| 1- O CANTO E O (EN)CANTO DO SABIÁ: MOVIMENTOS ENTRE AQUI E LÁ. Soraya Maria Romano Pacífico- USP, Lucília Maria Sousa Romão-USP. |
| Este trabalho fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de matriz francesa e pretende questionar a ilusão de monofonia, de sentido único das palavras; para isso, recorremos ao texto literário, Quando o sabiá canta, nossos males espanta, de Fátima Miguez, espaço da polissemia, da polifonia, defendendo que a escola pode trabalhar com a literatura e a construção de sentidos de uma maneira produtiva e prazerosa, buscando, nas possibilidades de interpretação dos textos, permitir que o aluno tenha acesso ao arquivo, ao interdiscurso e, não, reduzindo o trabalho com o literário à procura de rimas, de sinônimos, de paráfrases. Queremos mostrar que língua e literatura não estão separadas; que os sentidos não estão prontos; logo, o texto literário é o lugar fecundo para a constituição dos sujeitos e dos sentidos. Palavras-chave: Discurso, Sujeito, Interpretação, Polissemia. |
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| 2- RUTH ROCHA: TRAMAS DE HISTÓRIAS E HISTÓRIA ENTRECRUZADAS. Thaís Otani Cipolini, Maria Carolina Bovério Galzerani UNICAMP. |
| Esta comunicação visa apresentar minha pesquisa de mestrado, na qual dialoguei com as obras literárias da autora brasileira Ruth Rocha, relacionando-as ao contexto histórico em que estão inseridas, isto é, desde 1976 – ano de publicação de seu primeiro livro, “Palavras muitas palavras”, até 2005, ano de lançamento do livro “Um cantinho só pra mim”. Durante a pesquisa percebi alguns fios constantes, mas que se modificavam conforme o contexto histórico brasileiro no qual a autora (conjuntamente com os editores, ilustradores e tantos outros personagens) produzia(m) os livros. Os livros são, desde modo, enfocados como documentos históricos e, como tais, portadores de re-significações das experiências vividas pela autora no período em questão. Para tal pesquisa, baseei-me nos referenciais teóricos do historiador inglês Edward Palmer Thompson (1987, 1988 – 1989, 2002), do filósofo alemão Walter Benjamin (1989, 1994, 1996) e do historiador inglês Peter Gay (1988, 1999). Palavras-chaves: Ruth Rocha, literatura infantil, história nova, experiência dos sentidos. |
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| 3- LITERATURA INFANTIL E PEDAGOGIA: REFLEXÕES A RESPEITO DA FORMAÇÃO DE UMA NOVA MENTALIDADE LEITORA. Daniella Cristini FERNANDES (G - UFMS/CPTL), Vanessa Feitosa BARBOSA (G - FMS/CPTL), Viviane dos Santos SILVA (G - UFMS/CPTL). |
| A literatura infantil propicia ao leitor a fruição de emoções e uma gradativa conscientização dos valores e desvalores defrontados no convívio social. Entretanto, muitas vezes a prática escolar impossibilita o potencial educativo inerente à leitura literária. Neste espaço teórico e, com base em textos de Nelly Novaes Coelho e Regina Zilberman, nos propomos refletir sobre a urgente necessidade de aproximação entre prática pedagógica e gênero literário, em benefício da formação de uma nova mentalidade leitora. Palavras-chaves: literatura infantil, prática pedagógica, reflexão, mentalidade leitora. |
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| 4- CAMINHOS PARA O ENCONTRO COM A LITERATURA: o espaço biblioteca e a formação do leitor em uma instituição não-governamental do noroeste do Paraná. Andréia Cristina Cruz (UEM), Rosa Maria Graciotto SILVA (Orientadora – UEM). |
| Este trabalho apresenta um estudo sobre a leitura do texto literário em uma instituição não-governamental situada em município do noroeste do Paraná. Esta instituição atende, em contra turno escolar, adolescentes de doze a dezoito anos e se propõe a desenvolver atividades que possam contribuir com a promoção do ser humano. Dentre estas atividades, pode-se destacar o incentivo à educação formal – Ensino Fundamental e Médio – e o anseio em desenvolver atividades ligadas à arte e à cultura como a dança, teatro, esportes e a leitura do texto literário. Esta última desempenha papel importante, pois, de acordo com Antonio Candido (1972), a literatura apresenta função humanizadora. O que corrobora a proposta de promover, em vários aspectos, o adolescente atendido pela instituição. Esta entidade inaugurou, há pouco, sua sede própria construída com donativos oriundos de uma comunidade alemã. Apresenta uma estrutura física bastante propícia à realização do trabalho com a literatura, em especial neste trabalho, destaca-se a biblioteca da instituição e a maneira com que o trabalho desenvolvido na mesma. Palavras-chave: Literatura – Formação do Leitor – Biblioteca. |
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| 5- Armadilhas no Ensino de Literatura Infanto-Juvenil. Fernanda Cristina Ribeiro Faria, Édima de Souza Mattos, Universidade do Oeste Paulista- Unoeste – Presidente Prudente S/P. |
| Muito se tem pesquisado sobre o reduzido consumo de livros e a problemática de uma leitura intelectiva. Tal fato torna-se um problema para a escola que, atualmente, é a única responsável pela difusão da leitura e, principalmente da Literatura, afinal é o lugar onde se aprende a ler e a escrever e, conseqüentemente, a explorar a Literatura. Há diversos estudos que tentam identificar e compreender este problema, mas diante da complexidade acerca das armadilhas que envolvem o ensino da Literatura Infanto-Juvenil decidimos fazer um estudo enfocando as práticas pedagógicas e metodológicas utilizadas pelos professores durante o processo educativo em questão. Palavras-chaves: metodologias, práticas pedagógicas, ensino, Literatura Infanto-Juvenil. |
