| 01 – Santo Forte entre o Sagrado e o Profano - Giovana Scareli, Unicamp. |
| Este trabalho pretende desenvolver algumas questões a partir de uma seqüência do filme Santo Forte, de Eduardo Coutinho. Estas questões dizem respeito ao sagrado e ao profano que podem nos ajudar a pensar sobre uma determinada seqüência do filme, protagonizada pela personagem Carla que narra histórias fantásticas sobre sua relação com a igreja Universal e com a Umbanda. Estas histórias me convidam a imaginá-las e posteriormente a interpretá-las utilizando as discussões sobre o sagrado e o profano. Esta leitura, não é a única. É uma no leque de possibilidades que um filme ou como neste caso, uma seqüência pode oferecer ao espectador que não vê apenas, mas que vê, ouve, com atenção e interesse um filme. (Palavras-chaves: cinema, educação, sagrado) |
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| 02 – Literariedade e Cinema: As Expressões Imagéticas da Obra Auto Da Compadecida transpostas para o Cinema Contemporâneo de Guel Arraes - João Evangelista do Nascimento Neto, UNEB Campus XXIV. |
| O filme O Auto da Compadecida, do diretor pernambucano Guel Arraes (2000), baseada na obra homônima de Ariano Suassuna (1973), traz à tona a discussão acerca da construção de uma identidade, fundamentada em um cenário do Nordeste brasileiro: o sertão. Assim, o caráter moralizante existente na obra literária é mantido na adaptação, mesmo que com um caráter menos acentuado. Esse trabalho pretende discutir a relação da obra fílmica de Guel Arraes com o texto de Ariano Suassuna, utilizando teóricos como ALBUQUERQUE JR (1999), BERND (2001), BOSI (1994), BALOGH (1996), SODRÉ (1978), TURNER (1997), STAM (1981), entre outros. Desta forma, a problemática gira em torno do eixo: obra literária/adaptação cinematográfica e seu caráter identitário nacional. (Palavras-chaves: literatura, cinema, identidade, imagem, discurso) |
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| 03 – Vídeos@juventudes.br. Um estudo sobre vídeos compartilhados por jovens na Internet - Heloisa Helena Oliveira de Magalhães Couto, mestranda em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. |
| Fenômeno que se desenhou nos últimos anos os sites para a difusão de vídeos podem servir de canal para a produção alternativa. Diariamente 100 milhões de curtas são assistidos em várias partes do mundo (JB, 10/06). Os jovens têm sido apontados como os grandes produtores de vídeos na rede. Tais produções têm contribuído para a produção de imagens de sujeitos e histórias que não aparecem nas imagens da mídia de massa? Para Barbero (2002) há uma nova sensibilidade produzida a partir da operação e interação midiática. Em pesquisa qualitativa buscamos analisar como se configura a produção de vídeos, compartilhados na Internet, de jovens entre 15 e 24 anos. Os resultados iniciais indicam que, mesmo não desconstruindo parâmetros, os trabalhos fortalecem a auto-estima e a cultura. (Palavras-chaves: vídeo; Internet; juventude; mídia) |
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| 04 – Sobre Cinema e Televisão e a Educação da Alma - Acir Dias da Silva, UNIOESTE, Cascavel, PR. |
| Nesta comunicação está presente o desejo de compreender a invenção da moralidade cristã e suas reverberações na educação da alma a partir do cinema e da televisão. Falaremos sobre os estilhaços da cultura anterior mesmo aos grandes movimentos estéticos e éticos ocorridos na modernidade, tais rupturas, por mais ousadas que sejam, conservam alguns ícones que persistem na atualidade, falaremos da invenção de uma moralidade. Neste caso, as imagens do cinema e da televisão são imbuídas de uma intencionalidade profunda. São imagens agentes nas quais me esquivo em busca de aprofundamentos. Para tanto partirei da “animação” desses “fragmentos” presentes nas epístolas bíblicas de Paulo de Tarso, conhecido por reinventar e difundir o cristianismo no ocidente e o deslocamento de suas mensagens para as telas do cinema e da televisão. Seus mitos e alegorias – tensões, desejos e materializações que transformam as “imagens míticas hebraico cristãs” em imagens atuais, tanto nas formas plásticas e literárias. (Palavras-chaves: cinema e televisão, cultura, memória, educação) |
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| 05 – Formação de Professores e Produção Cinematográfica - Adriana Varani, PUC-Campinas-SP e GEPEC/FE/UNICAMP e Laura Noemi Chaluh, GEPEC/FE/UNICAMP-SP. |
| Em nossas práticas educativas, em cursos de formação inicial e continuada de professores, temos usado a produção cinematográfica em sala de aula. Destas experiências questionamo-nos acerca dos sentidos de seus usos nas aulas. Buscamos o diálogo com autores preocupados com o uso dos filmes na escola, tivemos acesso às produções de Napolitano, Miranda, Almeida, Oliveira Jr., dentre outros. Algumas das inquietações surgidas: como nos relacionamos com o cinema? Que sentidos são produzidos ao discutir um filme a partir de temas da educação? Como não correr o risco de didatizar a produção cinematográfica? Temos procurado pensar em práticas que rompam com a idéia de refletir sobre a produção como um texto escolar, promovendo assim a multiplicidade de sentidos. (Palavras chaves: formação de professores, cinema, práticas pedagógicas) |
