III Seminário "Educação Matemática"

SESSÃO I
Coordenação: Antonio Vicente Guarnica
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - A Construção de Idéias Estatísticas na Educação Infantil. Antonio Carlos de Souza, EE “Profa. Maria Elisa de Azevedo Cintra” e EMEIF “Vereador Antonio Martins” Suzano-SP. Celi Aparecida Espasandin Lopes, Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL/SP.
Neste trabalho apresentamos uma atividade relacionada ao ensino e a aprendizagem de Estatística, parte de nosso projeto de pesquisa de mestrado (em andamento) desenvolvido com a participação de 17 alunos de uma escola da rede municipal de educação da cidade de Suzano-SP. Desenvolvemos uma pesquisa com abordagem qualitativa e construímos os dados a partir da aplicação de um questionário, da observação e intervenção no desenvolvimento das atividades relacionadas a um projeto estatístico sobre uma temática escolhida pelas crianças. O referencial teórico centra-se nos trabalhos de Batanero, Garfield e Lopes. Da análise inicial evidencia-se uma ruptura com as crenças de que crianças em idade pré-escolar não têm condições de construir conceitos relacionados à Estatística. Palavras-chave: Estatística, Educação Infantil, ensino e aprendizagem.
2 - O Registro da criança possibilitando reflexões a partir de Resoluções de Problemas de Matemática na Educação Infantil. Luana Toricelli; Regina Célia Grando. Universidade São Francisco, Itatiba – SP.
Essa comunicação oral é parte da pesquisa desenvolvida juntamente ao Programa de Iniciação Científica da Universidade São Francisco, desenvolvida no segundo semestre de 2005, realizada em um grupo de formação continuada da Educação Infantil em Matemática, com o objetivo de investigar como as professoras refletem e produzem saberes sobre o ensino de Matemática na Educação Infantil a partir das análises dos registros produzidos pelas crianças na elaboração e resolução de problemas em Matemática. Para tanto buscou: (1) analisar o processo de elaboração; aplicação e sistematização dos problemas matemáticos pelas educadoras da infância; (2) investigar as (re) significações quanto à Matemática e seu ensino pelas educadoras da infância, no processo de análise dos registros produzidos pelas crianças da resolução dos problemas. Palavras–chave: Educação Matemática; Educação Infantil; Resolução de Problemas.
3 - Processos reflexivos sobre o aprender a ensinar Matemática: possibilidades formativas dos portfólios de alunos de Pedagogia. Rute Cristina Domingos da Palma. Doutoranda em Educação UNICAMP, Docente da UFMT; Anna Regina Lanner de Moura, Docente da FE/UNICAMP.
Esta pesquisa analisa portfólios produzidos por um grupo de trinta e seis alunos na disciplina de Matemática e Metodologia do Ensino do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, ministrada no segundo semestre de 2006, com o propósito de investigar as possibilidades formativas desses portfólios tendo como enfoque os processos reflexivos sobre o aprender e aprender a ensinar matemática (Moura, 2001). A elaboração dos portfólios visa evidenciar, sobretudo o movimento e o fluir dos processos dos alunos durante a disciplina (Sá-Chaves, 2000). A análise das narrativas dos portfólios evidencia a mobilização e elaboração de conhecimentos profissionais, dilemas, dificuldades e reflexões sobre o aprender e aprender a ensinar matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Palavras-chave: portfólios, narrativas, aprendizagem da docência, educação matemática.
4 - Histórias e representações gráficas: uma possibilidade para ensinar matemática. Gilvan Luiz Machado Costa - Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul; Roberta Nunes Felisbino - Secretaria Municipal de Educação de Jaguaruna.
