Marisa Philbert Lajolo

Apresentação feita no 16º Cole

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Bacharelou-se e licenciou-se em Letras pela Universidade de São Paulo (1967), onde também concluiu Mestrado (Letras, Teoria Literária e Literatura Comparada, 1975) e doutorado em ( Letras Teoria Literária e Literatura Comparada, 1980) sob orientação de Antonio Candido. Fez pós Doutorado na Brown University e vários estágios de pesquisa na Biblioteca Nacional de Lisboa, na Biblioteca Saint Genevieve (Paris) e na John Carter Brown Library. Atualmente é professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e mantém vínculo como professor colaborador voluntário com a Universidade Estadual de Campinas. Suas atuais linhas de pesquisa recobrem interesse por Teoria Literária e Literatura Brasileira, atuando principalmente nas áreas de história da leitura, literatura infantil e/ou juvenil e Monteiro Lobato. Conta-nos sobre si a homenageada: "Sou paulista. Nasci em São Paulo, mas como fui criada em Santos, gosto de imaginar que sou praiana. Voltei para a Paulicéia: morei na Casa da Universitária, formei-me em Letras na Universidade de São Paulo, onde também fiz Mestrado e Doutorado. Fiz pós-doutorado na Brown University, fui Professora Titular no Departamento de Teoria Literária da Unicamp e hoje sou professora na Universidade Mackenzie, em São Paulo. Sempre gostei de ler e de escrever, daí os estudos e a profissão. Dou aulas, oriento teses, participo de congressos, faço pesquisa, freqüento um número quase infinito de reuniões. Escrevi um bocado de livros e artigos sobre livros alheios, ganhei alguns prêmios, mas só agora criei coragem para escrever e publicar um romance. Gostei tanto da experiência que a vontade é deixar os livros alheios em paz e fazer os meus próprios."

Durante o seu trajeto acadêmico na Unicamp, desenvolveu o Projeto Memória da Leitura - hoje uma referência para os estudos sobre a história da leitura no Brasil. É autora, entre outros títulos, de Monteiro Lobato, um Brasileiro sob Medida;

O que é literatura; Literatura,Leitores e Leitura; Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo, Destino em Aberto e Quando o Carteiro Chegou.

TRECHOS

Mas o mais importante é que encontraremos na vida de cada leitor, quando criança, um adulto afetivamente próximo a ele que era emocional e intelectualmente ligado aos livros. Foi provavelmente essa pessoa que iniciou o jovem no mundo da leitura.

A literatura sempre concorreu com outras formas de lazer. Hoje, televisão, Internet e vídeo games vestem às vezes a roupa dos vilões da história. No fim do século XIX, por exemplo, alguns achavam que corridas de cavalo e banhos de mar afastavam os leitores dos livros. Mas a literatura vem sobrevivendo galhardamente a tudo isso, apesar do coro dos aflitos.

Pesquisas sobre leitura são unânimes em apontar a importância de que crianças desde cedo se familiarizem com livros. Mesmo correndo o risco de danificar ou de perder livros, é preciso que as crianças tenham chance de pegá-los, abri-los, desenhar neles, riscá-los, lê-los ou não: a proximidade física e afetiva entre livros e crianças é essencial para a meninada descobrir a leitura.

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