Nº 35 –
Leitura: Teoria e Prática
Ano XIX - Junho de 2000 - 115 p.
Estudos
O que mudou no ensino da gramática com as propostas de renovação do
ensino de língua portuguesa dos anos 80/90 – Ana Sílvia Moço Aparício –
pág. 3
O ensino de gramática na escola tem sido, há pelo menos duas décadas,
uma preocupação comum a especialistas e professores de língua portuguesa
do Estado de São Paulo. E essa preocupação tem sido tematizada tanto em
publicações científicas e de divulgação, quanto em programas de formação e
documentos oficiais.
Pauta de literatura – Sílvia Craveiro Gusmão-Garcia & Antonio Manoel
dos Santos Silva – pág. 18
O início de ano letivo nas nossas escolas é geralmente pautado por uma
mesma cena: a entrega aos alunos da relação de livros paradidáticos de
Português. Valendo-se disso, algumas dúvidas passaram a habitar nossas
cabeças... Até que ponto a escola pode patrocinar a prática de leitura,
desenvolvendo o gosto e o prazer, apoiando-se numa lista de livros
preestabelecida?
Uma proposta de leitura intertextual e dialógica: construindo leitores
críticos – Ana Lúcia de Campos Almeida – pág. 27
Este trabalho é dedicado a meus companheiros de luta pela escola pública,
professores-interditados que, mesmo privados de condições dignas para
exercer seu trabalho, ainda resistem e buscam construir leitores críticos,
assumindo o ensino da leitura como uma tarefa política.
A leitura crítica no ensino de inglês como língua estrangeira – Sérgio
da Silva – pág. 32
O presente trabalho tem por objetivo a demonstração de como uma
dimensão crítica de caráter freireano pode ser incorporada às aulas de
leitura no contexto da aprendizagem de inglês como língua estrangeira.
Diários de Campo na Prática de Ensino: um gênero discursivo em
construção – Raquel Salek Fiad & Lílian Lopes Martin da Silva – pág. 40
Após três anos freqüentando as aulas do curso de Licenciatura em
Letras da Unicamp, os alunos que se matriculam nesta disciplina, já no
último ano, são convidados a várias mudanças: de lugar, de posição e de
expressão oral e escrita. De alunos de um curso que concentra suas
atividades na universidade passam a estagiários, num campo previamente
mapeado.
Como professores de português escrevem textos para serem avaliados? –
Maria Auxiliadora Bezerra – pág. 48
É comum ouvir-se falar, no meio acadêmico e estudantil brasileiro, que
os alunos não sabem escrever, e o resultado de concursos, principalmente o
vestibular, é tomado como exemplo dessa falta de domínio da escrita. Mas
se o processo de aprendizagem envolve pelo menos dois agentes – aluno e o
professor - , por que não considerar também a escrita desse último, visto
que em sala de aula ele representa princípios que regem a escrita e
solicita e corrige textos escritos pelos alunos?
Leitura e escrita fora das salas de aula em uma escola de formação de
professores: vivência ou experiência? – Andréa Pavão, Maria Lucia de Souza
e Mello & Rita de Cássia Prazeres Frangella – pág. 59
Este estudo integra uma pesquisa institucional em andamento que busca
analisar a leitura e a escrita numa escola de formação de professores.
Memórias de vida, histórias de escolarização e de leitoras – Lílian
Maria de Lacerda – pág. 69
A proposta deste artigo sustenta-se nos resultados de minha pesquisa
intitulada: Álbum de leitura: memórias de vida, histórias de leitoras. A
construção desse trabalho foi delimitada a partir do desejo de investigar,
no campo da Educação, algumas questões relativas à leitura e sua práticas
sociais no passado remoto.
Os suplementos literários e os eventos do mercado editorial – Isabel
Travancas – pág. 88
O objetivo do trabalho foi entender como se constituem e se estruturam
os suplementos literários na França e no Brasil, nos anos 90. Para tal
foram selecionados quatro suplementos de deferentes órgãos da grande
imprensa, significativos para o campo editorial e jornalístico.
A Real Biblioteca e a leitura no Brasil dos oitocentos – Ana Virginia
Pinheiro – pág. 99
No dia 29 de novembro de 1807, uma esquadra partiu do estuário do Tejo
e atravessou o Oceano Atlântico, eram 15.000 pessoas a bordo – partiram
com tudo o que puderam carregar e chegaram para fundar a “nova sede” do
Estado português. Entre os tesouros embarcados, estava a Real Biblioteca,
com “livros preciosos e edições raríssimas” – como se os registros nela
armazenados, notáveis pela quantidade e pela amplitude dos assuntos que
abrangiam, fossem imprescindíveis.