As diferentes faces do racismo e suas implicações na escola (e-book)
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O cotidiano da escola, esse campo de acontecimentos, é um espaço onde as diferenças se manifestam. Cada vez mais nossas escolas são povoadas pelos “diferentes”: pessoas das mais diversas raças, pessoas surdas, cegas, com problemas de mobilidade, com dificuldades de aprendizagem, que vivem a sexualidade de forma diferenciada daquilo que é considerado “normal”. Como olhamos para elas? Que efeitos a sua presença provoca na escola? Como se dá a nossa percepção do diferente? De forma geral, a sensação que sentimos frente ao diferente é a de estranheza, de estrangeiridade.(…)
No cotidiano da escola, as relações de exclusão pelo racismo colocam-se para muito além da questão da raça, mas permeiam as questões daqueles que vivem de forma diferente, daqueles que aprendem de forma diferente, como formas de violência física ou simbólica. Cada vez mais se consolida a presença midiática do bullyng, um fenômeno que sempre esteve presente na escola, mas que hoje ganha dimensões apavorantes. (…)
A origem desse livro foi um seminário organizado pelo DiS – Grupo de Estudos Diferenças e Subjetividades em Educação, da Faculdade de Educação da Unicamp, no contexto do Fórum Permanente Desafios do Magistério, organizado pela Unicamp, pela Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) e pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), com o propósito de pensar as múltiplas formas de manifestação do racismo na escola brasileira em nossos dias, de modo que, reconhecendo-as, possamos criar estratégias para superá-las.
Sílvio Gallo, Coordenador do DiS
A realidade do racismo e das experiências escolares das crianças e jovens negros demanda da educação uma difícil tarefa, a de propor contrapontos aos modos hegemônicos de compreensão da diferença, às interpretações de mundo eurocêntricas e racistas. Impõe a reflexão, a desnaturalização de verdades instituídas ideologicamente e legitimadas no senso comum. Impõe o pensamento crítico e respeitoso.
Tal empreitada implica o trabalho do e com o professor, demanda formação continuada de professores, uma vez que esses, formados a partir da mesma cultura racista, compartilham e reproduzem preconceitos e, na maioria das vezes, silenciam diante de situações de preconceito e discriminação.
Ângela Soligo – Faculdade de Educação, Unicamp
Informação adicional
Autor | Sílvio Gallo |
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Editora | Leitura Crítica |