V Seminário “Linguagens
em Educação Infantil”

Sessão I
Coordenação: Sueli Palmen
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. BUSCANDO UMA LEITURA DA EDUCAÇÃO INFANTIL (EI) NO ESPÍRITO SANTO: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES. Valdete Côco, Universidade Federal do Espírito Santo, UFES.
A comunicação compartilha a pesquisa "Mapeamento da EI Espírito Santo" que reúne profissionais atuantes em diferentes instituições e conta com o apoio do Núcleo de EI/UFES e do Fórum de EI do Espírito Santo. Visando uma leitura integradora da atuação pública, desenvolvemos três ações: o levantamento de estudos que focalizam a EI no cenário local, o acompanhamento dos editais dos concursos públicos e o levantamento de dados junto aos gestores. Nesse propósito, tomamos a idéia de direito e de políticas públicas inseridas na perspectiva da cidadania. Procuramos o conjunto da produção em EI, suas ramificações, temas e táticas como respostas às demandas do presente buscando compreender os muitos tempos que fazem da EI, a nossa incessante busca no terreno dos direitos sociais. (Palavras-chaves: leitura do contexto, políticas públicas, atuação social)
02. CONSTRUINDO UMA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PARA OS CENTROS DE CONVIVÊNCIA INFANTIL (CCI’s) DA UNESP. Gilza Maria Zauhy Garms e Silvia Adriana Rodrigues, FCT-UNESP, de Presidente Prudente-SP.
O estudo em desenvolvimento objetiva analisar a construção e a implementação de uma política educacional para os Centros de Convivência Infantil da Unesp, numa propositura que vai além de mera adequação dos Centros à LDB (Lei n.º 9.293/96) em vigor. Iniciado em 1998, por uma comissão técnica composta por membros de diversas unidades desta Universidade em ação conjunta com as supervisoras das treze Unidades Universitárias que comportam os Centros, a política projetada se propõe a romper os paradigmas assistenciais que orientam a maioria das instituições de Educação Infantil. Ao fazê-lo, busca proporcionar condições para uma educação que não antecipe, nem seja preparatória para a escolarização; que considere a cultura da infância e faça das atividades tipicamente infantis sua principal linguagem, mecanismo de aprendizagem e desenvolvimento, e ferramenta de acesso ao patrimônio cultural da humanidade. (Palavras-chave: educação infantil, políticas educacionais, Centros de Convivência Infantil)
Texto retirado a pedido das autoras
03. PROJETO DE TRABALHO – O SAPO, Luciana Saldini, Cemei “Nair Valente da Cunha” Campinas – SP.
Esta comunicação visa compartilhar uma experiência feita com Projeto de Trabalho(Hernandes, 1998), cujo tema foi o sapo; salienta-se que este tema foi escolhido por crianças de 03 a 06 anos de uma escola de Educação Infantil da Rede Municipal de Campinas. O trabalho contemplou as diferentes linguagens infantis e proporcionou uma produção de conhecimento de modo desafiador e prazeroso. O Projeto de Trabalho teve resultados satisfatórios; o planejar e a reflexão sobre o estudo foram constantes; a busca pelo conhecimento e o registro das informações se deram pelos alunos, e finalmente o aprendizado foi significativo. (Palavras-chaves: Projeto, Registro, conhecimento)
04. Transcendendo as letras - vivências na Educação Infantil. Sueli Helena de Camargo Palmen, CEMEI “Maria Batrum Cury”, Prefeitura Municipal de Campinas.
Esta comunicação visa apresentar o trabalho realizado junto à turma do berçário (Agrupamento I - A), no CEMEI “Maria Batrum Cury”, em 2007. O mesmo vem se concentrando nos interesses das crianças, permitindo-lhes a expressão de sua criatividade, promovendo segurança para que exercitem cada vez mais sua autonomia. Como se tratam de bebês, a figura do adulto observador é fundamental neste processo, sendo, pois, o de mediador entre as crianças e o espaço, organizando o ambiente, provocando situações de conflito, oportunizando momentos para a construção da cultura infantil. As relações criança-criança e criança-adulto acontecem o tempo todo e em diferentes espaços da creche, sempre respeitando a dimensão lúdica e brincalhona do ser humano, possibilitando à criança a expressão de suas diferentes linguagens, sua leitura do mundo e sua reinvenção mesmo sem usar as palavras. A leitura transcende as letras... os livros de imagens e sensoriais compõem cada vez mais as vivências da turma do berçário. No berçário a leitura é corporal, é sonora, é descoberta, é criação a todo instante. O registro faz parte de nosso trabalho na Educação Infantil e é um instrumento provocador da reflexão sobre a ação teórico-prática que realizamos na creche, permitindo-nos uma relação dialógica sobre nosso planejamento. (Palavras-chaves: educação infantil; livro de imagens; registro)
05. O PAPEL DOS JOGOS, DO BRINQUEDO E DA BRINCADEIRA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. Cinthya Campos de Oliveira, Museu dos Brinquedos, Belo Horizonte, MG.
Esta comunicação, além do objetivo de compartilhar a pesquisa desenvolvida sobre o papel dos jogos, brinquedos e brincadeiras no processo de desenvolvimento da criança, visa relatar as experiência vividas pelo Museu dos Brinquedos, em Belo Horizonte - MG, na busca do desenvolvimento infantil através da difusão cultural, entretenimento, lazer, cultura e diálogo entre diferentes gerações. Os referenciais teóricos utilizados para essa pesquisa foram Benjamin, Vygotsky, Fortuna, Friedmann, Meyer e Piaget. (Palavras-chaves: Museu dos Brinquedos, brinquedo, jogos, brincadeiras)

Sessão II
Coordenação: Marta Regina Paulo da Silva
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. A FORMAÇÃO EM AÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DE UMA RELAÇÃO DIALÓGICA. Denimar Christine Coradi de Freitas, Cimei “Marilene Cabral”. Campinas-SP. Gisele Camoleis Santana, Cemei “Irmã Joana Kallajian” Campinas-SP e Unicamp/FE-Campinas-SP.
Partindo da interlocução entre o registro e a reflexão sobre o trabalho pedagógico com as formas de expressão da criança, pudemos ir além dos limites do espaço físico e das atividades convencionais. Os indícios das crianças, seus interesses e as diversas linguagens vivenciadas por elas em suas manifestações infantis, permearam nosso planejamento, pois “não há ação educativa que possa ser mais adequada do que aquela que tenha na observação da criança a base para o seu planejamento”. (Zabalza, 1988). Encontramos, assim, uma nova forma de olhar o fazer pedagógico, percebendo a importância da construção dialógica na constituição de ser professora. (Palavras-chaves: educação infantil, formação de professores)
02. AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NAS PISTAS DO IMAGINÁRIO INFANTIL: O QUE AS CRIANÇAS TÊM A NOS DIZER? Silvia Cristina Salomão, EMEI “ Roberto Telles Sampaio” Campinas-SP e Programa de Mestrado – Educação: Ensino superior, formação docente e avaliação PUC- CAMPINAS- SP.
Trabalhar com crianças pequenas, de 3 a 6 anos, no espaço educativo público e infantil, requer deparar-se a todo momento, no cotidiano desse espaço, com novos olhares docentes, dimensionando as constantes perseguições e traduções do imaginário infantil: seus desejos, interesses, elaborações próprias, fantasias, experimentações e seus tateios no mundo. A professora desequilibra-se a partir da escuta constante, em perceber formas tão peculiares de apreender o mundo já pronto. Mundo este, concebido por aqueles que já foram crianças e que tudo indica-nos, esqueceram-se desse período já vivido, cedendo lugar aos fazeres e saberes de gente grande, absorvido pela velocidade e tirania da demanda capitalista, num mundo globalizado. Diante das possibilidades de constantes interações entre o professor e crianças, crianças-crianças, circunscritos no espaço educativo, qual seria a função desse lugar? Quais práticas pedagógicas convergentes com a escuta das vozes infantis, não tolhendo ou excluindo tamanha riqueza desse universo peculiar? Estaria este espaço, considerando de fato essas vozes e suas sinalizações de um universo e suas culturas infantis, que nós adultos já fizemos parte? Quais as contribuições possíveis, que o espaço “aberto” às culturas infantis podem gerar às práticas pedagógicas e conseqüentemente, à formação docente?
03. LEITURA DE ESPAÇOS NA INFÂNCIA – ESTUDOS ITINERANTES, Rosa Cecília Duarte dos Santos Bahr, Prefeitura Municipal de Blumenau.
Este trabalho surgiu da necessidade das educadoras do Centro de Educação Infantil Heinrich Reif em conhecer outros espaços, onde acontece a educação Infantil institucionalizada de crianças de 0 a 6 anos. Esta caminhada iniciou no ano de 2005 e continua até os dias de hoje com o objetivo de observar os movimentos, a organização dos espaços, as brincadeiras, as interações; buscar tesouros e não copiar modelos. Realmente fazer uma leitura ética do local visitado e abrir possibilidades para o novo, o diferente, o desconhecido... (Palavras chaves: leituras, infância e espaços)
04. QUEBRANDO AS ARMADILHAS DA “ADULTEZ”: O PAPEL DA INFÂNCIA NA FORMAÇÃO DAS EDUCADORAS E EDUCADORES. Marta Regina Paulo da Silva e Elydio dos Santos Neto, Universidade Metodista de São Paulo.
Este trabalho, de natureza teórica, pretende discutir o papel da infância na formação das educadoras e educadores. Parte da constatação, anunciada por Benjamim, do empobrecimento da experiência no contexto de nossa sociedade capitalista. Inspirado no poema “Ausência” de Drummond e nas idéias de Agamben, compreende a infância não como falta e sim como condição da existência humana. Aproxima tal conceito ao de inacabamento de Paulo Freire e, partindo deste diálogo, procura contribuir para a construção de uma Pedagogia da Infância Oprimida. Uma Pedagogia que precisa se fazer com os adultos e sua infância, com as crianças e sua infância. Uma Pedagogia aberta às diferentes linguagens das artes e da comunicação, isto é, aberta ao resgate da dimensão estética da formação humana, quebrando, quem sabe, as armadilhas de nossa “adultez”. (Palavras-chave: Formação de educadoras e educadores, Pedagogia da Infância Oprimida; inacabamento; infância)
05. EXPERIÊNCIA E LINGUAGEM: Um pensar sobre a infância. Anilde Tombolato Tavares da Silva. Universidade Estadual de Londrina. Londrina-Pr.
Esta comunicação busca compartilhar um pensar sobre a conexão fundadora e inseparável entre infância, experiência e linguagem e apresenta elementos que contribuem na compreensão da noção de infância na modernidade, mostrando-nos que a infância, antes de ser uma etapa cronológica, como habitualmente conhecemos é uma condição da experiência humana que se coloca como latência, como tensão constante entre experiência e linguagem. É na infância que se dá essa descontinuidade especificamente humana; é pela linguagem que o homem expressa o inefável, constitui a cultura e a si próprio. Essa é uma etapa do trabalho de uma pesquisa que vem se desenvolvendo com estudos dos textos de Giorgio Agamben (2005) e Walter Benjamin (1986) entre outros, querendo marcar que a infância não é algo que se possa buscar antes e independente da linguagem, mas na sua experiência com o indizível. (Palavras-chaves: Infância, experiência, linguagem)

