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No começo era o verbo; depois... Parece ser um discurso comum e conhecido dizer que as mídias sociais colocam a linguagem escrita/falada/visual em amplitude e volume assustadores e espetaculares, abalando mais ou menos drasticamente nossas referências; inaugurando formas de sociabilidade; rompendo fronteiras; mesclando coisas ouvidas, sonhadas, pensadas, escritas; tensionando e dinamizando nossas ações e pensamentos em múltiplas direções. Também parece comum entre nós considerar que o discurso midiático é algo labiríntico - que é entendimento e desentendimento, coisa ordenada e flutuante, real e imaginada, que separa e integra – que nos provoca. O 5º Seminário Nacional “O professor e a leitura do jornal”, que ocorreu entre 14 e 16 de julho, na Unicamp, — promoção da Associação de Leitura do Brasil, da Associação Nacional de Jornais, da Rede Anhanguera de Comunicação e da Faculdade de Educação/Unicamp —, colocou em debate o discurso da mídia, seus modos de produção e recepção, suas ressonâncias, suas implicações e suas inserções políticas na sociedade contemporânea, especialmente na comunidade escolar. O evento realizou, em dois dias, três conferências, nove palestras de mesas-redondas, 10 oficinas-cursos, 111 trabalhos apresentados em 32 sessões de comunicações, muitos debates e conversas informais, que colocaram em pauta a temática: “Educação, Mídia e Formação Docente”. Além da programação acadêmica, foram realizadas atividades culturais: exposições, sessões de cinema, lançamentos de livros e rodas de autógrafos em diferentes espaços da Unicamp. O 5º Seminário Nacional “O professor e a leitura do jornal” contou com a participação de 350 inscritos, entre eles, professores, jornalistas, estudantes e pesquisadores de diferentes universidades do país. Seu público foi formado por educadores da rede escolar de Ensino Infantil e Fundamental da cidade de Campinas, Paulínia, Indaiatuba, Nova Odessa, Comospólis, Santa Bárbara D`Oeste, Mogi-Guaçu, Hortolândia, Vinhedo, Atibaia, Rio de Janeiro, São Paulo, Peruíbe, Maceió, Poços de Caldas etc. Também foi formado por grupos que atuam em projetos educacionais em diversos jornais do Brasil – Jornal Mundo Jovem (RS), O Povo (CE), Jornal Cidade de Rio Claro (SP), O Diário (PR), Jornal do Comércio (PE), Jornal de Jundiaí (SP), Rede Tribuna de Comunicação (ES), RAC (SP), Diário de Pernambuco (PE), Folha da Região de Araçatuba (SP), Jornal A Tribuna (SP), Grupo Ubaldino do Amaral (SP), Jornal Gazeta do Oeste (RN), Jornal da Manhã (PR), Instituto RPC (PC), Instituto Paschoal Baggio (SC). Estes ANAIS reúnem 67 textos integrais enviados pelos congressistas, referentes aos trabalhos apresentados nas sessões de comunicação e que foram submetidos à avaliação de pareceristas para esta publicação. Também reúnem todas as palestras proferidas nas mesas-redondas e filmadas, na íntegra, nos três auditórios do Centro de Convenções da Unicamp. Esse material é um registro sonoro e visual das diferentes contribuições dos pesquisadores e dos profissionais no campo de conhecimento em que atuam, tornando-se uma importante forma de socialização desses saberes. Como tem sido prática nos últimos ANAIS de eventos produzidos pela Associação de Leitura do Brasil, estes ainda oferecem um conjunto de fotos de momentos distintos das atividades desse Seminário. Além disso..., eles incluem também todo o material divulgado de forma impressa no “Caderno de Atividades e Resumos do 5º Seminário”, assim como as informações – entrevistas e currículos dos convidados, orientações para os congressistas etc. - que foram divulgadas pelo site (www.alb.com.br/5.seminario) e que estiveram disponíveis durante toda a preparação e realização do evento. A produção dos ANAIS do 5º Seminário Nacional “O professor e a leitura do jornal” é um esforço de registro das ideias e dos propósitos que movimentaram o debate amplo e diversificado sobre a temática da educação em sua relação com diferentes mídias que circulam em nossa sociedade contemporânea. Registro não só como memória de um evento, mas também e, principalmente, como forma de divulgação e socialização dos distintos modos de pensar e de atuar com linguagens, discursos, tecnologias, ferramentas de ensino e aprendizagem em sua dimensão política, educacional e cultural.
NORMA SANDRA DE ALMEIDA FERREIRA
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