| 1- PRÁTICAS DE LEITURA – ENTRE EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL. Selma Martines Peres – Universidade Federal de Goiás |
| O presente texto tem por objetivo apresentar os resultados de pesquisa de doutoramento sobre práticas de leituras de professoras de Educação Infantil, especificamente creches, do município de Catalão-GO. O trabalho mostra como essas professoras se constituíram e se constituem enquanto leitoras sem com isso buscar o significado da leitura, mas como ela funciona e com o que ela funciona, quais as suas conexões e intensidades. Para isso, a abordagem metodológica da pesquisa pautou-se no trabalho com narrativas de cinco professoras. Compõem as bases teóricas deste estudo autores como: Deleuze e Guatarri, Chartier, Agamben, Larrosa, Butler, Louro, dentre outros. O texto apresenta algumas considerações acerca das experiências de leitura das professoras colaboradoras, perpassando por protocolos, imperativos, linhas de fuga e de desterritorialização. Palavras-chave: práticas de leitura, narrativas de professoras, leitora. |
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| 2- PRÁTICA DE LEITURA: A ESCUTA DE PINÓQUIO. Carolina Gonçalves - UNESP/Rio Claro; Maria Augusta Hermengarda Wurthmann Ribeiro - UNESP/Rio Claro. |
| Esta pesquisa tem como objetivo experienciar o processo de escuta no campo da leitura, criando um espaço social em um ambiente escolar no qual seja compartilhada a leitura/escuta do clássico As aventuras de Pinóquio, de Collodi (2002) com crianças de 7 e 8 anos. Como justificativa, percebe-se que a escola, em sua preocupação com a alfabetização, atribui um valor extremado à escrita, em detrimento da oralidade na formação da subjetividade. Proponho como metodologia a leitura compartilhada e a observação participante, com registros dos encontros em Diário de Campo. A forma de análise dos dados será baseada em minha escuta enquanto experiência (Larrosa) dos encontros com os alunos (o vivenciado), documental (o Diário de Campo) e à luz dos estudos nos campos da história da leitura e da história cultural, com Roger Chartier, estabelecendo relações com a oralidade como prática cultural, pedagógica e artística. Palavras-chaves: escuta, prática cultural, Pinóquio |
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| 3- IDENTIDADES DE GÊNERO NAS NARRATIVAS (MÁGICAS) SOBRE HARRY POTTER. Maria Lúcia Castagna Wortmann - Universidade Luterana do Brasil/RS e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fabiana de Brito Pires - Universidade Luterana do Brasil/RS, Isabel Christina Zoppas - Universidade Luterana do Brasil. |
| Articulamos, neste estudo, campos como a educação, os estudos culturais, os estudos literários e os estudos de gênero para conduzir análises discursivas nos seis primeiros volumes da série de livros infanto-juvenis de J. K. Rowling, que narram as aventuras de Harry Potter. Problematizar identidades juvenis e de gênero (Scott, 1995; Margulis, 1998; Louro, 1999; Reguillo, 2003) marcadas, (re)produzidas e ensinadas nessas histórias, que consideramos atuarem como pedagogias culturais (Giroux, 1995, 2001; Steinberg, 1998), é o objetivo desta comunicação. Indicamos, também, a produtividade dessas histórias em muitas instâncias culturais: para além do cenário da literatura infanto-juvenil, estendendo-se ao cinema, ao marketing, à Internet, às revistas e jornais de ampla circulação e à própria academia. |
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| 4- A LEITURA COMPARTILHADA DAS PEÇAS DIDÁTICAS DE BERTOLT BRECHT: CONSTRUINDO SIGNIFICADOS PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO. Natália Kneipp Ribeiro Gonçalves - UNAR. |
Esta comunicação visa a compartilhar uma experiência feita entre a pesquisadora e três professoras que alfabetizam, tendo como base a leitura e discussão das peças didáticas de Bertolt Brecht. Buscou-se compreender as reflexões que essas peças podem trazer ao processo educativo, e, mais especificamente, à práxis pedagógica desenvolvida no processo de alfabetização, por meio dos significados produzidos na e pela leitura dessas peças, em uma situação de interlocução (Bakhtin, 2004; Vigotski, 1998; Chartier, 1990). Essa relação de leitura compartilhada das peças, desenvolvida por entrevistas, possibilitou problematizar as concepções de alfabetização das professoras, suas posturas, atividades, objetivos e modos de fazer.
