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Com
uma capacidade inventiva singular, ela
personifica objetos que divertem — e correm
pra lá e pra cá, como se fossem beija-flor
passarinhando no imaginário.... |
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APANHANDO A LUA...
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Rosane Villela
"Raros são os textos
literários capazes de envolver o leitor por
meio do inusitado. Sua percepção refinada
diante das nuances do mundo, somada a uma
forma original de nos confidenciar, se juntam
para inaugurar um tempo mais sensível no
coração do leitor". (Bartolomeu Campos de
Queirós, escritor)
A intenção era escrever a primeira obra para o
público infanto-juvenil, mas o resultado é "um
livro para todos os leitores, como convém à
literatura", define o escritor Bartolomeu
Campos de Queirós. Sorte nossa! Professora de
crianças e adolescentes, a carioca Rosane
Villela estréia Apanhando a lua..., que
integra a coleção Contos no ponto, de Paulinas
Editora. Com uma capacidade inventiva
singular, ela personifica objetos que divertem
— e correm pra lá e pra cá, como se fossem
beija-flor passarinhando no imaginário.
Poéticas, sedutoras, as onze histórias revelam
Rosane Villela como uma bordadeira de
palavras, fincando com esmero cada ponto de
letra, para criar um conjunto literário capaz
de inaugurar um tempo mais sensível no coração
de cada leitor. Os textos parecem uma festa de
recursos estilísticos e figuras de linguagem:
ao lê-los, a sensação que fica é que nossos
olhos se tornaram pincéis.
Pincéis que mostram menino triste voando de
balão, querendo alguém para alaranjar sua dor;
velha com nome de Menina, mesmo com tanto
cabelo branquinho; sombra com vida própria;
criança com medo da noite, mocinha que jura
não ter sorte para cuidar das bonecas; menina
com uma saudade toda azul. Ah! revelam também
pai que vira filho quando vai à casa do pai;
filho que só conhece a mãe pelo amor e pelo
olhar; e um netinho perguntador, dono de uma
bússola localizadora de anjos, que deu jeito
na falta de inspiração da avó.
Inspiração que não faltou ao artista plástico
Luiz Maia. Em páginas duplas, seus detalhes
recriam pequenas histórias capazes de formar
um universo de beleza e humor e de nos fazer
engolir o fôlego. Ao seu jeito de contemplar o
luar, Maia incorporou nanquim,
aquarela/pastilha e aquarela/líquida. Com
Rosane, ele desobrigou o leitor "a dormir em
lago (só) para ficar apanhando a lua..."
O jornalista e escritor Márcio Vassalo bem
define a que veio o primeiro livro da autora
no gênero: "Rosane sabe se meter na poesia com
tanta delicadeza, com tanta fúria, com tanta
leveza, com tanta sedução, que dá vontade de
entrar nos livros dela e passar um tempo lá,
de coração disparado, mas sem pressa,
saboreando cada palavra, cada imagem, cada
linha, realmente sem pressa, com aquela
disponibilidade que é essencial para a
beleza".
VILLELA,
Rosane. Apanhando a lua... Rio
de Janeiro: Paulinas, 2008. 80p. |
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