| SINOPSE Neste terceiro seminário de Educação Matemática estaremos discutindo temáticas e problemáticas relacionadas às armadilhas que o desconhecimento matemático pode causar as pessoas seja na vida pessoal seja na profissional. Nossa proposta de trabalho tem por objetivo centrar o foco do debate nas relações entre letramento e numeramento, no processo de leitura e escrita na aprendizagem matemática, na inserção das tecnologias de informação e comunicação nos encontros de aprendizagem matemática, no direito das pessoas em adquirir conhecimento matemático, na formação docente daqueles que ensinam matemática em qualquer nível de ensino e no processo de avaliação da aprendizagem matemática. Buscamos perspectivas construídas coletivamente a partir das instâncias de debate com a intenção de formular ações e propostas que permitam aos educadores matemáticos seja na ação docente e/ou na produção científica terem oportunidades de refletir sobre suas práticas, ampliando suas visões sobre a formação matemática e adquirindo maiores possibilidades de intervenção no processo educativo. As mesas-redondas e comunicações de pesquisas e experiências destinam-se a educadores matemáticos que atuem na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, no Ensino Médio, na Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Superior.
TEXTO BASE
"Me movo como educador porque, primeiro, me movo como gente...
A educação é uma forma de intervenção no mundo...
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar..." - Paulo Freire, 1996.
Nosso querido Paulo Freire nos diz que nos movemos como educadores, porque, primeiro, nos movemos como gente e se assim é precisamos perceber que o mesmo ocorre com nossos estudantes os quais tem seus interesses e direitos à aquisição de conhecimento. Muitas vezes a escola pretende ensinar um corpo de conhecimentos e habilidades que não correspondem às necessidades imediatas dos alunos, além disso, analisa o saber dos alunos a partir de avaliações sobre os seus êxitos em matemática mesmo que eles não consigam aprender adequadamente.
Documentos da UNESCO apresentam que a Educação Matemática é um fracasso frente aos alunos. Quais são os obstáculos existentes nos processos de ensino e aprendizagem da Matemática? Recursos Pedagógicos insuficientes? Atitudes inapropriadas dos professores? Propostas curriculares equivocadas? Práticas docentes questionáveis?
Precisamos de ações educativas que nos auxiliem a superar esses obstáculos; adquirir conhecimento matemático é um direito de toda e qualquer pessoa. Como educadores matemáticos, em qualquer nível de ensino, temos desafios a enfrentar e problemas a solucionar. Daí a importância de se reconhecer o poder da colaboração, pois seu principal benefício é o fato dela reduzir o sentimento de impotência dos educadores matemáticos e gerar uma produção coletiva de conhecimentos que nos permitem ações docentes de maior eficácia.
Considerando estas questões, estabelecemos como objetivos gerais para o III Seminário de Educação Matemática do 16o Cole debates sobre as relações entre letramento e numeramento, sobre o processo de leitura e escrita na aprendizagem matemática, sobre a inserção das tecnologias de informação e comunicação nas aulas de matemática e também sobre os processos de avaliação da aprendizagem matemática e da formação docente daqueles que ensinam matemática na Educação Básica e no Ensino Superior.
Essas discussões serão muito significativas se pudermos contar com a presença de educadores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da Educação de Jovens e Adultos e do Ensino Superior. É importante que os professores socializem suas experiências e práticas, apresentando seus saberes docentes. Igualmente fundamental é que os pesquisadores compartilhem seus questionamentos e suas considerações sobre problemáticas da Educação Matemática.
Um enfoque globalizador auxilia a recuperar o verdadeiro objeto de estudo do saber matemático ao situar a realidade como objeto prioritário do conhecimento. Para se fazer ciência na escola tem-se que ter como objetivo claro o desenvolvimento de cada pessoa.
Dessa forma, convidamos a todos que se preocupam com a Educação Matemática de nossa população a discutir alternativas e trazer horizontes para uma efetiva superação do desconhecimento matemático.
PROGRAMA
11 de julho (quarta feira)
Abertura: "No mundo há muitas armadilhas... Que o desconhecimento matemático não seja uma delas" - Celi Espasandin Lopes

Mesa Redonda: "Relações entre letramento e numeramento" - Ana Cristina Ferreira; Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca; Vera Masagão
Local: Auditório da Biblioteca Central
Mesa Redonda: "Narrativas e formação docente" - Adair Mendes Nacarato; Maria Teresa Menezes Freitas; Vicente Garnica
Local: Auditório da Biblioteca Central
12 de julho (quinta feira)
Mesa Redonda: "Os processos de leitura e escrita na aprendizagem matemática" - Cármen Lúcia Brancaglion Passos; Celi Espasandin Lopes; Edda Curi; Regina Célia Grando
Local: Auditório da Biblioteca Central
13 de julho (sexta feira)
Síntese das Discussões e Avaliação
Adair Mendes Nacarato; Ana Cristina Ferreira; Celi Espasandin Lopes
Local: Centro de Convenções - Auditório III
SÍNTESE DO SEMINÁRIO |