Sessão III
Coordenação: Suely Mello
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. EXPERIÊNCIA POÉTICA, POESIA E APRENDIZAGEM NA INFÂNCIA. Pamella Tucunduva da Silva (bolsista PUIC) e Ângela Cogo Fronckowiak (orientadora), UNISC – Santa Cruz do Sul – RS.
Esta comunicação defende a poesia como aprendizagem na infância e a experiência poética como pensamento em ato, ambas conseqüências da “ação que faz do que [d]a coisa feita” (Valéry, 1999). Embora as experiências poéticas venham sendo ignoradas pelo ambiente escolar, seja pela falta de tempo ou pelo excesso de conteúdos (Larrosa, 2002), a pesquisa propõe que elas sejam capazes de engendrar aprendizagens que favoreçam a inserção da criança no grupo social (Letria), através da complexidade do conviver para aprender. Para tanto, durante o ano de 2006, desenvolveram-se algumas etapas do projeto, em que bolsistas encontravam-se semanalmente com uma turma de pré-escola estadual para organizar espaços e materialidades com os quais as crianças pudessem interagir e complexificar sua relação com a poesia e com o outro. A pesquisa encontra-se em andamento e revela significantes conclusões a serem compartilhadas. (Palavras-chaves: experiência poética, aprendizagem, infância)
02. PSICOMOTRICIDADE COM BAKHTIN, VYGOTSKY E PAULO FREIRE: ETAPAS DO RECORTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Maria Inês Barreto Netto, Lilian Cristina A. Teixeira de Aguiar, Renata dos Santos Melro, Espedita Alexandra Ramos, Adriana Santos da Mata. Faculdade Atual da Amazônia, Boa Vista-RR e Unidade Municipal de Educação Infantil Rosalina de Araújo Costa, Niterói-RJ.
Desde a década de 1990, na Unidade Municipal de Educação Infantil Rosalina de Araújo Costa, no Barreto, em Niterói, trabalhamos as etapas do recorte com base nas pesquisas de Dalila Molina Costallat (1987) em psicomotricidade. Nos últimos anos, a relação entre palavra e ação integrou conscientemente a essência desse trabalho entre nós. A interação discursiva que envolve a professora, as crianças e as ações com o material usado durante o desenvolvimento das etapas do recorte é o princípio constituinte dos procedimentos da professora. Para isso, fundamentamo-nos no conceito bakhtiniano de interação discursiva (Bahktin, 1992), em alguns postulados vygotskianos (1995), na proposição freireana pergunta-ação-reflexão-resposta (Freire e Faundez, 1985) e na pesquisa em psicomotricidade (op cit.). Os estudos, as reflexões sobre a prática nesse trabalho nos permitiram fazer adaptações nas etapas do recorte e tais relações teóricas.(Palavras-chaves: interação discursiva, psicomotricidade, pedagogia da pergunta
03. UMA ABORDAGEM TEÓRICO-PRÁTICA DAS MÚLTIPLAS LINGUAGENS NO ÂMBITO DAS CULTURAS INDIGENAS E AFRO-BRASILEIRA. Desirée Luzia Martins da Silva, U.M.E.I  SENADOR VASCONCELOS TORRES, Niterói – RJ e FME Niterói – RJ.
A presente comunicação tem por objetivo socializar algumas iniciativas ou práticas pedagógicas, que vimos desenvolvendo como pedagoga de uma Rede Pública de Ensino, através do fascinante universo da Literatura Infantil que prestigia as culturas indígena e afro-brasileira, junto aos segmentos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Trata-se de uma didática que visa desenvolver o senso de respeito e apreciação pelas nossas plurais raízes, através de uma abordagem das múltiplas linguagens, no sentido de colaborar para a formação do auto-conceito positivo e sobretudo ativar os canais de aprendizagem de nosso alunado. A introdução dos elementos do universo indígena/afro-brasileiro”, no processo de descobertas cognitiva e afetiva. (Palavra-chaves: Múltiplas linguagens, Culturas indígena e afro-brasileira, didáticas cognitiva e afetiva)
04. LENDO O MUNDO ATRAVÉS DA TRIDIMENSIONALIDADE. Maria Perpétua CEMEI San Martin Campinas-SP, Sonia Evangelista Ferreira CEMEI San Martin Campinas –SP , Silvana Ortiz Vieira Ruiz CEMEI San Martin, Campinas-SP.
Esta comunicação tem por finalidade compartilhar uma experiência que vivenciamos em nossa creche com crianças do Agrupamento II, de 1ano e 10 meses a 3 anos e meio, no ano de 2.006. Ao término do primeiro semestre fizemos uma exposição aberta à comunidade compartilhando o trabalho desenvolvido em nosso cotidiano. A sala foi transformada em uma grande caixa surpresa. Dentro dela havia caixas para se tocar, cantos especiais para se explorar com os pés entre outras surpresas que as crianças nos ajudaram a preparar. Surpresas estas que vão além do bidimensional mostrando a nós adultos o quanto as crianças pequenas são capazes de produzir e as formas de se ler com os olhos, com as mãos, e principalmente com os ouvidos, manifestações estas que vão além das manifestações gráficas “armadas” por nossa sociedade grafocêntrica. (Palavras-chaves: criança pequena, ler, surpresas, manifestações gráficas)
05. O OLHAR INFANTIL SOBRE PROFESSORES/AS. Glicia Mendes Pereira, Luciana Velloso da Silva Seixas – UERJ.
Intenta-se analisar as concepções de alunos/as da Educação Infantil de uma escola particular do Rio de Janeiro sobre professores/as. Apoiadas em estudos da Sociologia da Infância partimos do pressuposto de que as crianças são pouco ouvidas e há pouco espaço para eles/as se expressarem. Assim, a partir da leitura de histórias sobre docentes, propusemos aos discentes que representassem professores/as através de desenhos, no intuito de compreender e valorizar as formas de expressão das crianças. Nesse contexto, estamos entendendo que os desenhos assim como o que foi dito pelos/as alunos/as são formas das crianças lerem e conhecerem o mundo. Pudemos, então observar, nesse universo em que fantasia e realidade se fundem, que a criança é uma “receptora ativa” e (re)elabora as informações recebidas em diferentes espaços culturais e nisso fundem-se diferentes discursos na concepção dessas crianças sobre os/as professores/as. (Palavras-chave: Desenho Infantil; Sociologia da Infância; Imagens da Docência)

Sessão IV
Coordenação: Patricia Prado
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. INFÂNCIA, ESCOLA E CULTURA(S): JÁ ASSISTIMOS A ESSE FILME?M.Talita Fleig, A instituição é Escola Municipal de Educação Infantil Gralha Azul - Itaara - RS.
Nesta comunicação apresentamos análises fílmicas sobre o universo infantil, revelado na fantasia, linguagens, consumismo, habilidades e/ou abandono que amiúde escapam à compreensão da escola. A partir do documentário "A Invenção da Infância" (2004, M.Schmiedt Produções) e demais filmes selecionados extraímos narrativas e imagens como substrato que potencializou as análises sobre o decurso e conceitos de infância, mundos culturais das crianças e escola (Steinberg, Kincheloe, 2004; Sarmento, 2002; Pérez Gómez, 2001; Postman, 1999; Faria, 2002). Percebemos que as crianças que alvoroçam nossas salas de aula são reais e sobremaneira compartilham com o que está sendo veiculado na mídia; os cenários, por mais transitórios que pareçam, indicam o Lebenswelt (mundo-vida) das crianças e suas relações com o mundo adulto. (Palavras-chaves: infância, cultura(s) das crianças, escola, linguagem audiovisual)
02. NOÇÃO DE CRIANÇA E INFÂNCIA: DIÁLOGOS, REFLEXÕES, INTERLOCUÇÕES. Michele G. Bredel de Castro, Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ.
Nunca se deu tanta atenção aos estudos da criança e da infância O que é a infância afinal? As respostas a estas questões variam conforme a concepção que se tem delas. Para alguns é uma fase da vida onde reina a fantasia e a liberdade. Outros ainda consideram a infância como uma fase em que a criança vai ser preparada para o futuro. Partindo destas interrogações esta comunicação tem como proposta discutir a evolução do conceito de criança e infância a partir de uma perspectiva sociológica. Definiu-se como metodologia uma pesquisa teórica em consonância com os estudos já realizados no projeto de pesquisa desenvolvido no doutorado em educação pela Universidade Federal Fluminense, que têm como foco investigativo questões relacionadas à formação de professores atuantes na educação infantil. Tomou-se como referencial teórico os estudos de Goulart (2002), Quinteiro (2000, 2002, 2005), Pinto, (1997), Sarmento (1997, 2000, 2006). Este trabalho, ainda em desenvolvimento, tem reflexões teóricas interessantes para serem socializadas. (Palavras-chaves: infância, concepção de infância, sociologia da infância, educação infantil
03. CRIANÇAS MENORES E MAIORES: entre diferentes idades e linguagens. Patrícia Dias Prado, Mestre e Doutora em Educação, FE-UNICAMP, Campinas/SP.
Esta comunicação objetiva divulgar alguns dos resultados de minha pesquisa de doutorado, que buscou investigar, através do estudo etnográfico, as relações de idade entre crianças pequenas (3 a 6 anos) em uma instituição de Educação Infantil pública de Campinas/SP. Ampliando o conceito de infância para além de um recorte etário e das teorias desenvolvimentistas, no campo das Ciências Sociais, em especial, na Antropologia, articulada às produções brasileiras e italianas no campo da Educação Infantil, apresento as crianças para além de reprodutoras das determinações etapistas e cronológicas impostas, inventoras de novas formas de se ter determinada idade, novas linguagens entre menores e maiores. (Palavras-chaves: idade, criança pequena, educação infantil, infância, linguagens)
04. A EDUCAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA HOJE: UM POSSÍVEL DIÁLOGO COM JOHN DEWEY. Dariane Carlesso Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS).
Este trabalho é fruto de estudos suscitados durante o desenvolvimento da pesquisa de dissertação de mestrado: “John Dewey e sua contribuição ao discurso contemporâneo sobre cultura escolar” . Ao ser revisitado, em algumas de suas obras consideradas importantes no campo educacional, John Dewey revela-se potencializador de uma reflexão significativa sobre a infância, especialmente no que diz respeito ao discurso de valorização da criança, suas vivências e experiências. Esta comunicação versará sobre a problemática da infância hoje, focalizando a discussão referente ao distanciamento entre a escola e a vida do aluno. Propõe, assim, um exercício de reflexão diante dos atuais discursos e práticas disciplinadoras e fragmentadas que permeiam o ambiente escolar. (Palavras-chaves: educação; infância, John Dewey; experiência)
05. OLHOS DE ALFINETES E LÍNGUAS DE TRAPO: ALGUMAS HISTÓRIAS DE CRIANÇAS E PROFESSORAS QUE COLOCARAM EM ANÁLISE PRÁTICAS EDUCATIVAS TECIDAS NO COTIDIANO ESCOLAR, Fernanda Macieira Bortone, Fundação Municipal de Educação de Niterói – RJ.
O presente trabalho pretende narrar histórias em que professoras modificaram suas práticas a partir das intervenções das crianças. Estas histórias disparam questões sobre a relação entre adultos e crianças no cotidiano escolar e suscitam apelos à imaginação e a memória. Não pretendo tomar as narrativas como representação de uma realidade escolar retratada pelas crianças e adultos, mas trazer as singularidades, as diferenças que foram produzidas nos encontros dos praticantes da vida escolar. Estas histórias de crianças falantes, emudecidas, transgressoras, adaptadas, adultizadas, poetas e malabaristas das vida podem nos ensinar que nenhum modelo de infância, nenhuma seqüência de fases de desenvolvimento dão conta da multiplicidade dos modos de ser criança e dos infinitos modos de aprender, usar e praticar a escola. (Palavras chave : criança - cotidiano escolar - relação adulto criança - narrativa - educação infantil)