Palavras-chave: leitura compartilhada, peças didáticas, Bertolt Brecht e processo de alfabetização. |
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| 5- "LIBERDADE PELA ESCRITA" E OUTRAS PRÁTICAS DE LEITURA. Neiva Maria Tebaldi Gomes - Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER, Porto Alegre, RS. |
| Esta comunicação objetiva compartilhar experiências resultantes de práticas de leitura e de escrita desenvolvidas num presídio feminino através do projeto Liberdade pela Escrita (vencedor do concurso Vivaleitura/2006), bem como de outras que envolvem grupos, por razões diversas, afastados do ensino escolar. Enfoca a relação existente entre processos de produção de sentidos e modos de constituição dos sujeitos leitores e/ou produtores de textos. Discute o papel da leitura e da escrita nos processos de inclusão social e de ressignificação da experiência. Sustentam o trabalho concepções que encontram abrigo na lingüística da enunciação, proveniente de Bakhtin, mas outras perspectivas, como as Walter Benjamim e Jorge Larrosa, são invocadas para a compreensão da linguagem que materializa em textos a experiência humana. Palavras-chave: práticas de leitura, produção de sentidos, ressignificação da experiência, inclusão social. |
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| 6- EXPERIÊNCIAS DE LEITURA: A LEITURA DAS LEITURAS. Karilene Delgado de Oliveira e Katiane Fuzaro Novaes; - Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro. |
| As bolsistas relatam a experiência de leitura (Larrosa, 2003) vivida por elas como alunas do 1º ano do Curso de Pedagogia, público do projeto Experiências de leitura em sala de aula (2006) , e ao mesmo tempo como pesquisadoras do mesmo. O principal objetivo do projeto foi a leitura e a discussão de três textos: o ato de ler, A importância do ato de ler, de Paulo Freire (2003); a formação do professor , Sobre a lição, de Jorge Larrosa (2003) e sobre a tessitura da leitura, Tecendo a leitura, de Marisa Lajolo (2000). A metodologia foi a da leitura dos textos em público (Larrosa, 2003) com posterior comentários sobre os mesmos, anotados em Diário de Campo pelas bolsistas. Os resultados são a leitura desses comentários, a leitura das leituras dos textos e a avaliação das bolsistas como participantes da pesquisa, tanto como sujeitos e como quanto colaboradoras. Palavras-chave: Leitura, Textos, Experiências de Leitura, Avaliação. |
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| 7- LEITURA: UM CAMINHO PARA O CONHECIMENTO. Suely Barros Bernardino da Silva - EE Nathália Uchoa, Manaus-AM. |
| Através desta comunicação, procuraremos compartilhar uma experiência de ensino da leitura, no qual se buscou conscientizar e sensibilizar o professor e pais da importância da prática de leitura para a criança, como forma de aquisição de conhecimento. Buscou-se dar oportunidade para que os alunos sentissem na leitura uma atividade prazerosa, cultural, (in)formativa, interagissem e fossem criativos. Theodoro (1993), nos diz que a leitura é um processo de criação e descoberta, dirigido ou guiado pelos olhos perspicazes do escritor e que a boa leitura é aquela que depois de terminada gera conhecimentos, propõe atividades e analisa valores, aguçando, adensando, refinando os modos de perceber e sentir a vida por parte do leitor. Vigotsky e Bakhtin (1998) afirmam que o diálogo permeia tudo. Percebeu-se a importância da interação entre professor-aluno-pais no processo de incentivo à leitura. Além de outras atividades, os alunos foram levados a uma livraria e biblioteca infantil da cidade, como forma de pô-los em contato com os diversos gêneros textuais, após o que, foi-lhes facultado escolher o gênero de sua preferência. A seguir foram desenvolvidas atividades lúdicas, história em quadrinhos, dramatização, teatro de bonecos, entre outras. Os resultados observados da aplicação do projeto foram significativos, o que levou à ampliação do mesmo. Palavras-chaves: leitura, gênero textual, conhecimento. |
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| 8- HISTÓRIAS DE LEITURA E DE LEITORES: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS. Denise Dias de Carvalho Sousa - Universidade do Estado da Bahia/UNEB. |
| A sociologia da leitura nos traz algumas reflexões acerca da leitura: ler não é uma prática homogênea, portanto não existem leitores e não-leitores como tendem em classificar algumas estatísticas, mas leitores com formação, gostos, preferências e motivações diferenciadas. Ou seja, cultura, sexo, idade, atividade profissional, lugar social, situação familiar e histórias de leitura diferenciam os leitores: o que lêem, como se aproximam da leitura e os meios de acesso que utilizam para alcançá-la, onde lêem, como manuseiam e tratam o material que lêem, o que fazem com a informação lida, se gostam de ler ou lêem por necessidade ou obrigação. Nessa comunicação socializarei os momentos de discussão vivenciados por mim e mais oito alunos, na disciplina Sociologia da Leitura, no Mestrado de Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia, que, na verdade, é também um lugar de tratar da prática cultural de leitura de leitores comuns em espaços formais e não-formais. Entre os vários autores que se dedicam aos estudos no campo da sociologia da leitura como prática cultural e campo de pesquisa, contribuíram para nossa reflexão autores como: Chartier (1999; 2002), Lahire (2004), Pouline (1988), Fraisse (1997), Márcia Abreu (2006) e Zilberman e Lajolo (2003). Palavras-chave: leitura , leitor , livro , sociologia da leitura |
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| 9- BONDE DAS LETRAS: A INCLUSÃO ATRAVÉS DO PENSAMENTO. Ana Paula Degani e Camila Moura. “Organização não-governamental Ação Comunitária do Brasil/RJ”. |
| A comunicação objetiva apresentar a implementação, a metodologia e os resultados alcançados nas atividades do Projeto Bonde das Letras, promovido pela ONG Ação Comunitária do Brasil/RJ, situada em Cidade Alta, Cordovil. Com o intuito de discutir os recortes institucionais, referentes a gênero(Galeano, 1998), e etnia (Nascimento, 2003) elegeu-se o círculo de leitura como ferramenta metodológica principal, em que os assuntos são discutidos de forma aberta e crítica, (Chauí, 2003) visando o posicionamento do leitor sobre os temas abordados. Os recursos utilizados como motivadores da discussão podem ser: um texto, uma música, um vídeo, ou uma fotografia, O educador assume o papel de mediador das discussões, provocando e conduzindo o público ao debate reflexivo. O resultado desta ação verifica-se através da melhora no rendimento escolar, como também, em produções textuais e práticas leitoras dos educandos. Palavras-chave: gênero, etnia, exclusão, debates. |
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