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| 06 – Potências do Vazio. Fábio Baracuhy Medeiros, PPGE, Pós-Graduação em Educação - CED, Florianópolis, SC. |
| Essa comunicação pretende abordar o silêncio tematizado no filme Antes da Chuva (França/Inglaterra/Macedônia,1994), de Milcho Manchevski, que é formado por três narrativas: "Palavras", "Rostos" e "Imagens". Na primeira parte deste filme, a que mais interessa aqui, denominada “Palavras”, contextualizado na guerra da Macedônia, um jovem monge que há quatro anos fez voto de silêncio envolve-se com uma garota da tribo inimiga, rompe os seus votos e é expulso do monastério. O significado do silêncio neste episódio “palavras”, a força do que pulsa como potência é o objeto do estudo. Também sobre a guerra, no livro “Sobre La Historia Natural De La Destruccion”, Sebald investiga o silêncio dos escritores e do povo alemão após o bombardeio das cidades alemães no final da Segunda Guerra Mundial. Negação, anestesia, esquecimento. Da mesma forma, o filme “Hiroshima Meu Amor” também nos diz dessa impossibilidade de falar sobre a guerra diante da magnitude do seu horror. Pretende-se compartilhar uma reflexão sobre a idéia de vacância que há na obra de arte - que configura o território para o indivíduo inserir a sua invenção – e, por outro lado, a negação-impossibilidade do relato da guerra como “não-experiência” a partir do século XX. O vazio para a invenção e o vazio do NÃO. O vazio não como ausência de tudo, mas como potência. (Palavras-chaves: esquecimento, anestesia, guerra, silêncio) |
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| 7 – 3 X 4: Retratos da Vida à Margem de Um Rio. Juliana Maria de Siqueira, Programa Pedagogia da Imagem do Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas. |
A experimentação videográfica pode constituir-se num instrumento de mediação comunicativa capaz de potencializar vozes e imagens de atores freqüentemente apagados nos discursos hegemônicos. Aproximar-se desses atores, abrir-se a suas experiências, saberes e visões de mundo e exercitar uma escrita polifônica/inconclusa são atitudes que configuram uma postura epistemológica que abala preconceitos, o pensamento dogmatizado e o discurso unificado. Nesse percurso, entrelaçam-se histórias de vida, desejos,
trajetórias de luta e circunstâncias históricas produzidas por pessoas comuns. “3 x 4 – Retratos da vida à margem de um rio” é um vídeo de curta duração produzido pela equipe do MIS a partir dos acervos formados pelo projeto “Recuperação Ambiental, Participação e Poder Público: uma experiência em Campinas” (IAC, Unicamp, Instituto Florestal, UnB e Prefeitura de Campinas). (Palavras-chaves: mediação comunicacional, imagens, ecossistema comunicativo, audiovisual, leituras de mundo, visibilidade, participação, dialogia, polifonia, documentário)
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| 08- Agora O Que Eu Faço Com Vocês? O Filme - O Discurso Na Vida e O Discurso na Arte. Marcos Donizetti Forner Leme - EMEF ”Raul Pila" - Campinas-SP e Grupo AULA - FE/UNICAMP. |
| Parte integrante da minha dissertação de mestrado defendida na FE/UNICAMP em 2005, este texto discorre sobre a produção de um curta metragem de ficção realizado pelos alunos das oitavas séries da EMEF "Raul Pila" em 2003, nas aulas de História, por mim ministradas. Agora, o que eu faço com vocês? instaura a dúvida e a incerteza tão presentes nas relações de ensino, marca as diferenças entre o discurso na vida e o discurso na arte (Bakhtin), toma o enunciado verbal e a produção artística como texto e reproduz o cotidiano jogando com os acontecimentos para os transformar em ocasiões (Certeau). É disso tudo que trata nosso filme: escola, relações pessoais, cotidiano, arte, História e o universo da produção. Ao final, falamos de nós mesmos num jogo de relações recíprocas que produzem e reproduzem nossas próprias possibilidades. (Palavras-chaves: produção textual, subjetividade, cotidiano, relações de ensino) |
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| 09- Uma Alegoria na Terra de Vera Cruz. Carolina Cavalcanti Bezerra, Laboratório de Estudos Audiovisuais (OLHO) - Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). |
| A presente pesquisa convida-nos à leitura da criação da Cruz como símbolo de descoberta, conquista e referência, criando uma das imagens mais conhecidas da história brasileira: A Primeira Missa no Brasil (1860/1) de Victor Meirelles de Lima. A cruz como alegoria do “mito de fundação” (Chauí, 2000) em termos de imagem que permanece na memória coletiva, como por exemplo, no filme O Descobrimento do Brasil (1937) de Humberto Mauro, será uma das leituras propostas ao olhar. Além da criação de um documento histórico por meio da pintura de Meirelles, que se tornou imagem agente (Almeida, 1999) do descobrimento do Brasil e sua persistência em diversos documentos, a importância da cruz não só como símbolo de uma religião, mas, no caso do Brasil, de uma “construção” social ao longo dos anos, será discutida. (Palavras-chaves: missa, cruz, iconografia, mito fundador, Brasil) |
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