Sessão V
Coordenação: Elisandra Godoi
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. Rede Curricular na Educação Infantil: possibilidades coletivas de leitura do trabalho. Clélia Santina Leal, Eliana Aparecida Pires da Costa, Margarete Savassa Daniel Montanhaur, Miriam Benedita de Castro Camargo, Roseli Cardoso Barradas Bernardino, Maria Ondina Teixeira da Silva e Luiza Maria de Abreu Mello.
A Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas pauta sua política pelo “Currículo em Construção” (1998). Trata-se de um documento de referência curricular elaborado a partir das contribuições dos profissionais, num movimento participativo possível por ocasião de sua elaboração. Passado quase uma década tal documento está sendo revisto, não no sentido de reescrevê-lo, mas buscando-se compreender quais práticas vêm sendo implementadas referenciando-se neste documento comum a toda Rede. Para tanto realizamos em 05/05/05 um Seminário no qual recuperamos a história da elaboração do “Currículo em Construção”, analisamos os referencias teóricos do referido documento e ainda o confrontamos com o currículo de outra rede com características parecidas. No segundo semestre, do mesmo ano, em outro seminário, expusemos duas práticas bastante distintas pautadas no mesmo referencial dentro da mesma Rede de Ensino. No segundo semestre de 2006 ainda, em outro seminário tivemos todos os profissionais trazendo o mais significativo de suas experiências profissionais, a partir ainda do mesmo referencial. Neste movimento objetivou-se uma leitura mais ampla daquilo que está sendo implementado a partir do Currículo em Construção, constatando-se a multiplicidade de possibilidades de se tratar o trabalho comunicado coletivamente. Vimos que algumas temáticas permearam com destaque todo o seminário, tais como: letramento, gênero, cultura infantil, agrupamento multietário, entre outros. Estamos realizando estudos assessorados, os quais estamos chamando de “Estudos avançados em Educação Infantil” em grupos compostos pelos profissionais de todos os segmentos que atuam nas diversas unidades, objetivando elaborar documentos que acrescentem ao Currículo em Construção novas possibilidades a partir do trabalho em rede discutido coletivamente, com contribuições dos que pesquisam a pedagogia da infância numa abordagem criativa e inovadora, tendo em vista um movimento coletivo de elaboração e disseminação da pedagogia da infância que garanta às todas o direito de ser criança feliz!
02. AS MANIFESTAÇÕES DAS CRIANÇAS PESQUENININHAS: COM E SEM PALAVRAS. Elisandra Girardelli Godoi.
A comunicação tem como objetivo discutir as formas de resistência e transgressão manifestadas pelas crianças de 0 a 3 anos de idade, no espaço da creche. A partir de pesquisa qualitativa realizada em uma creche da Rede Municipal de Campinas/SP, sobre o tema avaliação na creche, observou-se que a organização do trabalho pedagógico ocorria de uma forma repetitiva, sempre nos mesmos espaços, nos mesmos tempos, com as mesmas regras e com forte caráter disciplinador, constituindo-se mais como um ritual pedagógico (CURY, 1989; ENGUITA, 1989; MCLAREN, 1991), onde a criança deveria fazer o que lhe era determinado. Ao mesmo tempo em que esta dinâmica se fazia presente, verificaram-se movimentos de resistência e ruptura por parte das crianças sinalizando um des (encontro) entre as propostas da instituição e dos adultos (professoras e monitoras) e o jeito de ser criança. Assim, através de diversas linguagens (gestos, expressões e brincadeiras), manifestavam suas necessidades, desejos e sentimentos. Além de evidenciarem, que a forma de educação e a ordem estabelecida, constituíam-se arbitrárias e inadequadas em relação à infância, as características deste momento da vida. (Palavras-chave: creche; ritual; criança; linguagens)
03. Rede Curricular na Educação Infantil: possibilidades coletivas de leitura do trabalho. Eliana Aparecida Pires da Costa, Luiza Melo, Clélia Santina Leal, Margarete Savassa Daniel Montanhaur, Miriam Benedita de Castro Camargo, Roseli Cardoso Barradas Bernardino, Maria Ondina Teixeira da Silva.
A Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas pauta sua política pelo “Currículo em Construção” (1998). Trata-se de um documento de referência curricular elaborado a partir das contribuições dos profissionais, num movimento participativo possível por ocasião de sua elaboração. Passado quase uma década tal documento está sendo revisto, não no sentido de reescrevê-lo, mas buscando-se compreender quais práticas vêm sendo implementadas referenciando-se neste documento comum a toda Rede. Para tanto realizamos em 05/05/05 um Seminário no qual recuperamos a história da elaboração do “Currículo em Construção”, analisamos os referencias teóricos do referido documento e ainda o confrontamos com o currículo de outra rede com características parecidas. No segundo semestre, do mesmo ano, em outro seminário, expusemos duas práticas bastante distintas pautadas no mesmo referencial dentro da mesma Rede de Ensino. No segundo semestre de 2006 ainda, em outro seminário tivemos todos os profissionais trazendo o mais significativo de suas experiências profissionais, a partir ainda do mesmo referencial. Neste movimento objetivou-se uma leitura mais ampla daquilo que está sendo implementado a partir do Currículo em Construção, constatando-se a multiplicidade de possibilidades de se tratar o trabalho comunicado coletivamente. Vimos que algumas temáticas permearam com destaque todo o seminário, tais como: letramento, gênero, cultura infantil, agrupamento multietário, entre outros. Estamos realizando estudos assessorados, os quais estamos chamando de “Estudos avançados em Educação Infantil” em grupos compostos pelos profissionais de todos os segmentos que atuam nas diversas unidades, objetivando elaborar documentos que acrescentem ao Currículo em Construção novas possibilidades a partir do trabalho em rede discutido coletivamente, com contribuições dos que pesquisam a pedagogia da infância numa abordagem criativa e inovadora, tendo em vista um movimento coletivo de elaboração e disseminação da pedagogia da infância que garanta às todas o direito de ser criança feliz!
04. NOVAS LEITURAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ENSAIOS SOBRE LITERATURA, ARTE E ALFABETIZAÇÃO. Keila Santos Pinto, Amanda da Silva Lopes, Maria Isabel Nogueira Tuppy, UNESP – Rio Claro/ Instituto de Biociências.
Este trabalho pretende compartilhar a experiência obtida em uma Escola Municipal de Educação Infantil, na cidade de Rio Claro, com 34 crianças do Pré III (5 a 6 anos). Nossa proposta buscou trazer para os alunos a história das letras e o surgimento da escrita, bem como sua importância para o desenvolvimento da humanidade. Enfatizando a importância dos desenhos na evolução da escrita, foi possível oportunizar às crianças, em fase inicial do processo de alfabetização, o conhecimento sobre antigas formas de comunicação e a sua relação com as formas atuais. As atividades, devidamente adequadas à faixa etária, envolveram desenhos em pedras, leitura de histórias, músicas e danças. Por fim, procuramos ainda envolvê-los na organização de uma exposição dos trabalhos realizados, para a qual houve produção de textos – cartazes, convites e fichas técnicas, com o intuito de contribuir com o processo ensino-aprendizagem e alinhar informações sobre Literatura, Arte e Alfabetização. (Palavras-chaves: Educação Infantil, Arte, Literatura e Alfabetização)
05. Arte, Memória e Meio Ambiente. Kátia S.S. Coutinho, Cemei Alexandre Sartori Faria – Joaquim Egídio, Campinas, SP.
Nosso Cemei, localizado em uma região de APA(área de proteção ambiental), desenvolve há quatro anos o projeto Arte, Memória e Meio Ambiente, onde cada setor desenvolve subtemas relacionados ao nosso entorno. Através do projeto realizamos atividades de estreitamento de relações com a comunidade da região e com artistas regionais . No meu setor, agrupamento de crianças de 18 meses a 36 meses trabalhamos o Corpo e Qualidade de vida, procurando através da confecção de uma boneca desenvolver atividades de conscientização do trato do próprio corpo, desenvolver a fala, a auto estima e a socialização, utilizando também obras de artistas regionais ou internacionais para trabalharmos em sala de aula.
06. TRABALHO PEDAGÓGICO NO MOVIMENTO DO 'CURRÍCULO EM CONSTRUÇÃO'. Luzia Maria de Abreu Mello.
A formação continuada dos profissionais é uma necessidade constante aos trabalhadores de Educação, ao buscarmos uma Educação Publica de qualidade para todas as crianças. A Pedagogia da infância demanda estudos constantes que nos ofereçam condições de enfrentarmos os desafios do cotidiano do trabalho, apoiados nas teorias elaboradas e buscando contribuir para que se consolide cada vez mais possibilidades de avanços na compreensão que se tem sobre o trabalho educativo com crianças pequenas. Assim, todos os profissionais que atuam com as crianças necessitam estar em constante processo de estudo/formação, dentro de uma política clara de formação que garanta condições mínimas para que aconteça de forma significativa. Na Rede Municipal de Ensino de Campinas, na Educação Infantil, os profissionais que atendem as crianças nos CEMEIs. Para as monitoras há apenas duas horas semanais para estudos, planejamento, reunião com os pares na escola. As unidades educacionais organizaram os GEMs - Grupo de Estudos de Monitores para esses encontros. No NAED Leste - Núcleo de Ação Educativa Descentralizada da Região Leste da Cidade de Campinas buscou-se inovar neste procedimento, organizando os GEMs Coletivos de Monitores (regulamentado na ORDEM DE SERVIÇO 01/2007 da SME/FUMEC) . Trata-se de encontros mensais entre todos monitores da Região, em horário contrário ao de trabalho na unidade educativa, buscando essencialmente uma articulação constante entre os referidos profissionais, na perspectiva de avançarem na condução de seu trabalho especificamente. Em cada encontro o tema tratado é repetido para a turma da manhã e da tarde. Há um movimento de formação que vem se consolidando deste 2006, buscando oportunizar o estudo de diferentes temas, a troca de experiências sobre o trabalho realizado na confluência do estudo e da reflexão, e, sobretudo um encontro específico entre os profissionais que realizam um trabalho dentro das mesmas condições. A Leitura do trabalho cotidiano é feita, buscando-se compreendê-lo cada vez mais "diante das inúmeras armadilhas", na qual se vê uma possibilidade de superação pelo trabalho de formação coletivo e constante.

Sessão VI
Coordenação: Rosineide S. da Silva
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. “FLASH! ILUMINANDO CAMINHOS”. Cíntia Betanho Campana Marchiori, Escola de Educação Infantil “Casa da Gente”, Campinas, SP.
A Escola de Educação Infantil “Casa da Gente” organiza seu currículo por Projetos de Trabalho, realizando pesquisas à partir de temas escolhidos pelos diferentes grupos. Durante o primeiro semestre de 2007, as crianças de 4 e 5 anos estudaram sobre “fotografia”, construindo câmeras de orifício, brincando com luz e sombra, realizando experiências para compreender fenômenos ópticos... Mais do que desvendar a origem da fotografia, o foco foi o “olhar”, as linguagens visual e pictórica, assim como a observação meticulosa de diferentes ambientes, em diferentes tempos históricos. Nessa comunicação buscaremos compartilhar como esse tema de pesquisa iluminou nosso percurso, caminhos e possibilidades. (Palavras chaves: Trabalho por Projetos, fotografia, linguagem visual, Educação Infantil)
02. QUE LINGUAGEM NÃO TE FALTA PEQUENINO! (RE) CONSTRUINDO SABERES DENTRO DA SALA DO BERÇÁRIO. Ana Claudia Caldeiron, Eliana Maria Cantos, Vera Lucia Nascimento, Marcus Coelho de Britto, Andrea Evaristo, Cemei Dr. Ruy de Almeida Barbosa, Campinas/SP.
O relato apresentado vem sendo vivenciado em uma creche municipal na cidade de Campinas, com crianças de quatro meses a um ano e oito meses de idade. Ao iniciarmos o ano letivo de 2007, antigas concepções estavam presentes em todo o trabalho pedagógico e muitas das vezes eram como barreiras, onde o "cuidar" estava sendo extremamente valorizado por alguns educadores e o educar visto para essa idade como uma distração, algo sem muita importância, assim sendo, práticas distintas insociáveis. Iniciamos reflexões ocasionadas por algumas leituras (Farias, Bondioli, Edwards) e discurssões dentro do planejamento semanal usando como instrumentos para nossas avaliações o caderno de registro diário, fotos e filmagens da nossa rotina. (Re) Construimos uma nova proposta onde o bem-estar - cuidados com alimentação e higiene - passou a dividir espaço com a (re) construção saberes, consequentemente estamos vivenciado com crianças pequeninas possibilidades de produção coletiva através do brincar, do faz de conta, das histórias, dos livros, do teatro, da dança..., valorizando as diversas linguagens (ou diversas garatujas destas linguagens) que os pequeninos nos apresentam dia-a-dia. (Palavras-chaves: Creche, Educação Infantil, Berçario, Criança pequena, Linguagens)
03. ESCRITA, IMAGENS E LINGUAGENS MÚLTIPLAS: O QUE DIZEM OS REGISTROS DAS PROFESSORAS DE BEBÊS. Rosineide Santos da Silva, Creche Área de Saúde- UNICAMP/ FE- UNICAMP.
O presente relato de pesquisa é fruto de um Trabalho de Conclusão de Curso na Faculdade de Educação da Unicamp e tem por finalidade apresentar as formas de registros (escrita, foto, vídeo) utilizados por um grupo de professoras que trabalham em uma creche, no módulo berçário, com bebês de 2 meses e meio a um ano. Escritas que demonstram uma preocupação em decodificar a linguagem infantil, suas várias linguagens, como o choro, o sorriso, o olhar, o movimento, o silêncio. Objetiva discutir o papel do registro enquanto documentação das práticas e vivências na creche e também como um instrumento de avaliação do trabalho/ projeto realizado neste espaço educativo. (Palavras-chaves: Educação Infantil, Creches, Formação de Professores, Educação, Cuidado)
04. ESTIMULAÇÃO PEDAGÓGICA: EM BUSCA DE CAMINHOS PARA INCENTIVO A LITERATURA DESDE A PRIMEIRA INFÂNCIA. Otávia Fulgêncio da Silva (Acadêmica de Pedagogia FAFIPA, bolsista Fundação FAFIPA) e Sandra Regina Cassol Carbello (Professora da Fundação FAFIPA e UEM - Universidade Estadual de Maringá).
Este trabalho tem como objetivo investigar a estimulação pedagógica oferecida às crianças de zero a três anos de idade em relação à leitura. Abramovich (1997), Coelho (2000) e Bettelheim (2001) mostraram que a literatura infantil é de suma importância para o desenvolvimento intelectual, afetivo e social da criança de 0 a 3 anos de idade. Para Piaget a estimulação é muito importante para o desenvolvimento da criança que, durante a fase sensório-motora, aprende utilizando dentre outros mecanismos a imitação. Para conhecermos a estimulação que as crianças recebem, realizamos observações sistemáticas em turmas de berçário e maternal, de dois centros de educação infantil, de um município da região noroeste do Paraná. Estas turmas, respectivamente, atendem 74 crianças de zero a três anos de idade. Realizamos também entrevistas com 06 profissionais que atuam com estas turmas. Os resultados, ainda parciais, indicaram que a noção de “cuidar” predomina sobre o “educar”, ou seja, os estímulos pedagógicos em relação à leitura se iniciam apenas com as crianças maiores de três anos de idade. (Palavras-chaves: educação infantil- estimulação pedagógica- literatura infantil- formação de leitores)
05. EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÁTICAS ESCOLARES E O DISCIPLINAMENTO DOS CORPOS. Rodrigo Saballa de Carvalho – UFRGS.
Esta comunicação tem como propósito compartilhar os resultados obtidos em uma pesquisa de Mestrado, que problematizou as práticas escolares e o disciplinamento dos corpos no contexto de uma Escola Municipal de Educação Infantil. A partir de tal discussão, foram analisados os aspectos disciplinares: controle dos tempos/espaços e corpos a partir da ênfase pedagógica em que o disciplinamento visa à normalização de certos comportamentos estabelecidos como incondicionalmente necessários. Desse modo, ao realizar tal discussão, evidenciou-se que, embora as crianças sejam o principal alvo do disciplinamento, professoras, educadoras, funcionárias, equipe diretiva e famílias, também disciplinam e são disciplinados. (Palavras-chave: Educação Infantil — práticas escolares — disciplinamento)

