LEITURA: TEORIA E PRÁTICA - Nº 36   

Nº 36 – Leitura: Teoria e Prática
Ano XIX - Dezembro de 2000 - 87 p.

Estudos

A fabricação de livros infanto-juvenis e os usos escolares: o olhar de editores – Tania Dauste - p. 3 – 10
O presente trabalho, uma contribuição para a história cultural da formação do leitor na cidade do Rio de Janeiro, emerge da pesquisa interinstitucional Reordenação de Linguagens e Formação do Leitor, na qual se destaca o conceito antropológico de cultura, buscando-se entender valores, significados e concepções que orientam as práticas editoriais, nas relações estabelecidas com o sistema escolar.

Leitura crítica da literatura infantil – Maria do Rosário Longo Mortatti - p. 11 – 17
A literatura infantil é um campo de conhecimento relativamente recente, no Brasil. Sua gênese encontra-se nas esparsas e episódicas tematizações – no formato de prefácios de livros e artigos em periódicos -, produzidas entre o final do século XIX e o início do século XX, sobre livros para crianças adaptados, traduzidos ou escritos por brasileiros, especialmente para leitura escolar. Ao longo da primeira metade do século XX, mediante publicação de livros de caráter ensaísta, manuais de ensino e alguns artigos, vão lentamente se destacando tematizações sobre um gênero subsumido nessa produção de livros para crianças: a literatura infantil.

As diferentes memórias discursivas no processo de leitura – M. Onice Payer - p. 18 – 21
Este artigo quer integrar-se ao questionamento da representação do que seja a leitura no discurso pedagógico, refletindo sobre certas condições históricas específicas em que se dá o processo de leitura no contexto brasileiro específico, em regiões onde os sujeitos/comunidades provêm de imigrantes. Refletimos sobre os valores que deram suporte para uma determinada prática escolar de leitura, ligada ao nacionalismo, ao culto à língua portuguesa, como língua nacional, durante um intenso processo de nacionalização dos imigrantes.

A gramática na aula de português – Eliana Melo Machado Moraes - p. 22 – 46
Este estudo procura descrever e analisar as práticas de ensino de professores de Português que atuam no Ensino Fundamental, em escolas públicas, localizadas na cidade de Jataí, no Sudoeste do Estado de Goiás, para discutir o seguinte problema: quando os professores trabalham “conteúdos gramaticais” - hoje, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa, “práticas de análise lingüística” -, “ - quê” e “como” trabalham? De que gramática estão falando?

A construção de uma imagem da língua portuguesa no discurso de sujeitos escolarizados e não-escolarizados: uma leitura possível – Glaucia Muniz Proença Lara - p. 47- 52
O tema desta pesquisa é a imagem limitada da língua portuguesa que informantes brasileiros manifestam em seu discurso, isto é, nos textos que escrevem ou nas conversas do cotidiano. De um certo ponto de vista, procuramos os estereótipos sobre a língua que circulam num “espaço de troca” entre a escola e a sociedade, cada uma dessas duas instâncias sustentando e justificando a outra.

Os efeitos da intervenção do professor no texto do aluno – Eduardo Calil - p. 53 – 57
O texto produzido em sala de aula já mobilizou inúmeras reflexões de diferentes áreas, analisando, discutindo e defendendo diferentes formas de trabalho e indicando múltiplos modos de relação entre sujeito e texto. Esta relação que se estabelece entre o professor, o aluno e o texto que escreveu compõe um imaginário que parece apagar a eterogeneidade e singularidade das práticas de textualização de significação sobre as relações entre sujeito e texto, de forma linear, higiênica, objetiva e homogênea.

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