| 1. LEITURA DE PROFESSORES: PROCESSOS DE SIGNIFICAÇÃO. Ana Lúcia Horta Nogueira – USP/Ribeirão Preto, Raquel Salek Fiad – IEL/UNICAMP |
| Neste trabalho, discutimos aspectos da elaboração do saber docente, a partir de uma abordagem discursiva, com relevância aos processos dialógicos de produção de sentidos. No processo de análise dos dados, coletados em encontros de um grupo de estudos com professoras do ensino fundamental, tomamos os comentários como acontecimentos de linguagem, na tentativa de compreender as relações interdiscursivas e os processos de significação, sempre considerando as condições de produção. A partir da questão da leitura, destacamos três aspectos inter-relacionados: o processo de leitura, a apropriação do conhecimento e a reflexão sobre o trabalho. Por meio da análise de situações de interlocução entre professoras, procuramos dar visibilidade à dialogia e ao caráter coletivo da reflexão do professor como instância formativa, buscando evitar alguns dos riscos trazidos na esteira dos estudos acerca da atividade reflexiva docente, a saber, a ênfase ao caráter individual e à naturalização da reflexão. (Palavras-chave: leitura, dialogia, processos de significação, formação de professores) |
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| 2. FORMAÇÃO EM LETRAS À LUZ DA(S) HETEROGENEIDADE(S) ENUNCIATIVA(S). Lázaro Donizete Carlsson – FFLCH/USP |
| Baseando-se nos estudos da Análise do Discurso (de linha francesa) sobre a complexidade enunciativa, o presente trabalho analisa um corpus constituído de textos produzidos por formandos em Letras, por ocasião do Exame Nacional de Cursos (também chamado de Provão), realizado em 2001, advindos somente de instituições de ensino superior do setor privado e da região sudeste. Essa análise se dá sob a luz da heterogeneidade enunciativa mostrada e marcada que, após formular os pontos que revelam o aspecto heterogêneo dos textos, contribui para criar hipóteses sobre a filiação a um certo processo de formação teórica pela qual esse futuro professor de Língua Portuguesa tenha passado. (Palavras-chave: análise do discurso, exame nacional de cursos) |
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| 3. A LEITURA COMO INSTRUMENTO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL. Paulo Cezar Rodrigues -UEM/FAP, Rosimeiri D'arc Cardoso - FAP-Apucarana-PR. |
| A comunicação apresenta os resultados de um projeto de ensino da leitura realizado com alunos de IES, cujo objetivo foi o de capacitá-los para a leitura de textos teóricos, visando a proficiência desses alunos, também, nas atividades de produção textual. Orientados a partir de uma perspectiva sociointeracionista de ensino, os participantes do projeto realizaram leituras de textos que tratavam do ensino da leitura e da escrita, além de questões específicas do gênero textual artigo cientifico. Em seguida, procederam à leitura de textos de suas próprias áreas, a fim de produzirem um artigo. Os resultados revelaram a presença de uma forte resistência por parte dos alunos de IES à atividade de escrita, o que não se deu, na mesma proporção, com as atividades de leitura propostas, uma vez que, de um total de 40 alunos participantes no projeto, apenas 7 apresentaram seus artigos ao final do curso. O projeto em questão está vinculado ao grupo de pesquisa Interação e escrita no ensino e aprendizagem (UEM/CNPq). (Palavras-chave: leitura, texto teórico, sociointeracionismo) |
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| 4. LEITURA, LITERATURA CIENTÍFICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL. Eliana Meneses de Melo |
| Esta comunicação apresenta estudo em torno do universo da leitura no ensino superior , tendo como eixo a Responsabilidade Social ,Literatura Científica e Prática Pedagógica. Referenciado nas ações dos sujeitos do Discurso Pedagógico, o trabalho analisa as posturas do sujeito-estudante diante do processo de identificação e entendimento das idéias do outro. Destaca os valores individualistas projetados no ato de leitura como uma das marcas das dificuldades encontradas na assimilação de idéias e práticas de leituras. Analisa ainda os processos de alterações conceptuais e de reflexões em torno dos mecanismos de construção do conhecimento dos próprios indivíduos, respaldado na Semiótica, em pesquisa respondida por estudantes e estudo de atividades planejadas ligadas à temática. (Palavras-chave: leitura, Ensino Superior, responsabilidade social, texto científico e prática pedagógica) |
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| 5. LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS: DO TRINÔMIO POSSÍVEL PARA O ENSINO PRODUTIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA UNIVERSIDADE. Anderson da Silva Ribeiro- UFRJ/Centro Universitário Augusto Motta - RJ |
| Como professor in aeternum do Ensino Fundamental(escola de todo docente), desenvolvemos a preocupação de honrar o objetivo de tal nível, ao apresentar, em nosso caso, a Língua Portuguesa nas diversas manifestações, a partir das quais o aluno construirá a sua cidadania (cf. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - nº 9394/1996). É certo que, no espaço discursivo da escola, a língua padrão ou de base será a mais privilegiada, não porque se deseja contribuir para um preconceito lingüístico, mas porque a escola também é o local de aprendizado de uma cultura erudita. Para desenvolver esse tópico, partimos, entretanto, do conhecimento adquirido em uma "leitura do mundo", como bem pontuou Paulo Freire. Ainda assim, por tudo que veiculam os meios de comunicação e a nossa prática efetiva em sala de aula, verificamos que, a cada dia, a realidade educacional se torna caótica. Alunos analfabetos são promovidos de série sem condição alguma. Quando muito, sabem somente ler e escrever, desconhecendo a função social da leitura e da escrita. Não está desenvolvida a competência textual de que tratam os Parâmetros Curriculares Nacionais. Este problema é alarmante, a partir do momento que adentra a universidade, fragilizando a formação intelectual. Tomando por base o trinômio leitura, interpretação e produção de textos, discutiremos, neste trabalho, sem a pretensão de resolver o problema, estratégias de ensino no âmbito acadêmico que atenuem na problemática de um contagioso analfabetismo funcional. (Palavras-chave: leitura; escrita; letramento; universidade; prática de ensino) |