Sessão VII
Coordenação: Daniela Finco
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. LINGUAGENS CORPORAIS DE MENINAS E MENINOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL, Daniela Finco, Faculdade de Educação da USP.
Este trabalho analisa o papel da cultura no processo de socialização e de educação de meninas e meninos em suas experiências de vida na educação infantil. Parte da perspectiva sócio-cultural que permite centrarmos nosso olhar nas formas de controle dos corpos infantis, processo este social e culturalmente determinado, permeado por um controle sutil, muitas vezes por nós desapercebido. Destaca as linguagens corporais de menino e meninas, discute o minucioso processo de feminilização e masculinização dos corpos, presente no controle dos sentimentos, no movimento corporal, no desenvolvimento das habilidades e dos modelos cognitivos de meninos e meninas. O trabalho aponta que esse processo se reflete nos tipos de brinquedos que lhes são permitidos e disponibilizados: para que as crianças “aprendam”, de uma maneira muito prazerosa e mascarada, a se comportar como “verdadeiros” meninos e meninas. (Palavras-chave: educação infantil, linguagens corporais, brincadeira, relações de gênero)
02. A EXPERIÊNCIA DA REFLEXÃO DOS EDUCADORES SOBRE A BRINCADEIRA DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL, Dijnane Fernanda Vedovatto Iza (PPGE/ UFSCAR) e Maria Aparecida Mello (PPGE/DME – UFSCar).
Este trabalho é parte de pesquisa de doutorado sobre Concepções de Corpo e Movimento, de professores de Educação Infantil, e suas interferências nas atividades de brincadeira das crianças. Pretendemos aprofundar o conhecimento sobre a relação existente entre as concepções de corpo e em que medida essa visão orienta as práticas dos professores. Os resultados indicam o reconhecimento, pelos professores, da importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil; a identificação de procedimentos inadequados e sugerem mudanças desses procedimentos; concebem como fundamental a mediação da professora nas aprendizagens das crianças, no incentivo e auxílio de pesquisas sobre assuntos gerados a partir das brincadeiras. (Palavras-chaves: Educação Infantil, brincadeira, professores, crianças)
03. LER NAS ENTRELINHAS: AS AMAS-DE-LEITE E A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS. José Fernando Teles da Rocha e Heloísa Helena Pimenta Rocha, UNICAMP (FE) - Campinas-SP.
A pesquisa pretende identificar aspectos de uma concepção pedagógica para crianças abandonadas, órfãs, desvalidas de 0 a 3 anos , que permaneciam sob os cuidados de amas-de-leite durante esse período de suas vidas na cidade de São Paulo no final do século XIX e primeiras décadas do XX. Trata-se de uma prática não convencional de ensino e de inúmeras manifestações infantis.Por meio dos Relatórios da Mordomia – minha principal fonte primária – observa-se que as propostas e práticas educacionais para esse perfil de criança são sugeridas apenas nas entrelinhas dos documentos, geralmente associadas aos conhecimentos transmitidos pelas mais “experientes” e nos costumes cotidianos. (Palavras-chaves:.educação infantil – abandono – práticas cotidianas)
04. CRIANÇA: SUJEITO DE DIREITOS E OBJETO DE PESQUISA. Érika Silvana Soares Bollella, bolsista SAE/UNICAMP, professora SME Campinas, SP.
Esta pesquisa fez um estudo caracterizado pelo levantamento, sistematização e disponibilização (http://www.lite.fae.unicamp.br/grupos/educacaoinfantil/criança/p1.htm) de teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso, vídeos e artigos acerca das crianças de 0-6 anos de idade, produzidos no período de 1990-1999, e que estão disponíveis nas bibliotecas de três unidades da UNICAMP, a saber: FE, FEF e IEL. O resultado servirá de apoio às pesquisas, além de oferecer fontes de referências para professores e demais profissionais ligados a educação infantil. Possibilitando, assim, suscitar mais discussões sobre a criança pequena, além de dimensionar temas ainda pouco explorados pelas diferentes fontes de conhecimento. Esta constitui-se, porém, uma primeira etapa do trabalho. (Palavras-chaves: criança, educação infantil, creche, pré-escola)
05. A IDADE MÉDIA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Mônica Farinaccio, Lígia Maria Sciarra Bissoli, UNESP - RIO CLARO.
O presente trabalho visa a relatar uma experiência realizada em uma escola de educação infantil, que utilizando conteúdos de História, relativos à idade média, procurou desenvolver não só atividades de leitura e escrita, mas também outras que pudessem contemplar diversas formas de linguagem: cênica, visual e musical, as quais possibilitaram um maior desenvolvimento da expressão corporal, uma melhor compreensão do conteúdo, além de transformarem as aulas em um momento prazeroso e permitirem a participação dos pais no processo de aquisição desse conhecimento. Foram utilizados como referencial teórico os RCNs (1998) e autores como Paulo Freire (1982), Piaget (1973) e Cortella (1999). (Palavras-chave: educação infantil, linguagens, ensino de História)

Sessão VIII
Coordenação: Peterson Rigatto da Silva
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. A docência na educação infantil e as diversas linguagens em movimento. Peterson Rigato da Silva, Escola Municipal Deolinda Elias Cenedese, Piracicaba-SP e FE-UNICAMP/ Campinas- SP.
Esta pesquisa vem trazer a importância da memória, deste movimento que é a lembrança e o resgate do olhar do docente sobre a sua própria experiência. Dentro deste foco, as relações de gênero irão permear as vivências dos/as professores/as que atuam na educação infantil, num espaço de contradição e de encontro entre crianças (meninos e meninas) e adultos (homens e mulheres), onde se garantam o direito as infâncias, a produção das culturas infantis e as melhores condições de vida para todas elas. Compreendendo que um ambiente que se tenham homens e mulheres, como docentes de crianças pequenas venha ser rico, pois as diferenças estarão também neste contexto, os pequenos vão aprender a respeitar diferentes identidades, porque a sociedade é formada por ambos os sexos. E nesta perspectiva, o cuidar/educar, que tem sido considerado historicamente como um papel das mulheres, levam a perceber que não somente elas, mas os homens podem aprender a cuidar de formas diferentes, ou seja, que não a jeito universal masculino ou feminino de cuidar/educar. (Palavra-chave: Educação infantil, relação de gênero, culturas infantis, docente, crianças, infância)
02. A LITERATURA INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO DAS DIVERSAS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Amélia Maria Jarmendia, Universidade Cruzeiro do Sul e EMEI Eng. Aldo Giannini – São Paulo (SP) e Inês Confuorto, Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) – São Paulo (SP).
Nesta comunicação, pretende-se discorrer sobre um trabalho em desenvolvimento em uma escola de educação infantil, cujo foco é a elaboração de atividades para obras de literatura infantil, que contribuam não apenas para o desenvolvimento das capacidades de leitura necessárias à formação do leitor competente, mas também para a articulação das diferentes linguagens na educação infantil.Sendo Meta da Secretaria Municipal Educação de São Paulo "assegurar que todas as crianças [...] vivenciem experiências significativas e variadas com diferentes linguagens", as equipes técnica e docente da unidade escolar consideraram que a literatura infantil poderia ser o ponto de partida para estas vivências, tendo, até o momento, elaborado situações de aprendizagem para 05 (cinco) obras. (Palavras-chaves: literatura infantil, diferentes linguagens, situações de aprendizagem)
03. SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO PARA A INFÂNCIA: UM DEBATE ENTRE PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA. Márcia Maria e Silva, Joceli de Souza Cruz Figueiredo, Palas Atena Lucas Brazão Rivera, UMEI ”Rosalina de Araújo Costa” Niterói-RJ.
Este trabalho objetiva a socialização do processo de reflexão-ação coletivo, em especial no que toca à busca de articulação com o ensino fundamental, numa perspectiva de infância de 0 a 10 anos. Tomando como referências Vygotsky, Bakhtin, Benjamin, Jobim, Corsino, Borba, Kramer, Arroyo entre outros, defendemos a educação para a infância como um espaço-tempo de produção de conhecimentos onde são valorizadas múltiplas possibilidades de expressão não restritas à pré-escola nem controladas por uma ordem adultocêntrica. Nesse momento em que as políticas públicas vigentes dão mais um passo no reconhecimento da importância da educação infantil, a UMEIRAC vive a oportunidade de intensificar o diálogo sobre a pedagogia da infância com seus parceiros da escola básica, entendendo ser de todos a responsabilidade de favorecer uma educação que inclua e amplie os saberes das crianças. (Palavras-chaves: educação infantil, ensino fundamental, pedagogia da infância)
04. LEITURA E LEITURAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLEXÕES SOBRE AS CAIXAS QUE CONTAM HISTÓRIAS. Elieuza Aparecida de LIMA; Cyntia Graziella Simões GIROTTO. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E DEPARTAMENTO DE DIDÁTICA DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS DA UNESP – MARÍLIA; FUNDEC – DRACENA. Grupos de Pesquisa: “Implicações Pedagógicas da Teoria Histórico-Cultural” e “Processos de Leitura e de Escrita: Apropriação e Objetivação”.
Este trabalho discute ações teóricas e práticas desenvolvidas na formação de professores de crianças de zero a dez anos. Nosso foco é a leitura e a contação de histórias na rotina da educação infantil. Particularmente, refletimos sobre a confecção das Caixas que Contam Histórias como recurso didático-pedagógico propulsor da formação de novas necessidades de conhecimento na infância, essenciais à apropriação da leitura e da escrita. À luz do Enfoque Histórico-Cultural, revisamos conceitos basilares do trabalho de formação docente e repensamos as possibilidades pedagógicas. Temos por hipótese que a reflexão, o planejamento e a organização da rotina educativa fundamentam ações educativas intencionais capazes de elevar os níveis de desenvolvimento infantil, mediante a atividade da criança e as aprendizagens dela decorrentes. Os resultados iniciais das atividades desenvolvidas já podem ser compartidos. (Palavras-Chaves: enfoque histórico-cultural; caixas que contam histórias; leitura e escrita)
05. REFLEXÕES SOBRE AS BASES ORIENTADORAS DO APRENDIZADO DA LEITURA E DA ESCRITA NA INFÂNCIA. Amanda Valiengo. Mestranda junto ao Programa de Pós-Graduação da UNESP- Marília.
Este estudo é parte das reflexões acerca das implicações pedagógicas para a educação infantil com a antecipação da escolarização. O foco da pesquisa geradora do trabalho é a brincadeira e as atividades produtivas como bases orientadoras e formadoras do desenvolvimento efetivo da personalidade e da inteligência das crianças de cinco-seis anos. Por meio de um estudo de caso de duas turmas do primeiro ano do Ensino Fundamental e de um estudo teórico sobre o enfoque Histórico-Cultural, buscaremos explicitar, do ponto de vista teórico e prático, as implicações pedagógicas para a educação das crianças com a antecipação da escolarização, partindo da hipótese de que antecipar a escolarização, de forma mecanizada, não garante que as crianças apropriem-se da leitura e escrita de forma eficaz e ativa. Neste momento dos estudos, alguns resultados preliminares já são possíveis de compartilhar. (Palavras chaves: Antecipação da escolarização, Brincadeiras, Atividades Produtivas, Enfoque Histórico-Cultural)

Sessão IX
Coordenação: Ana Lúcia Goulart de Faria
Dia:11/07/2007, das 14:00 às 17:00 horas

01. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL X CULTURAS INFANTIS: UMA POSSÍVEL APROXIMAÇÃO. Juliana Gonçalves Diniz Fernandes – Unesp/ Presidente Prudente/Auxílio: CAPES.
A presente pesquisa objetivou discutir e analisar a notável relação e aproximação existente entre as duas perspectivas: das instituições de Educação infantil e das culturas infantis. Abordarei aqui alguns autores que se referem às instituições de Educação Infantil e suas culturas pedagógicas e o referencial da sociologia da infância, que discute o conceito de socialização considerando os modos ativos de interpretação das crianças. Os séculos XIX e XX estabeleceram um corpo de saberes e fazeres que possibilitaram tanto a construção social dos conceitos de infância como a constituição de instituições de educação infantil e de pedagogias para educá-la e cuidá-la. Percebe-se que as Instituições de Educação Infantil que valorizam as múltiplas linguagens das crianças e são baseadas na construção de significado, como Reggio Emilia, possuem uma intrínseca relação - necessária e ainda rara atualmente – com o que os autores da sociologia da infância defendem, ou seja, que as crianças são produtoras de cultura e conhecimento. (Palavras-chaves: instituições de educação infantil – crianças – sociologia da infância)
02. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL – PRÁTICAS COMPARTILHADAS. Márcia Isabel Mancini Pereira, Grupo IniciAção Matemática/ USF e Secretaria de Educação de Itatiba, e Daniela de Fátima Tasselli da Penha, Grupo Iniciação Matemática/ USF e Secretaria de Educação de Itatiba, SP.
O relato proposto traz experiências desenvolvidas em escolas municipais de educação infantil, com crianças em sala de aula e professores em reuniões de HTPC’s e oficinas, a partir das discussões e leituras que o grupo IniciAção Matemática vem desenvolvendo. Trata-se de um grupo colaborativo de professoras da rede municipal de Itatiba, alunas da Pedagogia e da licenciatura em Matemática, além das professoras formadoras. O grupo se reúne quinzenalmente na Universidade São Francisco, desde agosto de 2004.Suas discussões estão centradas na Matemática na Educação Infantil com reflexões teóricas e atividades práticas envolvendo jogos, brincadeiras, resolução de problemas e histórias infantis. (Palavras-chaves: matemática, resolução de problemas, histórias infantis)
03. Os papéis da linguagem no processo de significação sobre seres vivos na Educação Infantil.Celi Rodrigues Chaves Dominguez (Escola de Artes, Ciências e Humanidades – USP) e Silvia Luzia Frateschi Trivelato (Faculdade de Educação – USP).
Este trabalho visa discutir as diferentes funções desempenhadas pelo uso da linguagem verbal no processo de construção de significados pelas crianças do grupo de quatro anos da Creche Oeste enquanto estudavam as borboletas. Foram analisadas interações sociais em que as crianças produziram desenhos. Realizamos gravações e posteriores transcrições de falas durante esses momentos de produção gráfica. Os dados foram analisados a partir do referencial teórico de Vygotsky (1998, 2000 e 2003). Encontramos evidências de que as interações verbais são demarcadas por alterações nos campos perceptivos, de atenção e de memória. A linguagem ora desempenhou a função comunicativa ora a função reguladora. Ficou evidente que a produção de desenhos em grupo contribuiu para a aproximação entre crianças e conceitos científicos levando-as a se apropriar da linguagem científica e construir significados sobre as borboletas como seres vivos. (Palavras chave: ensino de ciências, educação infantil, linguagem, mediação, ciências naturais)
04. INTERAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: SEU PAPEL NA APROPRIAÇÃO DE CONHECIMENTOS. Elisa Gomes Magalhães, Andréia Cristiane Silva Wiezzel – Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP – Presidente Prudente-SP.
As interações sociais durante a infância se manifestam por meio das mais diversas linguagens que as crianças se utilizam, como forma de comunicação e integração. Entretanto, tais interações também atuam como agentes de socialização, além de potencializadoras da aprendizagem. Portanto, este estudo tem como objetivo analisar a função desempenhada pelas interações sociais no contexto da educação infantil, mais precisamente quanto à apropriação de conhecimentos por parte das crianças de 4 a 6 anos de idade. A concretização dessa pesquisa qualitativa perpassa o levantamento bibliográfico, e a observação em salas de aula de pré-escola, cujos sujeitos são professores e alunos em situação de ensino-
O5 . A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO EM CRECHES: RESPEITANDO A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO E EXPRESSÂO DAS LINGUAGENS INFANTIS. Mariana Natal Prieto; Elieuza Aparecida de Lima. Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília.
Este trabalho decorre de investigações acerca do tempo e do espaço na educação infantil, especificamente no trabalho pedagógico com crianças entre um e dois anos. Tais investigações foram motivadas pelos estudos na disciplina de Metodologia e Prática na Educação infantil, do curso de Pedagogia da UNESP-Marília. Foi um trabalho teórico e prático: do ponto de vista da prática, foram totalizadas vinte e quatro horas de observação em uma creche municipal da cidade de Marília; e, do ponto de vista teórico, estudos baseados no enfoque Histórico Cultural e outras contribuições pertinentes ao tema. Nossa hipótese de trabalho foi de que a organização intencional e consciente do espaço e do tempo na creche pode contribuir efetivamente para expressões e aprendizagens infantis e, conseqüentemente, o desenvolvimento amplo e harmônico cultural das crianças, desde o seu nascimento. Deste trabalho de pesquisa, já podemos depreender alguns resultados. (Palavras-chaves: Linguagens infantis; tempo e espaço; educação infantil)

