LEITURA: TEORIA E PRÁTICA - Nº 33   

Nº 33 – Leitura: Teoria e Prática
Ano XVIII - Junho de 1999 - 72 p.

Estudos

Estudos Leitura e política – Luiz Percival Leme Brito - p. 3 – 10
O título deste artigo pode soar antigo num momento em que a fala dominante procura despolitizar tanto o acesso à escrita e aos saberes e valores que ela veicula quanto a crítica do conhecimento. Os discursos “oficiais” reforçam a idéia de que ler é uma questão de hábito ou gosto que se adquire por vontade individual, independentemente dos vínculos sociais estabelecidos pelo sujeito.

Leitores e telespectadores – algumas observações gerais sobre adaptações da literatura para a televisão - Sandra Reimão - p. 11 – 16
Começando pelo começo: uma adaptação de um texto literário para um programa televisivo é, em primeira instância, um processo de mudança de suporte físico. Trata-se da passagem de sinais e símbolos gráficos assentados em papel para um conglomerado de imagens e sons captados e transmitidos eletronicamente. Essa alteração da materialidade básica engendra, no geral, outras mudanças, das quais assinalaremos, rapidamente, algumas das principais e mais gerais.

Círculos de leitura: teorizando a prática – Eliana Yunes - p. 17 – 21
Quando investigava os modos de ler dos chamados leitores históricos e tentava analisar como suas práticas poderiam oferecer subsídios para a formação de novos leitores, muitos índices apareceram. Dentre eles, se destacou o ambiente familiar, “as leituras” na primeira infância, feitas “com os ouvidos”, como diria Galeano, em “Função do Leitor”. Este seria o fator determinante da iniciação prazerosa no contato com os livros.

Mulheres na literatura – a invisiabilidade oficial – Cyana Leahy-Dios p. 22 – 28
Pretendo iniciar a reflexão a respeito da invisiabilidade da mulher na literatura oficial, nos cânones literários referendados pela academia, pelos currículos, pelo saber instituído como válido e único nos livros-texto de educação literária. Pois se a educação literária é uma metáfora social, que papel é reservado à mulher na sociedade brasileira, visível através de sua ausência no estudo da literatura nacional?

Literatura dentro, fora e à revelia da escola – Núbio Delanne Ferraz Mafra p. 29 – 34
Conceitos, modismos, inter-relações se multiplicam na exata proporção em que se esfacelam. A ânsia da busca encontra terreno fértil em nossos dias, ainda que se rode muitas vezes em volta do próprio rabo. A escola, contudo, não tem marcado encontro com esse mundo. Tem se pensado, isto sim, redentora dele mas, na pretensa superioridade “daquele que guia”, não se vê dando a sua contribuição no desvelamento e interpretação mais crítica das diferentes formas de linguagem com as quais o jovem mantém contato nos dias de hoje.

Papéis inimaginados da escrita – Wilmar da Rocha D'Angelis p. 35 – 43
Que funções inimagináveis pode tomar a escrita? Vivendo num mundo “letrado” - ou pelo menos os que têm acesso a ele – somos capazes de elencar um considerável número de atividades em que a escrita desempenha importante papel mas que é, em essência, sempre o mesmo. Pelo menos, nos agrada crer que sabemos que papéis tem ou pode ter a escrita em tudo isso.

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