças com instituição da rotina, propiciando
segurança e com uma relação de amizade, favorecendo
a confiança.
5) Quais
são as estratégias mais utilizadas para adaptação
da criança em sala de aula? E quais são as maiores dificuldades?
Como já disse busco ser amiga das crianças, conversar com
elas, escutá-las; utilizo de jogos e brincadeiras para promover
aprendizado, instalando um clima prazeroso, creio que essas são
as minhas maiores estratégias de adaptação dos alunos.
Quanto às dificuldades de adaptação existe a ocorrência
do choro que era mais comum, antes da escola ter uma programação
diversificada para primeira semana, mas ainda ocorre, ai busco dialogar
com a criança dizer que ela ficará apenas por um tempo na
sala comigo e os demais, aprenderemos juntos, brincaremos e depois de
tudo com certeza sua mamãe ou um outro familiar a buscará
e ela voltará para casa, argumento mostrando que não há
motivos para chorar e na maioria das vezes sou convincente (risos da professora),
pois o choro se extingue.
Profa. B.
L. , pré I (4 anos de docência)
Entrevista
2
1) Qual seu
papel enquanto educadora no desenvolvimento infantil?
Meu papel é auxiliar a criança e ajudá-la a desenvolver-se
e a aprender.
2) Como você
concebe a criança?
A criança é um ser que está em construção
e precisa de nós professores para progredir e aprender.
3) De que
maneira você e a escola de modo geral recebem as crianças
no primeiro dia de aula?
Recebo as crianças com atenção, carinho e paciência,
buscando entrosá-las com o grupo.
4) Existe
um período de adaptação da criança?
Sim, existe. Durante os dois primeiros dias de aula as crianças
permanecem apenas metade do período na sala depois vão embora
para casa, acompanhadas dos familiares. É uma regra da escola,
que tem por intenção acostumá-las a ficar na escola.
Mas existem crianças de todo tipo e algumas dão mais trabalho,
choram diversas vezes durante o dia e desejam ir para casa, mesmo após
a primeira semana. E algumas que a mãe tem condição
ou algum familiar para cuidar, acabam abandonando a escola.
5) Quais
são as estratégias mais utilizadas para adaptação
da criança em sala de aula? E quais são as maiores dificuldades?
Procuro tratar as crianças com carinho, isto geralmente as conquista
a vir para escola e permanecer. A maior dificuldade que percebo na adaptação
são algumas crianças choronas e birrentas, que acabam manipulando
os pais e familiares, estes cedem e elas acabam não voltando a
escola.
Profa. E.
pré I (16 anos de docência)
Entrevista
3
1) Para você
como mãe, qual a importância que vê na Escola de Educação
Infantil?
A Escola de Educação Infantil é importante para a
formação de nossos filhos, é um ambiente no qual
pode brincar, conviver com outras crianças e aprender.
2) A criança
pode se formar plenamente (totalmente) fora da escola?
Creio que não. A escola seja ela de Educação Infantil
ou não é um espaço de formação contínua,
portanto, importante.
3) A escola
de seu filho realizou uma reunião de pais antes do início
das aulas?
Sim. Conheci a diretora, a coordenadora e a professora. Recebi a lista
de materiais e um cronograma da primeira semana de aula.
4) Como seu
filho foi recebido pela escola e pela professora no primeiro dia de aula?
Meu filho foi recebido muito bem tanto pela professora, quanto pela escola.
Na primeira semana a escola teve uma programação toda diferente
e ele chegava todo dia em casa muito animado e querendo contar tudo.
5) Para seu
filho a escola é um lugar agradável ou não?
Para ele é um lugar agradável. Gosta da professora e dos
coleguinhas. Um dia, estava febril e foi difícil convencê-lo
a ficar com a minha sogra ao invés de ir para escola.
Mãe
C. N. B., 28 anos (vendedora)
Entrevista 4
1) Para você
como mãe, qual a importância que vê na Escola de Educação
Infantil?
A escolinha é importante, porque cuida das crianças e ajuda
a educa. A gente trabalha muito, tem os filhos, mais não tem muito
tempo com eles, só de fim de semana. A escolinha ajuda bastante.
2) A criança
pode se formar plenamente (totalmente) fora da escola?
Acho que não. No mundo que a gente vive é importante ter
estudo, senão a vida é dura.
3) A escola
de seu filho realizou uma reunião de pais antes do início
das aulas?
Não.
4) Como seu
filho foi recebido pela escola e pela professora no primeiro dia de aula?
Bem, eu acho. Porque nos primeiros dias quem trouxe ele e buscou foi a
vó, ela não reclamou de nada.
5) Para seu
filho a escola é um lugar agradável ou não?
Ele gosta, conta sempre algumas coisas em casa, fala dos amiguinhos e
diz que a professora é boazinha.
Mãe
L. F. S., 22 anos, doméstica
Entrevista 5
1) Você
lembra como foi o primeiro dia que veio para escola? Pode me contar.