Sessão X
Coordenação: Sueli Palmen
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. SABERES, FAZERES E PRÁTICAS: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS – MT. Teina Nascimento LopesPPGE/UFMT e Ana Arlinda de Oliveira, UFMT/PPGE/GEPLL
A opção por este tema de pesquisa surgiu da necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a Educação Infantil na Rede Municipal de Rondonópolis – MT e pela relevância desta modalidade de ensino no atual contexto do cenário educacional em nível nacional. Dessa forma, busca compreender como se inicia o processo de leitura e letramento das crianças na pré-escola, e que lugar ocupa a leitura neste espaço educativo da infância. Estamos realizando um estudo de caso, tendo como instrumento mais importante a observação da sala de aula, que nos possibilita evidenciar e ampliar a discussão entre a prática escolarizante e a cultura lúdica, como o caminho para aprendizagens significativas, ancoradas nos estudos de Lajolo, Zilberman, Silva, Kramer, Oliveira, Barbosa, Khulmann, Demo, Mortatti, Malaguzzi, Tizuko e Zabalza. (Palavras-chaves: Educação Infantil - Alfabetização e Letramento - Práticas Pedagógicas)
02. O PAPEL DA NARRATIVA NA PRÁTICA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello. PUC-Rio e CES/JF.
O trabalho, parte de uma tese de doutorado defendida em março de 2006, se debruça sobre a prática de uma professora de educação infantil, focalizando o papel da narrativa nos processos de constituição da identidade e dos saberes profissionais e nos processos de interação com as crianças. Focalizando a prática da professora, através da observação participante, e sua reflexão sobre a prática, a partir de uma diário mantido pela docente, o trabalho reflete sobre o “saber narrar” enquanto saber de referência do professor de educação infantil, destacando o papel formador da narrativa, numa perspectiva benjaminiana, e suas possibilidades como instrumento de acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças. A metodologia do estudo e as análises empreendidas fundamentaram-se na filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin. (Palavras chave: linguagem, educação infantil, saberes docentes, narrativa)
03. Mar de Histórias: o que se lê e o que se conta na escola, todos os dias. Fernanda F.Ribas, Secretaria Municipal de Educação Prefeitura Municipal de Suzano.
O presente projeto vem sendo realizado na Secretaria Municipal de Educação de Suzano com os professores da rede, há cerca de dois anos. Neste curso, os professores têm a oportunidade de conhecer as diferenças entre ler e contar histórias, conhecer práticas que tratam da leitura na educação infantil, compartilhar a “caixa – biblioteca” , um pequeno acervo especialmente reser vado aos participantes do curso, dando assim um efetivo apoio ao planejamento da roda de história no dia-a-dia da educação infantil, além resgatar a memória leitora dos professores, incentivando assim, a leitura diária na escola. O projeto propõe a revisão e construção dos espaços da sala de aula e da escola, repensando as práticas educativas na educação infantil.
04. A LINGUAGEM COMO ELEMENTO MEDIADOR DO PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DE CONHECIMENTOS. Ana Rogéria de Aguiar (UFG/UEG) e Ivone Garcia Barbosa (UFG).
O presente trabalho foi realizado durante o curso de Mestrado em Educação Brasileira e integrou o projeto de pesquisa do Grupo de Estudos da Infância da Faculdade de Educação d a UFG. Buscamos compreender o processo de constituição de conhecimentos pela criança e a transposição desses através das diferentes linguagens e, no caso na oralidade, a fala das crianças. Preocupamos-nos, pois, em investigar a linguagem como instrumento de expressão do conhecimento apreendido pela criança no cotidiano da instituição de educação infantil. Autores como Vygotsky (2001), Bakhtin (1992) e Luria (1987) contribuíram significativamente em nossas análises no que diz respeito à linguagem infantil. Esperamos contribuir com as discussões existentes no âmbito da educação infantil, assim como continuar investigando o processo de constituição de conhecimentos pela criança, o que nos parece algo sempre inacabado. (Palavras chaves: infância, linguagem, conhecimentos)
05. FORMAÇÃO DE LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTUDO DE CASO. Maraísa Mendes da Costa, bolsista BIC-UCS e acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade de Caxias do Sul. Flávia Brocchetto Ramos, Universidade de Caxias do Sul e Universidade de Santa Cruz do Sul; Neiva Senaide Petry Panozzo, Universidade de Caxias do Sul.
O projeto de pesquisa “Formação do leitor: o processo de mediação do docente” busca investigar processos de mediação de leitura de textos contemporâneos de literatura infantil e, na seqüência, propor estratégias de mediação, a fim de qualificar a interação entre o sujeito leitor e o objeto de leitura. Assim, esta comunicação tem como objetivo relatar e analisar a aplicação de um roteiro de leitura elaborado para o livro O beijo, escrito e ilustrado por Valerie D’Heur (2000). A organização do roteiro segue princípios metodológicos propostos por Cosson (2006), Saraiva (2001) e Saraiva e Mügge (2006) e almeja focar a relação entre visualidade e palavra. Esse roteiro foi aplicado com um grupo de crianças de educação infantil, com idade entre 5 e 6 anos e destaca-se, nessa comunicação, a leitura das crianças a partir dos códigos presentes no livro e da mediação realizada pela pesquisadora. (Palavras-chaves: mediação, literatura infantil, educação infantil)
06- AÇÃO LÚDICA: O BRINCAR EM DUAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL. Nájela Tavares Ujiie (UEPG,UNICENTRO – Irati
A atual Educação Infantil trilha a procura de estratégias capazes de garantir o cuidar e o educar da infância, tendo em vista atender as necessidades do corpo e mediar o desenvolvimento sociocultural das crianças desde o nascimento, assegurando-lhes o tripé de direitos que se esboça para esta etapa da educação, o direito a brincar, criar e aprender. Neste tocante, a ação lúdica, ou seja, o brincar é uma forma de linguagem a partir da qual a criança atua, desenvolve-se e cria seu próprio conhecimento. No entanto, não tem recebido a atenção adequada dentro das instituições de Educação Infantil, o que será evidenciado pela análise reflexiva dos dados coletados pela observação analítica e participante em duas instituições escolares, em duas salas de pré I, com crianças de 3 a 4 anos. (PALAVRAS-CHAVE: educação infantil, ação lúdica, brincar, prática educativa e desenvolvimento infantil)

Sessão XI
Coordenação: Ana M. Tandredi
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. O PROGRAMA NACIONAL DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR. Ana Maria Orlandina Tancredi Carvalho. Universidade Federal do Pará. Belém/Pará.
Esta comunicação resulta de pesquisa feita para elaboração de minha tese de doutoramento. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e a entrevista. Analisaram-se planos, programas, com ênfase para o Programa Nacional de Educação Pré-Escolar, proposto pelo Ministério da Educação em 1981. É o primeiro programa em nível nacional para as crianças de 4 a 6 anos e insere o debate sobre esse nível de educação, para além das questões pedagógicas, nas decisões político administrativas. Foi desenvolvido pelo MEC/COEPRE/Secretarias de Educação e pelo Mobral. Tal Programa fundamenta-se na importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do ser humano, nas precárias condições de vida de grande parte da população infantil brasileira da época e na possibilidade de diminuir os efeitos deletérios dessas privações para o desenvolvimento futuro da criança. (Palavras-chave: Programa Nacional de Educação Pré-Escolar, Criança)
02. A LINGUAGEM NO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: LEITURA HISTÓRICO-CULTURAL. Ângela Mara de Barros Lara, UEM – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, e Adão Aparecido Molina, FANP – Faculdade do Noroeste Paranaense, Nova Esperança – PR.
Este texto discute o Referencial Curricular para a Educação Infantil no contexto das Políticas Educacionais da década de 1990, no Brasil. O objetivo é analisar o conteúdo de linguagem proposto como trabalho didático para crianças de 4 a 6 anos. A apropriação da teoria de Vygotsky pelas políticas neoliberais e sua incorporação às propostas educacionais atuais têm sido motivo de muitas reflexões, pois na década de 1990 a educação e a infância passaram a ser foco das atenções dos governantes e das políticas públicas. Para esclarecer as contradições presentes no processo de produção material da vida humana, desse período, apresentamos as categorias históricas de Marx que fundamentam a concepção materialista da história e de Vygotsky, que utilizou a mesma metodologia para criar a teoria histórico-cultural da psique humana. Fundamentamos a linguagem nessa teoria e analisamos a concepção de linguagem proposta no Referencial. A análise mostrou que existe uma utilização de parte das idéias de Vygotsky; entretanto, sua teoria é desconsiderada. Ele é visto como um autor construtivista. Essa apropriação de parte de suas idéias caracteriza uma ressignificação de conteúdos e uma utilização ideológica de sua teoria. A análise apontou, ainda, na proposta didática com a linguagem falada e escrita, no Referencial, uma aproximação com os conteúdos trabalhados em séries mais avançadas do ensino fundamental. (Palavras-chave: Políticas neoliberais. Políticas educacionais. Infância e Linguagem)
03. A PROFESSORA CONTA HISTÓRIAS. E AS CRIANÇAS, PODEM CONTAR SUAS HISTÓRIAS? Lílian Adriana de Paula Guimarães, EMEF “Profª Nazareth de Siqueira Rangel Barbosa”, Itatiba-SP. e Elizabeth dos Santos Braga, Universidade São Francisco, Itatiba-SP.
Esta comunicação tematiza a dinâmica da atividade narrativa na sala de aula. Embasaram os nossos estudos a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano (Vigotski, Smolka, Góes), na consideração de que a linguagem é constitutiva do pensamento e demais funções psicológicas, bem como a teoria walloniana sobre a importância das interações nesse processo (Galvão, Mahoney). A pesquisa foi desenvolvida em uma sala de Educação Infantil, de uma Escola Municipal, em Itatiba-SP, tendo como base os princípios teórico-metodológicos traçados por Vigotski e o método etnográfico (Lüdke e André). Nossas análises apontam para a importância da valorização da oralidade e da narrativa (Sawaya, Braga), da prática de contar histórias e da ênfase à participação das crianças na dinâmica de produção do conhecimento. (Palavras-chave: narrativa, linguagem, Educação Infantil)
04. OS SABERES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: AS DIVERSAS LINGUAGENS. Sandra Regina Gardacho Pietrobon (UNICENTRO/ Irati- PR).
O presente projeto de pesquisa tem como objetivo principal discutir a relação entre os saberes da formação docente no curso de Pedagogia e a prática pedagógica de acadêmicas que atuam com crianças de 4 a 6 anos. A pesquisa se caracteriza como um estudo de caso etnográfico numa abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados, observações da prática pedagógica das acadêmicas e entrevistas, com o intuito de investigar quais seriam os saberes necessários para a atuação docente na Educação Infantil. Sabe-se que, o trabalho pedagógico nessa fase requer o desenvolvimento de atividades que englobem o educar e o cuidar; nesse sentido, há uma variedade de saberes que os professores necessitam articular em suas práticas, considerando a fase de desenvolvimento e a livre-expressão das crianças, como também as diversas linguagens: oral e escrita; matemática; artística; corporal; musical, temporal e espacial. Assim, pretende-se apresentar o curso de formação como lócus de reflexão e pesquisa sobre os saberes e fazeres docentes. (Palavras-chaves: saberes docentes, educação infantil, prática pedagógica, linguagens)
05. AS BRINCADEIRAS E AS LINGUAGENS DA CRIANÇA NA PROPOSTA DE JARDIM DE INFÂNCIA DE RUI BARBOSA (1883). Jaqueline Delgado Paschoal. Universidade Estadual de Londrina-UEL. Londrina, PR e Maria Cristina Gomes MachadoUniversidade Estadual de Maringá-UEM. Maringá, PR.
O presente estudo tem como objetivo apresentar a contribuição do pensamento de Rui Barbosa para a educação infantil. Justifica-se a intenção da pesquisa por considerar que esse já em fins do século XIX enfatizava que os jardins de infância (termo utilizado na época) deveria se preocupar não só com os cuidados das crianças, mas educá-las no sentido de possibilitar-lhes o seu desenvolvimento pleno. Rui Barbosa preconizava que a organização do trabalho pedagógico na escola deveria ser desenvolvida por meio de atividades de canto e movimento, brincadeiras e atividades livres. Como resultado parcial desse estudo, verifica-se a contemporaneidade do pensamento desse autor para a educação da criança, já que o mesmo defendeu a relevância das brincadeiras para o enriquecimento de suas muitas linguagens. (Palavras-chave: Educação Infantil, Pensamento Pedagógico de Rui Barbosa, Brincadeiras)
06. A MÚSICA COMO METODOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PROPOSTA DIDÁTICA PARA PENSAR E AGIR EM SALA DE AULA. Erica Cualhete Monteiro, Associação Literária e Educativa Santo André S.J. do Rio Preto.
Esta comunicação apresenta uma proposta didática que utiliza a música na Educação Infantil como elemento facilitador no processo de aprendizagem, com o objetivo de ensinar música como fim em si mesmo e como meio para planejar e organizar conteúdos, a cognição, o desenvolvimento de competências e habilidades. Além de experimentar, improvisar e criar como um recurso pedagógico de fundamental importância no processo de construção do conhecimento, promover o ser humano acima de tudo, ser utilizada como linguagem, forma de expressão do pensamento cujo conhecimento se constrói com base em vivências e práticas reflexivas. Experiências práticas são relatadas, complementando a pesquisa e confirmando ser possível e aplicável a proposta desenvolvida que teoricamente está baseada em Jean Piaget, Violeta Gainza, Nicole Jeandot, Teca Brito e Nereide Rosa. (Palavras-chave: aprendizagem; conhecimento; desenvolvimento cognitivo; educação infantil; linguagem; música.)