A pesquisa teve como objetivo investigar as possibilidades que se abrem às aulas de matemática nas séries inicias do ensino fundamental com a atividade de aprendizagem enquanto possibilidade de organizar a prática pedagógica. Aborda-se o movimento de uma professora da 3ª e 4ª séries, que buscou resgatar com as crianças suas próprias histórias. Este “conhecer” foi facilitado pela estatística via leitura e interpretação de tabelas e gráficos. Entende-se que a opção metodológica se aproxima da pesquisa qualitativa do tipo pesquisa-ação, considerando que a professora desempenhou também o papel de pesquisadora. A pesquisa aponta que o ensino de Matemática nas séries iniciais pode ser potencializado quando incorpora a ludicidade e a contextualização, objetivando superar uma prática secular que privilegiou o "resolva as operações". Palavras-chave: tendências pedagógicas; ensino de matemática; atividade de aprendizagem.
5 - Os números na Educação Infantil: uma proposta de utilização de tarefas de investigação matemática. Débora Lana - Colégio Objetivo -Nova Odessa; Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid - PUC-Campinas.
O presente trabalho estuda a utilização de tarefas de investigação matemática em sala de educação infantil. Foi feito levantamento sobre tarefas de investigação, bem como estudo sobre Educação Infantil e a potencialidade das crianças inseridas nesse contexto e ainda acerca da inserção das tarefas exploratório investigativas nesse ambiente. O estudo também aborda a compreensão das ações do professor e as possibilidades de utilização de tarefas de investigação na Educação Infantil. O trabalho foi realizado em sala com crianças de 5 anos abordando os números e sua representação, a partir de tarefas exploratório-investigativas como instrumento pedagógico que permite às crianças ampliarem as possibilidades de reconhecerem os números e sua quantidade representativa. Palavras-Chave: investigação matemática; educação infantil; número; quantidade.
6 - O ensino de matemática na infância: contribuições para o processo de aprendizagem docente. Adriana Ofretório de Oliveira Martin, FFCLRP/USP.
A presente pesquisa está vinculada ao projeto de matemática intitulado “Formação de Educadores de Infância: um percurso pela Matemática. Correspondendo Brasil e Portugal” desenvolvido em uma creche universitária na cidade de Ribeirão Preto, tendo como objetivo a formulação de uma proposta curricular de matemática para a infância. Nosso olhar neste contexto, voltou-se para o estudo da unidade entre teoria e prática docente, buscando percebe-la em momentos coletivos de formação, no movimento de elaboração, análise e síntese da Atividades Orientadora de Ensino (MOURA,1996). A elaboração da proposta curricular permitiu entre os educadores a reconstrução do olhar sobre a linguagem matemática, um olhar que supera a idéia de imediaticidade de resultados para uma concepção de construção de significados, em uma perspectiva histórica- cultural de elaboração do conhecimento humano (LEONTIEV,s/d). Palavras-chave: educação infantil, teoria e prática docente, atividade orientadora de ensino, educação matemática.

SESSÃO II
Coordenação: Ana Cristina Ferreira
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - Literatura infantil e matemática: um diálogo lúdico e possível. Renata Viviane Raffa Rodrigues, Silvana Ferreira de Souza, EMEF ”Jair Luiz da Silva” – Junqueirópolis/SP e UNESP- Presidente Prudente-SP.
A presente comunicação visa compartilhar a experiência realizada em uma 3ª série do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Junqueirópolis, que visava utilizar a literatura infantil como instrumento mediador para o ensino da Matemática, considerando Gómez-Granell (1985). A partir da leitura do livro de Literatura Infantil intitulado “Espaguete e almôndegas para todos!”, de Marilyn Burns (1999), que possuí conteúdos matemáticos, foi elaborada uma proposta de aplicação para o Ensino Fundamental. Este livro aborda diversos conceitos e operações matemáticas em situações divertidas de uma reunião familiar. Nossos objetivos eram: aproximar a matemática do cotidiano; analisar as estratégias dos alunos para resolução dos problemas; despertar a curiosidade e interesse dos alunos por meio da literatura infantil e levar a criança a descobrir conceitos como área, perímetro e as operações envolvidas neste processo como multiplicação e adição, segundo a abordagem de Lima e Moisés (1998). Palavras-chave: Matemática, Literatura Infantil, Ensino Fundamental.
