Nº 22–
Leitura: Teoria e Prática
Ano XII - Dezembro de 1993 - 80 p.
Estudos
Uma Leitura de Macunaíma – Henrique K. Filho - p. 7 – 20
A leitura do mito “Poromina Minare” fornece, como explica Jacchieri
(1973), “um modelo para o estudo dos significados sócio-culturais dos
mitos eróticos”. Dessa forma, será possível desvendar conteúdos encobertos
no simbolismo mitológico que se encontra nas aventuras de Macunaíma, um
herói mítico brasileiro muito especial.
O Texto Memorialístico e o Ensino da Literatura – Noili Demaman - p. 21 –
25
É sobre este gênero de leitura “menor” – não reconhecido como
histórico, nem como literário – que pretendo tratar neste ensaio. Com ele
refletir, juntamente com professores de relações mais estreitas com a
literatura, as condições de surgimento desse gênero e o porquê do
interesse por parte do leitor.
A Produção Escrita da Criança e sua Avaliação – Maria L. Sabinson - p. 26
– 40
Meu objetivo aqui é refletir sobre a avaliação da produção escrita de
crianças, em especial de crianças das primeiras séries escolares. Como
avaliar a escrita que essa criança produz levando em conta o caminho
percorrido por ela? No meu entender, uma avaliação processual só poderia e
deveria levar em consideração uma comparação de diferentes momentos de
produção da mesma criança – a criança consigo mesma, para se lhe observar
o próprio crescimento.
A Leitura na Sala de Aula: o velho e o novo em conflito – Rita de Cássia
Maia e Silva Costa - p. 41 – 50
Este é um trabalho teórico-prático que se desenvolveu a partir de um
estudo de caso realizado numa escola pública, em classe de 3ª série
participante de um projeto de pesquisa intitulado “Experiência da
Alfabetização”. Seu objetivo é conhecer o processo de significação
construído durante a prática de leitura naquela classe.
Leituras: as oportunidades na Escola – Else Benetti Marques Válio - p. 51
– 56
A alfabetização e a prática da leitura é função precípua da escola,
mas o objetivo de formar alunos/leitores parece não ter alcançado o êxito
desejado, pois as altas taxas de evasão e repetência têm sido uma
constante nessas instituições públicas. Há que se questionar como essa
instituição responsável pela formação de leitores tem desempenhado o seu
papel de alfabetizadora e de promotora da leitura. É preciso refletir
sobre a maneira como os educadores têm-se relacionado com a leitura e o
modo como estão incentivando o aluno a vivenciar o processo de leitura.