Sessão XII
Coordenação: Patrícia Prado
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE DUAS PROFESSORAS DE CRIANÇAS PEQUENININHAS: ENTRE REPRODUÇÕES E SUPERAÇÕES. Lucélia de Almeida Silva, Márcia Soraya Teani.
Esta comunicação visa levantar alguns questionamentos sobre as condições de produção do trabalho docente na educação infantil, especificamente com a pré-escola e crianças de 3 anos, focando na formação da (o) professora (o) de crianças da primeira etapa da educação básica de zero a 5 anos e 11 meses. Este relato parte da experiência das autoras, pedagogas recém formadas pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, que ingressaram este ano, através de concurso público municipal, em um Centro de Educação Infantil Paulista. Buscamos dialogar com produções que tratam do processo de se tornar professora/ professor, do cotidiano das atividades com as crianças e da formação de professoras/ professores de crianças pequenas. (Palavras-chaves: Educação Infantil, formação de professoras/professores, tornar-se professora)
02. EMANCIPAÇÃO NA FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Renata Esmi LAUREANO, Puc-Campinas, Prefeitura Municipal de Campinas.
Esse trabalho busca apresentar a sistematização dos dados de uma pesquisa sobre formação docente para a educação infantil, partindo de uma experiência de formação em serviço. A discussão concentra-se na especificidade do trabalho com crianças de 0 a 6 anos e tem como base teórica, os textos que discutem a Pedagogia da Infância. A partir desse referencial teórico construímos duas categorias que representam à especificidade do trabalho na educação infantil: o cuidar-educar e o brincar. Essas categorias nos permitiram olhar a formação para a docência na educação infantil, a partir da especificidade do trabalho com crianças de 0 a 6 anos, e do mesmo modo, nos permitiu adjetivar e conceituar a formação como emancipatória, calcada em práticas formativas que articulam teoria e prática. (Palavras-chave: educação infantil, formação, emancipação)
03. Formação Continuada na Educação Infantil. Margarete A. Zeni, Secretaria Municipal de Educação de Canoas, Departamento de Educação Infantil.
Compreendendo o educador como responsável pelo ato de formar-se, a formação continuada é uma necessidade inerente a sua profissão e deve fazer parte de um processo de permanente desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional, direito que deve ser assegurado à todos. Nesse contexto, a Assessoria da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Canoas tem como objetivo principal oportunizar aos educadores das escolas da rede, a reflexão, discussão, problematização e desenvolvimento de estratégias que os possibilitem conhecer e compreender conceitos de infâncias e de identidades sociais, bem como articular ações inseridas num currículo que conceba o conhecimento como uma construção dinâmica, a partir de novos suportes teóricos.
04. Formação continuada da Educação Infantil. Mariza G. Bertoldo, Adriane Ferronatto, Cída Maria da Silveira e Margareth Azevedo Zeni, Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Canoas, RS.
Compreendendo o educador como responsável pelo ato de formar-se, a formação continuada é uma necessidade inerente a sua profissão e deve fazer parte de um processo de permanente desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional, direito que deve ser assegurado à todos. Nesse contexto, a Assessoria da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Canoas tem como objetivo principal oportunizar aos educadores das escolas da rede,a reflexão, discussão, problematização e desenvolvimento de estratégias que os possibilitem conhecer e compreender conceitos de infâncias e de identidades sociais, bem como articular ações inseridas num currículo que conceba o conhecimento como uma construção dinâmica, a partir de novos suportes teóricos.
05. EXPERIÊNCIA POÉTICA E ARTES PLÁSTICAS NA INFÂNCIA. Daniela Ruppenthal Moura, “Professora Orientadora Drª. Sandra Richter”, Santa Cruz do Sul/RS, Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC
Esta pesquisa tem como objetivo intensificar estudos em torno da relação entre imaginação criadora e aprendizagem na escola através da pintura e da poesia. Também visa demonstrar que a interação com essas linguagens contribui para que as relações entre corpo, imagem e palavra possam ser complexificadas. Assim, desde de maio de 2006, acompanhamos crianças de seis anos de uma Escola Pública localizada no município de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, organizando e selecionando diferentes materialidades e instrumentos em Artes Plásticas, a fim de proporcionar uma ampliação nos repertórios gestual e visual e evidenciar os objetivos de nossos estudos. No momento atual da pesquisa, procede-se a interlocução entre o registro diário, as narrativas plásticas produzidas pelas crianças e os estudos teóricos trazidos por Paul Valéry, Jorge Larrosa, Fernando Bárcena e Von Foerster. O contraste aponta para a importância do acompanhamento longitudinal do grupo, a fim de intensificar estudos voltados para a especificidade das diferentes linguagens, buscando argumentos que defendam a dinâmica entre pensar e sonhar como estratégias de aprender a ensaiar modos de agir que promovam diferenças no modo de viver. (Palavras-chaves: infância, escola, poesia, pintura, experiência poética)

Sessão XIII
Coordenação: Luciane S.C. Pina
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. Propostas de formação oferecidas às profissionais docentes das creches da UNICAMP. Luciane S. C. Pina. Creche Área de Saúde - UNICAMP
A Constituição Federal de 1988 e a nova LDB (lei nº 9394/96) trouxeram mudanças significativas para a educação das crianças de 0 a 6 anos no contexto nacional. Uma dessas mudanças diz respeito à formação das profissionais docentes – agora professoras de Educação Infantil – que atuam nas instituições dedicadas ao cuidado e educação das crianças nesta faixa etária. No entanto, pesquisas recentes afirmam que apenas a formação inicial (em nível médio, na modalidade Normal ou em nível superior, no curso de Pedagogia) não tem dado conta da especificidade e da complexidade da Educação Infantil, sendo a formação em serviço e/ou continuada fortes aliadas ao processo de construção da Pedagogia da Educação Infantil. A presente pesquisa consiste em um estudo de caso, cujo objetivo foi fazer um levantamento e analisar preliminarmente – à luz da construção da Pedagogia da Educação Infantil – as propostas de formação continuada e em serviço oferecidas na universidade, através dos Programas Educativos, da Faculdade de Educação e da própria Creche Área de Saúde (CAS-UNICAMP), às profissionais docentes desta última. Sendo assim, a coleta de dados foi feita através da observação da organização do espaço e do tempo, das práticas educativas e dos momentos de formação continuada, utilizando também questionários, entrevistas e documentos oficiais e não oficiais, tais como: anotações, registros fotográficos e filmagens. A bibliografia italiana, a qual entende a criança como sujeito de direitos, capaz de múltiplas relações, portadora de história e produtora de cultura, e também a bibliografia especializada na área da Pedagogia da Educação Infantil, com destaque às pesquisas sobre as creches da UNICAMP, auxiliaram-me na análise de tais propostas. Observou-se, então, que a formação continuada – ou apenas formação em serviço, quando a formação inicial específica ainda não era uma exigência – oferecida na universidade, vem transformando as práticas educativas das professoras da CAS, definindo a especificidade desse trabalho e contribuindo para a construção da Pedagogia da Educação Infantil.
02. O BRINQUEDO IMAGINÁRIO NA IDADE PRÉ-ESCOLAR: O QUE DIZEM OS PROFESSORES? Ingrid Thais Catanante. Universidade de São Paulo – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto.
Este trabalho tem por objetivo compreender e discutir como se constitui a brincadeira imaginária na idade pré-escolar e qual sua importância para o desenvolvimento das crianças nesta faixa etária considerando as implicações educacionais, com base na abordagem histórico-cultural em psicologia (Vygotsky, 2003; Oliveira, 2005; Góes, 2006). Foram realizadas atividades de aprofundamento teórico e coleta de dados, a destacar sessões de observação numa instituição de educação infantil e entrevista com professores a fim de discutir aspectos da organização do trabalho pedagógico e conhecer a forma como eles entendem a brincadeira imaginária para o desenvolvimento psicológico infantil. A partir do material empírico, debatemos acerca da atuação do professor na creche e a possibilidade de considerar o lúdico na intencionalidade da proposta pedagógica. Esta pesquisa está em desenvolvimento e conta com auxilio de bolsa Pibic – CNPq. (Palavras-chaves: educação infantil, brinquedo imaginário, concepção dos professores, mediação pedagógica)
03.  O BRINCAR NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Ana Volusia Vieira de Almeida Rodrigues Silva, Ana Maria dos santos Souza, Ângela Carolina Gallani Zaia, Débora Regina Faria Honda, Eliane Pires de Assis Marques, Lúcia de Fátima Cândido da Silva Barbosa, Marli Aparecida Fachini, Olívia Aparecida de Faria Ferreira, Rosana Izilda Ceotto Souza,Sandra Aparecida de Siqueira, Girlaine Cristina Pereira Lima (CEMEI São Francisco de Assis, Campinas.SP).
Brincar é um direito da criança e através dele o educando constrói seu conhecimento de forma prazerosa e cooperativa. No trabalho proposto há um equilíbrio entre as atividades livres e dirigidas nos espaços internos e externos da escola e o brincar é o eixo norteador desse trabalho. Na nossa ação cotidiana procuramos colocar em prática alguns princípios defendidos por Freinet: cooperação, autonomia, afetividade, criatividade, senso de responsabilidade e a livre expressão. Ressaltamos que no decorrer dessa vivência sentimos que é de suma importância a parceria da escola com a família para que possamos concretizar o nosso trabalho. (Palavras chaves: Brincar, Afetividade e Cooperação)
04. Desenvolvimento da função simbólica da criança e apropriação da leitura e da escrita na infância: conceitos e implicações pedagógicas da teoria histórico-cultural. Nara Soares Couto, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA - FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS UNESP–MARÍLIA.
Este trabalho aborda questões referentes à brincadeira e ao desenvolvimento cultural da criança de seis anos, na ótica do Enfoque Histórico-Cultural. Na pesquisa teórica e prática, busca-se compreender as relações existentes entre o jogo de faz-de-conta e o desenvolvimento das representações simbólicas da consciência, essenciais para a apropriação da leitura e da escrita. A hipótese norteadora das investigações é a de que esta aprendizagem se constitui num desafio ao qual a grande maioria das crianças não pode corresponder uma vez que requer a apropriação de capacidades humanas que formam a base orientadora de novas aprendizagens na idade escolar. Isso pressuposto, a investigação baseou-se nos princípios da pesquisa-ação, alicerçada nos estudos de Vigotski e colaboradores, com a inserção do brincar na rotina escolar, com o propósito de provocar a formação da função simbólica em crianças de seis anos de uma instituição educativa pública estadual. Desses estudos, já é possível socializar alguns resultados. (Palavras-Chaves: faz-de-conta; leitura e escrita; enfoque histórico-cultural)
05. AS PRÁTICAS DE LEITURA EM CMEIs PARA CRIANÇA DE 0 A 03 ANOS Elenita Conegero Pastor Manchope – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Pesquisadora do GPAAD – Cascavel.
A compreensão de que as mais variadas leituras (não só as escrita ou imagéticas, mas, e, inclusive, as várias leituras de mundo) devem ser exploradas, compartilhadas e motivadas nos Centros Municipais de Educação Infantil, uma vez que estimulam muitas das atividades mentais e físicas nas crianças. Isso levou-nos a propor junto a acadêmicos de prática de ensino do curso de Pedagogia, um projeto que busca desenvolver reflexões no que tange a práticas de leitura com crianças de 0 a 3 anos. Desta forma, este artigo visa socializar tais reflexões que permearam as práticas docentes na disciplina de Prática de Ensino III, em alguns Centros Infantis. Concluímos ser possível desmistificar a confusão entre o cuidar e o educar e desvelar a importância do desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo por meio de práticas de leitura. (Palavras-chave: educação infantil, práticas de leitura, desenvolvimento infantil)