2 - A problematização em Matemática através de Histórias Infantis: Compartilhamento de Experiências de Educadoras da Infância. Edilaine Rodrigues de Aguiar; Regina Célia Grando. Universidade São Francisco – Itatiba (Apoio PROBAIC).
A presente pesquisa buscou investigar como as professoras refletem e produzem saberes sobre o ensino de Matemática na Educação Infantil a partir das análises dos registros produzidos pelas crianças na elaboração e resolução de problemas em Matemática a partir de histórias infantis. Teve como objetivos: (1) analisar o processo de elaboração, aplicação e sistematização dos problemas matemáticos pelas educadoras da infância; (2) investigar as (re) significações quanto à matemática e seu ensino pelas educadoras da infância, no processo de análise dos registros produzidos pelas crianças da resolução dos problemas. A pesquisa foi desenvolvida em uma abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada a partir do acompanhamento da pesquisadora e sua orientadora das atividades desenvolvidas em um grupo colaborativo de educadoras da infância, e através registros áudiogravados dos momentos de reflexão sobre as atividades realizadas com as crianças; diário de campo da pesquisadora e entrevista coletiva. As reflexões das professoras sobre a resolução de problemas de matemática na Educação Infantil no encerramento desta pesquisa, evidenciou uma (re)significação da própria natureza do conhecimento matemático, como também dos processos envolvidos na resolução das situações-problemas, a partir de histórias infantis. Tais aspectos possibilitaram às professoras mudarem “seus olhares” sobre a resolução de problemas na educação infantil. Palavras-Chave: Resolução de Problemas, Histórias Infantis, Matemática.
3 - Contando Histórias na Educação Infantil na Perspectiva da Resolução de Problemas. Débora de Oliveira Andrade; Regina Célia Grando. Universidade São Francisco-Itatiba/SP.
Este artigo é um recorte da pesquisa que buscou investigar as potencialidades pedagógicas das histórias virtuais do conceito na perspectiva da resolução de problemas nas aulas de matemática. Histórias virtuais são entendidas como lendas, mitos, contos ou histórias da matemática que desencadeiam a produção/mobilização de conceitos a partir da resolução de problemas (MOURA, 1996). A análise dos dados, realizada em uma perspectiva histórico-cultural da teoria da atividade, possibilitou evidenciar os seguintes aspectos potencializadores: o processo de resolução de problemas, a comunicação de idéias, o registro textual e/ou pictórico das estratégias, a produção/mobilização de conceitos matemáticos e o compartilhamento de significados e sentidos. Palavras-chave: Contando Histórias; Educação Infantil; Resolução de Problemas; Aulas de Matemática.
4 - Quando a história da matemática passa a ser metodologia de ensino. Maria do Carmo de Sousa, Departamento de Metodologia de Ensino – UFSCar. São Carlos/SP.
Esta comunicação visa apresentar parte da pesquisa que estamos desenvolvendo. Ao propormos uma Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepe), que discute a possibilidade da História da Matemática (Eves, 1997; Boyer, 1974) ser Metodologia de Ensino, os professores têm oportunidade de: vivenciar, pesquisar, analisar, elaborar e aplicar, em suas turmas, atividades de ensino (Moura, 2001; Lanner de Moura et al, 2003), com enfoque lógico-histórico (Kopnin, 1978). Entendemos que a História da Matemática na sala de aula e, particularmente, em atividades de ensino, tem como principal função auxiliar o pensamento daquele que ensina e daquele que aprende a movimentar-se no sentido de resolver problemas, a partir de definibilidades próprias do conceito. Aqui, a história assume o papel de elo de ligação entre a causalidade dos fatos e a possibilidade de criação de novas definibilidades do conceito, que permitam compreender a realidade estudada. Palavras-chave: Atividades de Ensino, História da Matemática, Metodologia de Ensino.