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| 6- COM-FABULANDO E HQs: UMA POSSIBILIDADE NA FORMAÇÃO DE LEITORES E ESCRITORES. Silvana Ferreira de Souza, Renata Junqueira de Souza, EMEF ”Jair Luiz da Silva” – Junqueirópolis/SP e UNESP- Presidente Prudente-SP. |
| A presente comunicação visa compartilhar a experiência realizada em uma 3ª série do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Junqueirópolis, que por meio de um projeto de leitura e escrita intitulado “Com-fabulando” que tinha por objetivo estimular a leitura e a escrita nos participantes. Por meio de algumas Histórias em Quadrinhos (Maurício de Souza) foram introduzidas fábulas de Esopo e de Jean de La Fontaine para as crianças, que a partir destas, realizaram atividades de leitura e escrita. Nas atividades de escrita os alunos puderam realizar o reconto das fábulas, o que permitiu o aperfeiçoamento na utilização dos mecanismos de coesão e coerência; possibilitando o trabalho com intertextualidade (Koch e Travaglia, 2003; Koch e Elias, 2006). Encerramos as atividades utilizando as produções dos próprios alunos para realizar a revisão e reescrita com objetivo de fazer com que os discentes se sentissem satisfeitos com os resultados de seus textos no final do processo. (PCN, 1997; Geraldi, 2006). Palavras-chaves: Leitura, Produção de Texto, Texto Narrativo. |
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| 7- TRÊS MUNCÍPIOS E UMA PESQUISA: PERFIL CULTURAL DE PROFESSORES LEITORES, Renata Junqueira de Souza e Dagoberto Buim Arena, Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil, UNESP. |
| Esta pesquisa tem por objetivo estudar a contribuição que pode oferecer a literatura infantil e juvenil para a efetiva formação do leitor, nas suas relações com o aprendizado da Língua Portuguesa, abrangendo aspectos ligados à produção de textos e à reflexão sobre os conhecimentos lingüísticos em escolas de Portugal e da região Oeste do Estado de São Paulo, no Brasil. Para este evento, será apresentado um recorte da primeira fase da pesquisa que coletou dados quantitativos por meio de uma pesquisa etnográfica. Trabalhamos com 901 docentes das cidades de Assis, Presidente Prudente e Marília, para verificar entre outros aspectos, qual o perfil cultural deste professor: o que lê, quais livros compra; a que filmes assiste, como assiste e, conseqüentemente, como o acesso e apreciação das diversas manifestações culturais podem interferir na escolha e na circulação de livros de literatura infantil e juvenil. Palavras-chaves: cultura, leitura, literatura infantil e juvenil, formação decente. |
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| 8- LITERATURA INFANTIL NA ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO. Simone Rezende S. Vicente, Marcela Mendes Monteiro, Rute Gomes N. da Silva e Jaqueline Maria de Oliveira, Maria Jussara Zamarian e Gabriela Fiorin Rigotti, Faculdades Integradas Maria Imaculada (Mogi Guaçu-SP). |
| Neste estudo, pretende-se atentar para as formas como a literatura infantil vem sendo utilizada nas salas de aula de nossa educação formal, transformando-se de acordo com o currículo corrente e remodelando os processos de alfabetização escolar. Para tanto, selecionou-se três projetos de trabalhos da EMEF “Antonio Giovani Lanzi” (Mogi Guaçu-SP), os quais foram estudados tentando-se compreender como alfabetização e literatura poderiam unir-se, modificando e complementando uma à outra. Conclui-se que ambas, literatura e alfabetização, podem e devem caminhar juntas, pois assim a alfabetização se tornaria mais acessível e lúdica, enquanto a literatura se comporia como forma de expressão para os alunos. Palavras-chaves: literatura infantil, alfabetização, escola. |
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| 9- CONTAR HISTÓRIAS: METODOLOGIA DE APOIO AO ENSINO-APRENDIZAGEM. Regina Clare Monteiro, Anhanguera Educacional – Campinas/SP, Marcelo Messias da Silva – Faculdade Comunitária de Campinas – Campinas/SP. |
| De acordo com o MEC, 55% dos alunos do ensino fundamental apresentaram, com relação à Língua Portuguesa, desempenho crítico e muito crítico (dados SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica). Esse dado é alarmante, pois tais alunos levarão consigo, para os anos posteriores, este mau desempenho, acarretando prejuízos futuros em toda a sua formação educacional. Esta pesquisa, visando despertar o interesse dos alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental para a leitura, pretende, através da contação de histórias, expandir o universo social e cultural desses alunos, face à exposição de textos diversos, entre contos de fadas, mitos, lendas, entre outras atividades elaboradas a partir da literatura. Para tanto, selecionou um grupo de controle entre sujeitos de um trabalho comunitário realizado pela instituição educacional a qual os pesquisadores são vinculados, que oferece a crianças e adolescentes diversos cursos e/ou reforço escolar. Os resultados parciais caminham no sentido de comprovar a hipótese levantada de que, pré-adolescentes e adolescentes expostos, com regularidade, à literatura lúdica apresentam melhora no seu desenvolvimento integral e, conseqüentemente, no desempenho escolar. Palavras-Chaves: Literatura e Ensino; Contação de Histórias; Literatura e Escola. |
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