Sessão XIV
Coordenação: Elizabeth Bernardes
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. QUEBRA-CABEÇA: EQUACIONANDO O BRINCAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL. Elaine Bueno Macêdo, RME – Goiânia – Go.
Esta comunicação é meu trabalho monográfico do curso de pedagogia 2006\1, UFG, com objetivo de conhecer, descrever e analisar a importância do brincar na educação infantil, em uma perspectiva histórico-cultural, valorizando os brinquedos, jogos tradicionais e sua contribuição na formação da criança. Realizei entrevistas e pesquisa bibliográfica. Encontrei duas categorias: a empírica e paternalista voltada para o cuidar e em transição que reconhece o brincar, mas apresenta dificuldades em sua aplicação, sob o argumento de falha em sua base teórica. Em ambas as concepções, o brincar é reconhecido como importante para a criança nas instituições pesquisadas e ocorre mesmo não estando a contento em relação a contribuições para o desenvolvimento e a formação da criança. (Palavras – chave: brincar, prática pedagógica, educação infantil)
02. Repensando o papel da brincadeira na Educação Infantil. Muriane Sirlene Silva de Assis. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O objetivo deste trabalho é destacar a concepção de brincadeira do Referencial Histórico-Cultural (Vygotsky, 1994; Mukhina, 1996; Elkonin, 1998; Leontiev, 2001), a fim de que a mesma sirva de base para a reflexão sobre o papel dessa atividade na Educação Infantil. A brincadeira é bastante valorizada no discurso pedagógico na atualidade. Todavia, quando se observa a prática de algumas instituições educativas se percebe significativas rupturas entre os discursos e as práticas envolvendo o brincar empreendidas pelos professores. A brincadeira, que constantemente é ressaltada como fundamental por grande parte dos profissionais da Educação Infantil, geralmente, ocupa lugar secundário nos fazeres desta etapa da educação, conforme se verificou em pesquisa realizada com professores. (Palavras-chaves: brincadeira, educação infantil, referencial histórico-cultural)
03. O ESPAÇO TEMPO DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES PARA ANÁLISE DE UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA. Claudia Colin Garcia Estevão,Fundação Municipal de Educação - RJ, Fernanda Macieira Bortone, Fundação Municipal de Educação de Niterói-RJ.
A análise coletiva da proposta pedagógica da Rede Municipal de Niterói vem buscando problematizar as práticas de educar/cuidar, a fim de garantir “a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela (a criança) é um ser total, completo e indivisível” (MEC-DCN,1998). Temos observado que múltiplas concepções sobre os modos de brincar convivem nas Unidades municipais de Educação Infantil, práticas tem revelado o uso da brincadeira como estratégia didática escolarizada, mas também como eixo organizador do espaço tempo e como possibilidade de um encontro horizontal entre adultos e crianças. A partir do entendimento do "brincar" como eixo norteador do currículo pretendemos narrar os processos de recriação das práticas educativas e a re-escrita da proposta pedagógica. (Palavras-chave: infância - brincar - espaço/tempo - práticas educativas)
04. DESAFIOS E DESCOBERTA EM APRENDER BRINCANDO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Andréa Martinez Tabanez, Departamento Pedagógico de Educação Três Lagoas-MS e SEMEC-MS.
Dentro do contexto social e educacional a oportunização do brincar assumiu características próprias, pôs seu papel dentro do campo da educação cresceu e hoje podemos afirmar, com segurança, que ela é um agente de mudança do ponto de vista educacional, e por acreditar nesta afirmação, consideramos que o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibração com o mundo. Brincando e jogando, a criança reproduz as suas vivências, transformando o real de acordo com os seus desejos e interesses. Por isso, pode-se dizer que através do brinquedo e do jogo, a criança expressa, assimila e constrói a sua realidade.É o reconhecimento do valor inerente do prazer de pertencer a esse enorme tabuleiro em que ganhamos, perdemos, jogamos e aprendemos, sempre. (Palavras-chaves: Brincadeiras, jogos, infância, imaginação)
05. OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E AS CRIANÇAS. Elizabeth Lannes Bernardes. Professora da Universidade federal de Uberlândia e doutoranda da Faculdade de Educação da UNICAMP.
O objetivo desse artigo é compreender o significado dos jogos e das brincadeiras para as crianças nas últimas décadas do século XX e anos inicias do XXI. Para tanto, será necessário entrecruzar passado, presente e futuro numa perspectiva interdisciplinar. Os historiadores Philippe Ariès e Michel Manson demonstram que homens, mulheres e crianças compartilhavam dos mesmos jogos e brincadeiras no mundo medieval e com a consolidação do capitalismo observa-se uma separação entre o mundo dos adultos e o das crianças e diferenças de gênero nas práticas lúdicas. Johan Huizinga ao estudar o jogo como elemento da cultura evidencia que a primeira característica do jogo é a de ser uma atividade livre e, quando sujeito a ordens externas ele deixa de ser jogo; a segunda é de ser uma atividade que permite à criança, sobretudo, distanciar-se da vida cotidiana e entrar no mundo da fantasia, do faz-de-conta.A terceira característica é a existência de regras em todos os jogos e, quando estas são desrespeitadas, estraga-se o jogo, privando-o de todo e qualquer valor.Ressalta ainda que o jogo promove a formação de grupos sociais, a vivência comunitária e a capacidade que o indivíduo tem de colocar-se no papel do outro.Brincando e jogando, a criança estabelece vínculos sociais, ajustando-se ao grupo, e aceita a participação de outras crianças com os mesmos direitos. Obedece às regras traçadas pelo grupo, como também propõe suas modificações. Aprende a ganhar, e também a perder. Na atualidade, grande parte dos jogos tradicionais infantis que encantam e fazem parte do cotidiano de várias gerações de crianças estão desaparecendo devido às transformações do ambiente urbano, e o advento de novas tecnologias da comunicação e da informação, particularmente, os jogos eletrônicos.Estes fascinam as novas gerações desde a década de 1980, com o surgimento do Atari e seus jogos Pong, Pac-Man e Space Invaders. Inúmeras críticas são feitas aos videogames, a mais comum é que esse tipo de entretenimento ao enfatizar a cultura da violência, estimula nos jogadores comportamentos agressivos e violentos.Contrapondo-se a essa visão, Patrícia Marks Greenfield constata que videogames violentos, jogados em dupla, ao exigir tanto a cooperação quanto a competição entre os jogadores, podem diminuir o nível de agressividade nas brincadeiras. Além disso, demonstra que os videogames contribuem para o desenvolvimento cognitivo de seus jogadores, refutando a idéia que sua prática desenvolve somente a coordenação sensório-motora. Diante de tais posturas, acredito que possamos utilizar o mesmo raciocínio que Walter Benjamin usou para analisar a fotografia e o cinema para os jogos eletrônicos.Trata-se de perceber que as transformações das técnicas alteram de forma significativa a percepção, a cultura, as vivências e sensibilidades individuais e coletivas. As mudanças nas condições de produção alteram os espaços da cultura; ou seja, as transformações do modo de produção e da técnica determinam as transformações dos modos de percepção e, portanto, da experiência social e das formas de expressão. Considero os jogos eletrônicos como imagens ambivalentes, provocando apaziguamento e catarse, ao mesmo tempo.

Sessão XV
Coordenação: Daniela Finco
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. EDUCAÇÃO INFANTIL: ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS PARA PROFESSORES E CRIANÇAS. Michelle de Freitas Bissoli, Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas (FACED/UFAM); Centro de Formação, Desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para a Rede Pública de Ensino (CEFORT/UFAM).
O desenvolvimento das múltiplas linguagens depende da organização de tempos, espaços e relações, bem como da promoção de experiências formativas em que tais linguagens sejam imprescindíveis às atividades propostas às e com as crianças. A formação inicial e continuada dos professores assume relevância fundamental à construção de uma Pedagogia da Infância, permeada pelas mais diversas possibilidades de expressão de humanidade, à medida que promove o desenvolvimento das cem linguagens (Malaguzzi) também no adulto. A presente comunicação visa a socializar a experiência, desenvolvida pelo CEFORT/UFAM, com a formação continuada de professores de Educação Infantil, tendo como foco as discussões teóricas, as oficinas pedagógicas e o acompanhamento da prática dos professores envolvidos, a partir da temática “Aprendizagem e Arte na Educação Infantil”. (Palavras-chaves: formação continuada de professores, aprendizagem, arte, desenvolvimento humano)
02. LIVROS SEM TEXTO PARA CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES: PRODUÇÃO E LEITURA. Cassia Leticia Carrara Domiciano – professora assistente da Universidade Estadual Paulista (UNESP), doutoranda do Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho (Portugal) e Eduarda Coquet - professora associada da Universidade do Minho, Directora de Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física.
Qual o papel do design na produção de livros infantis? Quando estes livros não possuem texto, pode um designer ser o seu autor? Quão profundo deve ser seu conhecimento do universo literário, educacional, perceptual da criança? Em busca de respostas, esta comunicação irá abordar dois momentos de investigação: 1- resumir o que temos pesquisado sobre livros infantis sem texto nos últimos 10 anos, acompanhando a produção de estudantes do curso de Design da UNESP, Bauru - livros sem texto não convencionais e alternativos, os quais valorizam as imagens, cores, texturas, intervenções gráficas e experimentação de materiais, trazendo às crianças as mais variadas possibilidades de leitura; 2- esboçar metodologicamente a pesquisa em andamento, realizada junto a crianças pré-escolares nas proximidades de Lisboa, Portugal e Bauru, São Paulo. Tal pesquisa desenvolve-se na Universidade do Minho, Braga, Portugal. (Palavras-chave: livros sem texto; design de livros infantis; ilustração de livros infantis)
03. DRIBLANDO AS ARAPUCAS ESCOLARES: A LINGUAGEM DA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA NA ESCOLA Maria Luiza Calim de Carvalho Costa. FAAC/UNESP/Bauru.
O Pólo Bauru-Arte na Escola é um projeto de Formação Continuada através da reflexão permanente sobre a prática docente no contexto escolar, visando a ampliação de repertório em arte e educação através da articulação de teorias e transposições didático-pedagógicas. As ações do Pólo visam proporcionar aos professores o conhecimento de possibilidades de trabalho com textos e imagens, criando percursos narrativos que se desenrolam a partir do repertório do leitor, sua faixa etária etc. O papel do professor como propiciador de trajetos intertextuais, para enriquecer e ampliar as possibilidades de leitura, como propiciador e não como tradutor, levando o aluno a fazer seu próprio trajeto de leitura. Os Grupos de Estudos são compostos por professores da rede pública municipal e estadual, do ensino infantil sem formação em arte e especialistas que trabalham no ensino fundamental I e II e no ensino médio, também participam dos grupos de estudos, alunos de graduação do curso de Artes Plásticas como bolsistas do projeto, bolsa PAE e voluntários.
04. ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL NA LEITURA DE IMAGENS: UM OLHAR SOBRE OS FORMADORES DE LEITORES. Lígia Maria Sciarra Bissoli, UNESP- Rio Claro/SP.
O presente trabalho procurou averiguar a forma como nove professoras de uma escola de educação infantil do Município de Rio Claro interagem com textos compostos somente por imagens. Para tanto, recorreu-se a sessões individuais de leitura de um livro sem texto escrito. A análise dos dados coletados baseou-se nos estudos de Parsons (1994), Tardif (2002), Buoro (2002), Almeida Junior (2000), Rossi (2003) e Smith (1999).Os dados obtidos indicaram que, apesar do predomínio de inferências sobre os indícios e a organização textual, algumas leituras se caracterizaram por descrições fiéis de cena a cena, indicando a influência marcante que as concepções de cunho pedagógico exercem na maneira como as docentes lêem as imagens. Os resultados demonstram a necessidade de inclusão de análises e reflexões sobre as práticas pedagógicas com textos imagéticos na formação docente, as quais devem focalizar o professor também como leitor, e não só como formador de leitores. (Palavras-chave: educação infantil, leitura de imagens, formação de leitores)
05. AS CRIANÇAS NA HISTÓRIA E ALGUMAS HISTÓRIAS DE CRIANÇAS: EM ANÁLISE CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS, Aline Garcia Amaral. Fundação Municipal de Educação de Niterói –RJ, Claudia Colin Garcia Estevão, Fundação Municipal de Educação de Niterói –RJ ,Fernanda Macieira Bortone. Fundação Municipal de Educação de Niterói –RJ, Marta Nidia Varella Gomes Maia. Fundação Municipal de Educação de Niterói –RJ, Michele Corrêa Rodrigues. Fundação Municipal de Educação de Niterói –RJ, Thaís da Costa Motta. Fundação Municipal de Educação de Niterói -RJ.
A Coordenação de Educação Infantil da Fundação Municipal de Educação de Niterói tem buscado proporcionar aos profissionais que atuam com crianças de 0 a 6 anos uma análise crítica sobre as concepções de infância que foram e são produzidas cotidianamente nas escolas. Nas formações realizadas nas unidades de educação e nos seminários temos usado as memórias, textos, filmes, imagens e histórias das infâncias como material de análise e produção de conhecimentos. Este fazer tem contribuído para uma reflexão sobre a construção das práticas educativas e a infância como uma produção histórica e social e a criança como produtora de cultura. O presente trabalho é um relato destas experiências e tentativa de provocar um debate sobre a relação entre as concepções de infância dos profissionais e as práticas educativas por eles engendradas. (Palavras-chaves: memórias,narrativas, história, infância, cultura, formação de professores)

Sessão XVI
Coordenação: Valéria Aparecida D.L.de Resende
Dia:12/07/2007, das 9:00 às 12:00 horas

01. O VARAL DA COMUNICAÇÃO. Susana Lara Gomes de Souza e Silva. Emei "Recanto das Crianças" Campinas - SP.
Esta comunicação tem como objetivo discutir e socializar as várias formas de linguagem que podemos estar diretamente em contato com a criança pequena e construir com ela as diversas formas de comunicação com o mundo de forma prazerosa e lúdica, onde ela se sinta um cidadão participante no processo da construção de sua história, através de desenhos, obras de arte, poesia, músicas, notícias, documentários, conhecendo o que se tem e fazendo a sua... (Palavras Chaves: varal poético, varal de notícias, varal da minha história, varal das músicas, varal das obras de arte)
02. AÇÃO COMPLEMENTAR EM LEITURA E LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Maristela P.dos Santos, SEMED Blumenau.
Esta comunicação tem por objetivo compartilhar uma experiência de formação com educadores da primeira e segunda infância no que se refere ao trabalho com a literatura infantil nas turmas de 0 a 6 anos e o valor da literatura infantil no desenvolvimento desta fase da formação humana com vistas na formação do leitor. Esta formação ocorre pelo terceiro ano consecutivo e nos remete a refletir o valor da formação continuada e em serviço.
03. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ARMADILHA OU SOLUÇÃO? Paula Gadioli Alberto; Luiz Carlos Santana; UNESP-Rio Claro.
Diante do atual quadro de crise ambiental, entendemos que a temática ambiental seja um dos saberes que deve ser agregado à atual formação dos professores de Educação Infantil. Diante disto, trazemos um recorte da pesquisa de mestrado em Educação na UNESP-Rio Claro, concluída em 2007, a respeito das concepções e práticas de Educação Ambiental de professores da Educação Infantil da Área de Proteção Ambiental de Campinas, analisando, dentre outros aspectos, os materiais didáticos e os procedimentos pedagógicos utilizados pelos sujeitos da pesquisa, contribuindo com indicações de como a EA pode ser realizada na EI, respeitando as especificidades de tal faixa etária. (Palavras-chave: Educação Ambiental, Educação Infantil, materiais didáticos)
04. AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS EM EDUCAÇÃO INFANTIL. Glaucí Kuhn Pletsch, FACULDADE UIRAPURU, Sorocaba - SP.
Este universo das linguagens ainda está por ser descoberto e melhor aproveitado pelos educadores. O objetivo desta comunicação é também engajar-se nesta tarefa. Faz-se necessário que os professores criem espaços no cotidiano escolar para observar as crianças e compreendê-las de forma mais ampla a partir de suas manifestações simbólicas e pelo uso das diferentes linguagens, não só as verbais. O trabalho destaca a importância da reflexão docente sobre como selecionar, entre tantas, as linguagens por meio das quais se pode conhecer melhor as crianças e dar-se a conhecer por elas. Acostumados a pensar na linguagem sempre associada a fala, os docentes ainda se surpreendem ao descobrir no desenho, na dramatização, no movimento, nos gestos, nas músicas e no próprio brincar, algumas das maneiras pelas quais as crianças se expressam. Por isso este exercício desafia. (Palavras-chaves: múltiplas linguagens, educação infantil)
05. INFÂNCIA, LINGUAGENS E MARQUESA DE RABICÓ: NO PRINCÍPIO NÃO ERA APENAS O VERBO, Valéria Aparecida Dias Lacerda de Resende. Email: Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia.
Trata-se de um estudo que, a partir da personagem Emília, Marquesa de Rabicó, de Monteiro Lobato, discute a aprendizagem das linguagens pelas crianças no campo das interações sociais desenvolvidas no cotidiano das instituições infantis. Para estabelecer um diálogo instituinte e instituído do processo de aquisição da linguagem verbal por Emília, simbolizada pela a ‘pípula falante’ e pelas crianças de 0 a 3 anos, optou-se pelas contribuições da Psicologia Sócio-histórica e da Sociologia da Infância. As primeiras análises apontam que a busca do entendimento e de produções de sentidos da realidade experiencial pelas crianças e por Emília se constituem na interação das múltiplas linguagens do corpo, das emoções e não apenas da linguagem verbal balizadas pela sociedade. Corrobora-se, portanto, com os princípios da criança como produtora de culturas, que traz no presente a possibilidade de ser múltipla e una nas suas aprendizagens. (Palavras-chaves: Literatura, Psicologia, Sociologia da Infância e Linguagens verbal e não-verbal)