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| 6. A ADOÇÃO DOS PORTFÓLIOS EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: LÓGICAS AVALIATIVAS E PERCEPÇÕES DOS ALUNOS. Maria Cecília Cerminaro – FE/UNICAMP, Mara Regina Lemes de Sordi – FE/UNICAMP. |
| Objetiva-se descrever experiência de utilização dos portfólios em um curso de pedagogia e identificar as razões da inserção deste instrumento, como uma forma de avaliação e acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem. Outro interesse do estudo é o de conhecer as percepções dos alunos envolvidos nesta prática. Utilizamo-nos de entrevistas semi-estruturadas a fim de compreender as lógicas avaliativas acionadas pelos professores e de questionários para conhecer os significados e as aprendizagens que este procedimento trouxe a estes alunos. Constatou-se a valorização dos portfólios como texto reflexivo possibilitador da expressão e da releitura da prática pedagógica e da própria formação. As fragilidades decorrem da inexperiência com o uso e da falta de tempo. Concluímos que a inserção pode e deve ser estimulada pelo enriquecimento que traz aos atores enquanto uma avaliação processual. (Palavras-chave: portfólio, avaliação, formação docente) |
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| 7. LEITURA SIGNIFICATIVA: PRAZER, DEVER OU RELEVÂNCIA SOCIAL NO ENSINO SUPERIOR? Maria Celina Teixeira Vieira - PUC/SP |
| O trabalho aborda a leitura e sua importância no processo ensino-aprendizagem em todos os níveis de escolaridade, em especial no ensino superior. A partir de conceitos da teoria de texto e da psicologia educacional mostra que ler não é apenas decodificar, mas, sobretudo, compreender, interpretar, inferir, hipotetizar, perceber o dito e, principalmente, o não dito, incorporar conhecimentos e idéias, mediante os próprios conhecimentos e experiências pessoais. Professores e alunos dependem do texto em quaisquer disciplinas do currículo, como veículo de idéias, informações e cultura. Em um mundo globalizado, com as mais sofisticadas tecnologias, o texto continua com seu valor, permeando toda a comunicação acadêmica, empresarial e social. Pesquisas apontam que os estudantes, incluindo os universitários e pós – graduandos, no Brasil e em outros países, lêem pouco, pouco entendem do que lêem, o que afeta radicalmente sua competência para escrever e o processo ensino-aprendizagem em geral. Assim, cabe ao professor a mediação no processo de tornar o aluno leitor competente por meio de uma concepção de leitura que sustente estratégias adequadas e dinâmicas, que inaugurem o gosto e o hábito de leitura, que ponham em contato o autor-texto-leitor, em uma troca e diálogo enriquecedor. (Palavras chave: Interação autor-texto-leitor, Mediação do professor, Leitura significativa) |
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| 8. LEITURA E DIALOGISMO: MÚLTIPLAS VOZES DISCURSIVAS. Vera Maria Ramos Pinto – FAFIJA, Sônia Maria Dechandt Brochado – FAFIJA. |
| Segundo o pensamento de Bakhtin (1992), revelado em suas obras que têm como centralidade a linguagem, o signo é essencialmente ideológico. Sua concepção é dialógica, ou seja, a noção do eu nunca é individual, mas social. Neste trabalho ressaltamos esse enfoque e discutimos o reflexo das diversas concepções de leitura para a formação do professor-leitor. Apresentaremos a discussão a partir do levantamento do perfil do leitor iniciante do Curso de Graduação em Letras, da FAFIJA, constatado pela análise dos dados coletados no corpus pesquisado. Refletiremos sobre o processo de recepção textual empregado pelos calouros na amostra pesquisada, se apresentam tendência para a abordagem decodificadora ou para a visão sociointeracionista. (Palavras-chave: leitura - dialogismo - concepções de leitura - professor-leitor) |
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| 9. A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS. Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP, Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP |
| Através dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de 'linha' francesa, analisaremos as produções textuais de sujeitos que cursam o último semestre de Pedagogia, em uma Universidade particular, de Ribeirão Preto-SP. Após o estudo de um texto científico, cujo tema é a leitura no imaginário social, os sujeitos devem produzir um texto argumentativo, defendendo suas concepções de leitura. A partir dos textos produzidos, faremos uma análise das marcas lingüísticas presentes nas redações, as quais indiciam o lugar histórico-social dos enunciadores, assim como fazem falar/calar sentidos dos futuros profissionais da educação sobre o objeto de estudo em questão. Consideraremos os processos histórico-sociais da constituição dos sujeitos e dos sentidos, o que nos fará refletir sobre a formação dos professores em relação à leitura. (Palavras-chave: leitura, discurso, universitários, sentidos) |
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