5 - Comunicando Matemática: uma análise do pensamento matemático em registros escritos dos alunos. Claudia Neves do M. F. de Lima, EE ”Profa.Maria José Moraes Sales” Bragança Pta-SP e Faculdade Chafic-SP.
Esta comunicação tem por objetivo trazer para a discussão uma análise dos registros escritos de alunos de 1ª e 3ª séries do ensino médio de duas escolas públicas de SP, obtidos em aulas com uso de tarefas exploratório-investigativas. As análises foram permeadas por (Christiansen e Walther, 1986; Carvalho, 2005; Fonseca,2000, Pirie,1987, Santos,2005 e Ponte et al, 2005) que contribuíram para compreensão e reflexão do pensamento matemático desenvolvido nas tarefas.Este trabalho faz parte da pesquisa apresentada na dissertação da autora(lLima, 2006), que apresenta resultados significativos para a solicialização neste evento. Palavras-chave: Pensamento Matemático, Registros escritos, Tarefas exploratório-investigativas.
6 - Os diversos discursos no processo de interação na sala de aula de matemática. Flávia Trópia Barreto de Andrade Fadel; Márcia Maria Fusaro Pinto – UFMG.
A presente comunicação tem por objetivo apresentar pesquisa, ainda em andamento, sobre os diversos discursos existentes na sala de aula de matemática. Através da observação da interação professor-aluno-matemática, investigamos as variações dos discursos e sua interferência no processo de ensino-aprendizagem de matemática, em salas de aula de alunos de diferentes níveis sócio-econômicos. No desenvolvimento da investigação, estamos nos referenciando nos trabalhos de Bourdieu, Bakhtin e Magda Soares para dar suporte à discussão no campo da sociologia, da sociolingüística e em questões que envolvem linguagem e escola. Apesar de não estar concluído, este trabalho já possui alguns resultados interessantes para serem apresentados. Palavras-chave: matemática, linguagem/discurso, sala de aula, aprendizagem.

SESSÃO III
Coordenação: Edda Curi
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - Apropriação do Termo Alfabetização no Ensino de Ciências. Alexander Montero Cunha, Mestrando em Educação, Ciência e Tecnologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Daniele Gualtieri Rodrigues, Mestranda em Teoria Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Dirceu da Silva, Professor Doutor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Na atual literatura do Ensino de Ciências é possível identificar pelo menos dois significados distintos para o termo Alfabetização Científica advindos de um enfoque econômico e outro social. Neste trabalho procuramos contextualizar a apropriação deste termo segundo a concepção e os objetivos que se tem para o Ensino de Ciências e o comparamos com as pretensões de sua área de origem, a lingüística aplicada. Pretendeu-se, desta forma, relacionar como os atores envolvidos nesta apropriação se legitimam perante seus pares e a sociedade. Por fim, num enfoque CTS, expomos os valores dominantes na nossa sociedade atual e suas relações com a ciência e a tecnologia. Palavras-chave: Alfabetização Científica; CTS.
2 - Uma análise da proposta de ensino aprendizagem das noções de perímetros e área segundo os níveis de conhecimento esperados dos estudantes. Cíntia Ap. Bento dos Santos. Marlene Alves Dias. UNICSUL – SP.