Sessão XVII
Coordenação: Elisandra Godoi
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

01. ESTIMULANDO TODOS OS SENTIDOS DE 0 A 6 ANOS. Adriana Aparecida Noronha Schiavo, CEMEI “Maria Aparecida Vilela Gomes Júlio”, Campinas-SP e Cristiane Mario Escamilhas Ribó, CEMEI “Lions Club”, Campinas-SP.
Ensinar e educar configura atender todas as crianças, sem qualquer diferença, é ir além do ler e escrever, é estimular todos os seus sentidos, com uma prática pedagógica baseada em atividades e avaliações que respeitam a sua história de vida, seu ritmo e seu desenvolvimento, pois cada ser humano é um ser único. Os estímulos nos primeiros anos do crescimento e do desenvolvimento infantil são decisivos e fundamentais para sua formação e personalidade. Por isso, nossa proposta está voltada para a interação, o prazer, o lúdico e principalmente a rotina e o estímulo de todos os sentidos, os quais trabalham nas crianças enriquecimento dos conhecimentos, a socialização e a formação de hábitos, valores e atitudes. Devemos estar sempre ressignificando nossa postura profissional e compreender que educador e educando estão em constante aprendizagem. (Palavras-chaves: estímulos, interação, aprendizagem, rotina, lúdico, criatividade, ações e posturas profissionais)
02. ERA UMA VEZ... QUERO CONTAR OUTRA VEZ! Meigue Alves dos Santos, Centro de Convivência Infantil – CECI Unicamp/ AFPU, Maria de Fátima Moraes e Benedita de Lourdes Motta, Centro de Convivência Infantil – CECI Unicamp/ AFPU.
Esse projeto de atividades foi e está sendo realizado com crianças de três e meio anos em no Centro de Convivência Infantil – CECI Unicamp, de dois grupos, entre os anos de 2006 e 2007, e tem envolvido os familiares, e alguns outros profissionais de educação. Visa o levantamento, o compartilhamento e o resgate do repertório de estórias folclóricas e populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos através de gerações, pelos familiares parte dos familiares às crianças, e para que os vários modos de releitura das crianças e expressão das várias linguagens infantis seja expressa. As metodologias usadas foram a “Contação” de Estórias tanto por parte dos familiares das crianças, como por elas mesmas, a que suscitaram outros meios, tais como:. trabalho com situações lógicas, pesquisas, jogos; uso da sala de leitura, relatos e discussões, dramatizações, DVD's de estórias folclóricas. murais, gravação de vídeos das histórias contadas pelos familiares, danças e registros diversos ( desenhos, colagens...). (Palavras Chave: estórias populares, releitura, re-contar)
03. UM DIÁLOGO COM AS FAMÍLIAS: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA, Márcia Aparecida Pereira da Silva Pinheiro, Creche Área de Saúde – Unicamp e Grupo AULA – Faculdade de Educação - Unicamp.
Este texto apresenta algumas narrativas realizadas a partir da pesquisa de mestrado realizada por mim e trata da formação em serviço das educadoras de duas creches do município de Campinas e as conversas com as mães que utilizam as creches, foram os fios condutores do estudo. As profissionais das creches tiveram o registro suas histórias de vida através da escuta de suas narrativas, cedidas em entrevistas. As conversas com as responsáveis pelas crianças foram registradas no diário de campo utilizado pela pesquisadora. Ao confrontar os dizeres das famílias em ambas as instituições, vale ressaltar que elas desconhecem o que ocorre nos momentos em que as instituições têm expediente suspenso para realizar a formação em serviço das educadoras. (Palavra chave: educação infantil, formação profissional, narrativa)
04. ESTIMULANDO TODOS OS SENTIDOS DE 0 A 6 ANOS. Adriana Ap. Noronha Schiavo, CEMEI "Maria Aparecida Vilela Gomes Júlio", Campinas-SP e Cristiane Mario Escamilhas Ribó, CEMEI "Lions Club", Campinas-SP.
Ensinar e educar configura atender a todas as crianças, sem qualquer diferença, é ir além do ler e escrever, é estimular todos os seus sentidos, com uma prática pedagógica baseada em atividades e avaliações que respeitam a sua história de vida, seu ritmo e seu desenvolvimento, pois cada ser humano é um ser único. Os estímulos, nos primeiros anos do crescimento e do desenvolvimento infantil são decisivos e fundamentais para sua formação e personalidade. Por isso, nossa proposta está voltada para a interação, o prazer, o lúdico e principalmente a rotina e o estímulo de todos os sentidos, os quais trabalham nas crianças o enriquecimento dos conhecimentos, a socialização e a formação de hábitos, valores e atitudes. Devemos estar sempre reavaliando nossa postura profissional e compreender que educador e educando estão em constante aprendizagem. (Palavras-chave:estímulos, interação, aprendizagem, rotina, lúdico, criatividade, ações e posturas profissionais)
05. ERA UMA VEZ... DUAS E TRÊS... POSSIBILIDADES DE LER/CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Aline Tatiana Ribeiro, Escola de Educação Infantil “Casa da Gente” Campinas-SP.
Esta comunicação visa compartilhar experiências de leitura e contação de histórias com crianças de 2 a 3 anos em uma Escola de Educação Infantil da rede particular de Campinas, relatando o processo de constituição da criança enquanto leitora. Busca também discutir as possibilidades de interação, desenvolvimento e ampliação da linguagem oral nesta faixa etária, possibilitada pela prática da leitura das histórias, em roda, por meio de diversas estratégias. (Palavras chaves: linguagem oral, histórias infantis, práticas de leitura)
06. RAZÃO E SENSIBILIDADE: AS ARMADILHAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Sílvia A. Rodrigues; Gilza M. Zauhy Garms. Programa de Pós-Graduação em Educação – FCT-UNESP de Presidente Prudente-SP
Este trabalho de pesquisa em desenvolvimento versa sobre a questão da afetividade no ambiente escolar como sendo um dos desafios no trabalho dos profissionais da educação infantil. Tem como objetivo geral identificar dificuldades enfrentadas por profissionais de educação infantil com relação à prática pedagógica, em específico no que diz respeito às relações afetivo-emocionais entre adultos e crianças. A hipótese levantada é a de que a contagiosidade (conceito walloniano que define a qualidade das interações entre os sujeitos como frutos de uma reação influenciada diretamente pela disposição emocional do outro) se configura como fator decisivo na dinâmica das relações interpessoais. Para tanto, está em andamento acompanhamento de caráter etnográfico em duas escolas de educação infantil de Presidente Prudente. O tratamento dos dados, pautado na busca da compreensão abrangente dos problemas surgidos, em contextos restritos e amplos, tenta desvendar os fenômenos que determinam sua manifestação. O referencial teórico fundamenta-se na teoria walloniana, considerando-se ainda os trabalhos das linhas vygotskyana e freudiana. (Palavras-chave: educação infantil, relações interpessoais, contagiosidade)

Sessão XVIII
Coordenação: Maria Cristina de Campos Pires
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

01. A MÚSICA COMO LINGUAGEM E MANIFESTAÇÃO DA PEQUENA INFÂNCIA. Maria Cristina de Campos Pires, São Paulo/SP.-
Esta comunicação visa apresentar o estudo de experiências sonoras das crianças pequenininhas, entre 0 e 3 anos de idade, que freqüentam creche pública. Reflete sobre a música como linguagem e manifestação da criança pequenininha .Apresenta uma bibliografia italiana em que os estudiosos da infância destacam a temática da música e a criança pequenininha, durante as atividades do dia-a-dia no CEI, trazendo a importância do contato das crianças com diferentes formas musicais, para uma boa escuta e produção de culturas infantis e o reconhecimento do ambiente onde vivem. (Palavras-chave: Criança pequenininha; Creche; Música; Paisagem sonora)
02. O Conto Sonoro, uma forma de explorar a escrita musical. Renata de Oliveira Pavaneli Frederico, Escola de Educação Infantil Casa da Gente Campinas-SP.
Esta comunicação apresenta um trabalho desenvolvido em uma escola de educação infantil, com crianças de 6 anos de idade, dentro das aulas de educação musical. Intitulado de “Conto Sonoro” teve como objetivo levar as crianças a construírem uma notação para os sons existentes na história dos Três Porquinhos. Partindo da observação das diferenças entre a escrita alfabética e a escrita musical, as crianças elaboraram suas próprias hipóteses de representação gráfica dos sons montando uma partitura a partir dos símbolos que criaram. Os resultados obtidos com o trabalho enfatizaram a importância da criança conhecer outras formas de comunicação no período da educação infantil, neste caso a linguagem musical e a sua notação. (Palavras-chave: escrita musical, histórias infantis, conto sonoro)
03. AS BRINCADEIRAS E AS LINGUAGENS DA CRIANÇA NA PROPOSTA DE JARDIM DE INFÂNCIA DE RUI BARBOSA (1883). Jaqueline Delgado Paschoal. Universidade Estadual de Londrina-UEL. Londrina, PR e Maria Cristina Gomes MachadoUniversidade Estadual de Maringá-UEM. Maringá, PR.
O presente estudo tem como objetivo apresentar a contribuição do pensamento de Rui Barbosa para a educação infantil. Justifica-se a intenção da pesquisa por considerar que esse já em fins do século XIX enfatizava que os jardins de infância (termo utilizado na época) deveria se preocupar não só com os cuidados das crianças, mas educá-las no sentido de possibilitar-lhes o seu desenvolvimento pleno. Rui Barbosa preconizava que a organização do trabalho pedagógico na escola deveria ser desenvolvida por meio de atividades de canto e movimento, brincadeiras e atividades livres. Como resultado parcial desse estudo, verifica-se a contemporaneidade do pensamento desse autor para a educação da criança, já que o mesmo defendeu a relevância das brincadeiras para o enriquecimento de suas muitas linguagens. (Palavras-chave: Educação Infantil, Pensamento Pedagógico de Rui Barbosa, Brincadeiras)
04. A MÚSICA NA PRIMEIRA INFÂNCIA. Elaine Ferraresi Serediuk, EMEI “Fadinha Azul” (SME) Campinas-SP.
A preocupação de sistematizar a prática musical que acontece nas escolas de primeira infância, motivou a construção de um Projeto (Hernandez 1998, Barbosa 2000, Jolibert,1994) anual denominado “Registrando as Músicas que Cantamos”,cujo objetivo foi resgatar músicas, parlendas e cantigas do contexto social e educativo das crianças de 4 e 5 anos. Como a tônica do trabalho pedagógico realizado foi possibilitar um ambiente de descoberta a partir do fazer musical, da exploração de diferentes sons e versões cantadas, percepção auditiva e reprodução da voz o envolvimento das crianças com esta forma de linguagem sonora foi intenso. Não havia como negar a ligação afetiva com o novo conhecimento a medida que tornavam-se, aos olhos das crianças, atividades significativas, pois entendiam o “para que” produzir, compor e pensar em música (Lino 2002, Craidy & Kaercher 2001). Acredito que este tenha sido o real sentido do trabalho realizado.
05 - A Música nos Anos Iniciais da Escolarização: uma Proposta para a Formação e Atuação do Professor não Especialista - Silvia Cordeiro Nassif Schroeder, USP - Ribeirão Preto - SP
A música, embora uma linguagem presente no contexto da escolarização inicial, freqüentemente tem sido abordada de uma maneira meramente ornamental, seja porque os professores desconhecem o seu potencial educativo, seja porque não se sentem preparados para uma abordagem mais propriamente musical. Neste estudo, é apresentada uma proposta de trabalho com música na escola que, por um lado, possa ser realizada por professores não especialistas e, por outro, seja musicalmente significativa. Partindo das identidades (traços e modos de ação) entre o jogo e a música, propõe-se um caminho metodológico que toma como ponto de partida jogos e brincadeiras, possibilitando, dessa forma, uma incorporação espontânea de valores estético-musicais, sem os quais o caráter educacional da música fica comprometido. (Palavras-chaves: linguagem musical; formação do professor; jogos e brincadeiras)