Lembro. Eu vim com a minha mãe ai (parada), ela ia embora e ia
volta. Só que eu ia fica. Mas ai tinha um palhaço que ria
e gritava e eu chorei. E aí minha mãe veio de novo e eu
fui com ela. No outro dia foi mais legal só chorei um pouquinho
quando a minha mãe demorô, é que eu tava com saudade.
2) E agora
você ainda chora?
Não. Só quando eu me machuco, aí né eu choro,
porque eu ainda sou criança.
3) Você
gosta da escola? E da professora?
Eu gosto da escola, porque eu tenho amiguinho e da tia também,
porque ela é legal. A gente brinca, vai no parque, assiste o Nemo.
P. 4 anos.
Obs: Aluno de longo período de adaptação, apontado
pela Prof. B. L.
Perante as
respostas das duas professoras entrevistadas, podemos afirmar que a de
número um possui uma maior consciência de seu papel enquanto
educadora, de sua concepção de criança, de educação,
bem como da importância do processo adaptativo. Entretanto, as duas
compreendem a afetividade como um campo de grande importância para
fixação das relações interpessoais no âmbito
escolar, embora não façam uso da palavra afetividade para
designar o aspecto afetivo pertencente às relações
instituídas em sala de aula, mas, isto se torna evidente pelas
falas: ... “eu busco adaptar as crianças com instituição
da rotina, propiciando segurança e com uma relação
de amizade, favorecendo a confiança..” “Como já
disse busco ser amiga das crianças, conversar com elas, escutá-las...”
Profa. B.L. “Recebo as crianças com atenção,
carinho e paciência...” “Procuro tratar as crianças
com carinho, isto geralmente as conquista a vir para escola e permanecer.”
Profa. E.
Embora sem apropriação da teoria walloniana, as professoras
entrevistadas possuem uma atitude condizente para o desenvolvimento de
uma prática de afeto cognitiva, que pode ser concebido como um
passo importante dentro do processo de adaptação, uma vez
que no início do desenvolvimento humano a afetividade sobrepõe
a razão.
Frente à fala das mães entrevistadas, podemos perceber que
ambas vem grande importância no papel que a Escola de Educação
Infantil representa na formação de seus filhos, seja respectivamente
por ser um ambiente propicio a formação em amplo sentido
(brincar, criar, aprender e socializar-se), evidenciada pela fala da primeira
mãe, ou seja pela possibilidade de aprender e melhorar de vida,
como aparece na fala da segunda mãe. Visualizamos ainda, que de
acordo com a fala das mães as crianças encontram-se adaptadas
e inseridas no contexto da escola, possuindo relações interpessoais
satisfatórias.
Tomando por base as falas de P., que é uma criança esperta,
ativa e falante, embora tenha tido um longo período de adaptação
de acordo com a professora; vemos que o que ele valoriza e o faz gostar
da escola são as relações interpessoais instituídas,
os amigos que tem e a simpatia que possui pela professora por ela ser
legal. Assim é pertinente afirmar que as relações
sociais mantidas no ambiente escolar é ponto relevante para uma
adaptação de sucesso e que afetividade pertencente a esse
universo é colaboradora essencial.
De acordo com Kude (1996), a capacidade de cada ambiente (lar, escola,
trabalho etc) atuar efetivamente como um espaço para o desenvolvimento
infantil depende da existência e da natureza das interconexões
sociais entre os ambientes, inclusive da atuação conjunta,
comunicação e troca de informações. Tais interações
são preponderantes para uma adaptação efetiva, portanto,
é louvável a atitude da escola onde estuda o filho da primeira
mãe entrevistada em realizar uma reunião e situar os pais
no contexto escolar.
No entanto, a adaptação não é um processo
unilateral, onde somente a criança deverá adequar-se às
normas educativas. É um processo que exige reciprocidade de adequação
de modo que a escola atenda as demandas infantis e que a criança
se integralize no contexto socializador da escola.
Assim, uma intervenção educativa pautada na prática
de afeto cognitiva, que acolhe a diversidade fomentará valores
de respeito, solidariedade e convivência em seus educandos, plenamente
adaptados.
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1999.
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e organização escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004.
BASSEDAS, E. Desenvolvimento e aprendizagem na etapa de 0 a 6 anos. In:
Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 1999.
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DANTAS, H. Emoções e ação pedagógica
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Psicologia. 3 , p. 73-76, 1994.
KUDE, V. M. M. Desenvolvimento humano no contexto da creche. In: Psico,
Porto Alegre, v. 27, n. 1, p. 5-21, jan/jun, 1996.
MACHADO,
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In: Educação Infantil muitos olhares.
OLIVEIRA, Z. M. R. (org), São Paulo: Cortez, 2000.
NUNES, N. N. O ingresso na pré-escola: uma leitura psicogenética.
In: A criança e seu desenvolvimento. São Paulo: Cortez,
1995. |
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