A presente comunicação visa apresentar um estudo sobre a importância do estudo das noções de perímetro e área para os estudantes do ensino fundamental, levando em consideração a relação institucional existente e, conseqüentemente, analisando o nível de conhecimento esperado dos estudantes, no final das diferentes etapas da escolaridade, por meio das avaliações propostas pelos órgãos superiores. Este estudo se faz com base na abordagem teórica sobre níveis de conhecimento esperados dos estudantes segundo definição de Robert (1997) e na expectativa de que uma proposta de diferentes tarefas onde os três níveis são trabalhados de forma articulada e flexível possa permitir que os estudantes tenham acesso a uma aprendizagem significativa no sentido de Ausubel (1968). Para isto, o estudo proposto é feito via análise das propostas para o ensino de perímetro e área via Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) e das questões do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP, 2005), na tentativa de estabelecer quais os níveis de conhecimento esperados dos estudantes em relação a este conteúdo matemático e quais as orientações dadas aos professores para que possam desenvolver essas noções visando uma aprendizagem significativa. Considera-se que esse conteúdo matemático pode ser trabalhado em diferentes níveis, dependendo dos conhecimentos prévios dos estudantes e que permite ainda diversas aplicações que fazem parte do cotidiano e que podem ser exploradas na tentativa de levar os estudantes a desenvolver tarefas escolares e não escolares onde existe a necessidade de aplicação das noções de perímetro e área. Palavras-chave: níveis de conhecimento, aprendizagem significativa, perímetro e área.
3 - Tendências no ensino de geometria: um olhar para os anais dos encontros paulista de Educação Matemática. Reginaldo Fernando Carneiro PPGE/UFSCar, Tatiane Déchen PPGE/UFSCar.
Este trabalho apresenta um levantamento realizado nos Anais dos Encontros Paulista de Educação Matemática (EPEM) com o objetivo de identificar e analisar as tendências no ensino de Geometria. Os 117 trabalhos sobre a Geometria encontrados nos EPEM foram agrupados em cinco categorias: o ensino de Geometria na perspectiva empírico-ativista; na perspectiva das provas e argumentações ou refutações; na perspectiva de seus fundamentos teórico-epistemológicos; Ambientes Computacionais e Formação de Professores. A análise dos dados evidenciou um decréscimo do número de trabalhos nos últimos EPEMs; o pequeno número de trabalhos na categoria Formação de Professores e os poucos trabalhos nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Palavras-chave: ensino de geometria, perspectiva empírico-ativista, ambientes computacionais, fundamentos teórico-epistemológicos.
4 - Laboratório de ensino de matemática na atuação e na formação inicial de professores de matemática. Cármen Lúcia Brancaglion Passos/DME/UFSCar; Renata Prenstteter Gama/DME/UFSCar/UNICAMP; Maria Aparecida Coelho/ DME/UFSCar/ UNICAMP. Apoio: Finep/MCT
Este trabalho apresenta reflexões sobre a importância de recursos didáticos na formação do professor de matemática a partir de uma investigação desenvolvida com alunos de quatro turmas disciplina de Estágio do curso de Matemática. A análise considerou textos produzidos pelos alunos sobre a concepção de Laboratório de Ensino de Matemática, fichas de trabalho para recursos didáticos elaboradas por eles e os diários reflexivos das aulas regidas utilizando o LEM. A concepção inicial dos estudantes sobre o LEM aproximava-se da idéia deste ser um local com objetos reais que têm aplicação no dia-a-dia das aulas de matemática, usados para representar uma idéia, caracterizando-os pelo envolvimento físico dos alunos numa situação de aprendizagem ativa. Essa concepção foi se transformando ao longo da disciplina, passaram a entender a necessidade de haver um cuidado especial quando se pretende fazer uso de recursos. Palavras-chave: laboratório de ensino de matemática, formação inicial de professores, recursos didáticos.
5 - Entendendo o conceito de área, a partir de uma desigualdade social. Paulo Roberto Francisco. Mestrando da USF – campus Itatiba - São Paulo.
