João Wanderley Geraldi Possui graduação em LETRAS pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijui (1980) , graduação em CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS pela Universidade Federal de Santa Maria (1970) , mestrado em LINGÜÍSTICA pela Universidade Estadual de Campinas (1978) e doutorado em DOUTORADO EM LINGÜÍSTICA pela Universidade Estadual de Campinas (1990). Foi Diretor do Instituto de Estudos da Linguagem e Pró-Reitor de Assuntos Comunitários da Unicamp. Atualmente é Professor Colaborador Voluntário da Universidade Estadual de Campinas. Foi presidente da ALB por uma gestão e colaborou significativamente para com o crescimento e consolidação de trabalho da entidade. OBRAS A aula como acontecimento; Gestos de Sabedoria; Sagacidade, argúcia e lupa; O Texto na Sala de Aula; Linguagem e Ensino - exercícios de militância e divulgação; Portos de Passagem; Autenticidade x artificialidade no ensino de línguas; Por aí todos poderíamos ir; Aprender E Ensinar Com Textos De Alunos. Mais recente e lançado neste COLE: TRANSGRESSÕES CONVERGENTES: VIGOTSKI, BAKHTIN, BATESON. TRECHOS Usar o controle remoto para trocar de canais, eis a caricatura desta liberdade vigiada, regulamentada, normalizada, em que nos isolamos numa suposta interioridade de leitores-espectadores condenados a ler o mesmo e sua reprodução nas inúmeras novidades que as programações de televisão oferecem, seja esta novidade a passagem veloz de um fragmento de notícia para outro, deslocando-nos todas as noites pelo mundo sem que dele apreendamos a história de sua construção, seja esta novidade o retorno cada vez mais insistente dos mesmos quadros, das mesmas estruturas, dos mesmos risos sobre os mesmos estereótipos, quase sempre preconceituosos. Para pensar os diferentes modos de ler, há que se aceitar que toda leitura é sempre diferente de outra leitura, ainda que se repitam textos e leitores. E nesse sentido, é preciso aprofundar a riqueza da diversidade sem cair na insensatez das regras fáceis de que tudo vale, que não há desigualdades a superar, que não há sentidos em circulação e compromissos entre leitores e autores. Se a escola é um dos lugares sociais privilegiados de acesso à leitura, outro paradoxo deve ser acrescentado ao anterior: para quem ensina a ler, para quem tem por obrigação formar leitores, inexistem condições sociais de leitura. Os professores, num processo histórico que já se revela no nascedouro da universalidade da escola, estão concretamente hoje afastados do livro e das bibliotecas pelas condições de trabalho e de salário.
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