Esta comunicação visa compartilhar uma experiência com os alunos da primeira série do ensino médio da ESCOLA CENTRO EDUCACIONAL DAS AMÉRICAS, situada na Av. das Américas 17001-bairro Recreio dos Bandeirantes -RJ. Em novembro de 2006, durante a feira cultural, evento anual da escola, um grupo de alunos da primeira série do Ensino Médio, escolheu como tema de trabalho referente aos conteúdos de Matemática, a desigualdade social, analisada no aspecto de moradia. O grupo comparou uma planta de arquitetura de um apto de luxo, habitado por um casal e 3 filhos, que chamaremos de planta número 01, com uma planta de uma casa simples num bairro da periferia, habitado por um casal e 4 filhos, planta esta que chamaremos de planta número 02. Após calcular a área dos dois imóveis, os alunos compararam a área mínima por morador de cada imóvel. Nesta experiência, os alunos identificaram o conceito de área, partindo comparando a ocupação por metro quadrado de cada planta. Palavras-chave: Ensino Médio; Educação Matemática; Área; Grandezas e Medidas.
6 – O processo de resolução de problemas no projeto folhas: algumas reflexões. Sandra Cristina Torres Fernandes da Silva. Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí, e Carmem Lúcia Dionísio Rocha Navasconi, Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
A resolução de problemas tem sido amplamente indicada como possibilidade metodológica para o ensino de matemática. Este trabalho pressupõe que a formação para o exercício da cidadania é a meta maior das práticas educacionais em todas as disciplinas escolares. Levando em conta os pressupostos teóricos da Educação Matemática, procura-se verificar de que forma as atividades de resolução de problemas propostas nas unidades didáticas produzidas pelos professores do Ensino Médio da rede estadual do Paraná, no âmbito do Projeto Folhas, programa de formação continuada proposto aos professores daquela rede, contribuem ou não para o desenvolvimento pleno dos alunos-cidadãos a quem se destina tal material. Palavras-Chave: Resolução de problemas, Ensino Médio, Projeto Folhas, Paraná.

SESSÃO IV
Coordenação: Maria Teresa Menezes Freitas
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - Formação Continuada em Educação Matemática: Desafios E Perspectivas. Karina Perez Guimarães. União das Escolas do Grupo FAIMI de Educação – UniFAIMI.
O trabalho tem por objetivo discutir e refletir sobre uma experiência em Formação Continuada em Educação Matemática que vem sendo realizada com professores de Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental que atuam em escolas municipais no interior de São Paulo. Tendo como aporte teórico a teoria construtivista de Jean Piaget, os professores estudam, aplicam, relatam e socializam suas reflexões de práticas metodológicas que valorizam a construção do conhecimento matemático pela criança por meio de jogos de regras e materiais concretos. A experiência tem trazido valiosas contribuições e resultados tanto para as crianças quanto para os professores, valorizando a aprendizagem da matemática como compreensão em detrimento da memorização.
2 – A formação para o ensino da matemática nos currículos de pedagogia do Estado de São Paulo: características e abordagens. Anna Regina Lanner de Moura, Faculdade de Educação-UNICAMP. Fabio Dieusis Batista, aluno do Curso de Pedagogia-UNICAMP.
Esta pesquisa pretende realizar um estudo sobre as características e os fundamentos da formação para o ensino da matemática nos cursos de pedagogia do estado de São Paulo. Tem por objetivos: O levantamento da totalidade dos cursos de pedagogia do estado, as finalidades e características das instituições que os abrigam, a ocorrência da formação para o ensino de matemática nos currículos desses cursos, os objetivos e abordagens de formação expressos nas ementas que se referem a essa formação. O referencial teórico para a análise das informações obtidas das ementas terá por base os pressupostos de formação das diretrizes curriculares para os cursos de pedagogia, as propostas curriculares nacionais para o ensino fundamental de matemática bem como os dados do SARESP sobre o rendimento de matemática dos alunos das séries iniciais e a literatura sobre a formação inicial para o ensino fundamental e ensino de matemática.
Palavras-chave: formação inicial, cursos de pedagogia, ensino de matemática
3 – O estágio supervisionado e a produção de significados dos futuros professores de matemática. Maria Aparecida Vilela Mendonça Pinto Coelho, UFSCar/UNICAMP.
Esta comunicação se propõe a compreender os significados produzidos por futuros professores de Matemática sobre a prática escolar durante as atividades de estágio supervisionado. Trata-se de um estudo de caso da experiência de três alunos que realizaram o estágio de observação e regência de aulas como parceiros. O material para a análise foi coletado dos diários de estágio, dos relatórios da disciplina e dos registros escritos dos debates em sala de aula. As significações produzidas pelos alunos nos apontam para a importância da mediação realizada pelos professores formadores e pela teoria, bem como da colaboração dos professores das escolas, para que a experiência de estágio seja realmente formadora e prepare de modo significativo o futuro professor para enfrentar com tranqüilidade os primeiros anos de docência. Palavras-chave: Estágio Supervisionado, Licenciatura em Matemática, Significações.
4 – Narrando e desenvolvendo-se profissionalmente. Maria da Graça Torres Bagne. Secretaria Municipal de Educação – Jundiaí/SP.
Esta comunicação visa compartilhar uma experiência vivenciada em um grupo de estudos e pesquisas sobre Geometria e que adotou as narrativas como estratégia de formação. O processo consistiu de produção de narrativas, leitura e análise reflexiva das mesmas, mediado pelo compartilhamento no grupo e por leituras e reflexões teóricas de: Walter Benjamin; Connelly e Clandinin; Bruner; Bakhtin; Larrosa; Soligo e Prado, entre outros. As produções se deram no contexto de sala de aula – com alunos da 2a série do ensino fundamental. As narrativas produzidas evidenciaram que a intenção de ressignificar a própria prática a partir da participação no grupo e do apaixonar-se pelo que faz, é potencializadora da formação continuada, sendo que esse processo, não tem limites quando se privilegia o trabalho compartilhado. Palavras-chave: narrativas, formação, experiência, desenvolvimento profissional, trabalho compartilhado, aprendizagem.
5 - Formação continua de professores do ensino fundamental. Valdete Aparecida do Amaral Miné. Secretaria de Educação de Atibaia/GdS-FE/Unicamp. Atibaia-SP.
Este trabalho trata da experiência com a Formação Continua de Professores de 1ª a 4ª séries e a partir desse ano, com o Ano Introdutório. O livro de Powell e Bairral e as discussões e reflexão (GdS-Grupo de Sábado) acerca de cada capítulo pude perceber a relevância da escrita para a aprendizagem em matemática. Destaca-se, para essa apresentação, a escrita matemática e as atividades significativas nas aulas de matemática. Palavras-chave: formação; escrita matemática; atividades significativas.

SESSÃO V
Coordenação: Adair Mendes Nacarato
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - A escrita de diários em aulas de matemática: espaço de formação e aprendizagem. Regina Célia Mussi Pontes, Ce 356 SESI Amparo, SP.
Há algum tempo, pensar em leitura e escrita na escola era pensar em aulas de Língua Portuguesa, pois este sempre foi o espaço formal para se exercitar tais habilidades do conhecimento. Hoje a preocupação em formar alunos que sejam bons produtores de textos em toda área de conhecimento está sendo discutida pela prática do letramento e da interdisciplinaridade. Nesse contexto essa comunicação pretende compartilhar a experiência da escrita em aulas de Matemática através de Diários escritos pelos alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental demonstrando uma nova prática que revelou muito acerca do conhecimento do aluno sobre a matemática e surpreendentemente sobre a prática docente. A escrita em aulas de Matemática não é uma prática comum, pois esta disciplina sempre teve uma linguagem própria onde predominam a simbologia e a valorização de respostas únicas, de resultados rápidos. Através de registros, relatos e poesias, os alunos demonstram autonomia, criatividade e aprendizagem de conceitos matemáticos, bem como uma maneira expressiva de lidar com o conhecimento. O trabalho também apresenta contribuições para a formação do professor quando proporciona uma reflexão crítica sobre o texto produzido pelo aluno vinculada a postura didático-pedagógica. Palavras-chave: educação matemática, diários, escrita, formação do professor.
2 – As narrativas como estratégias de formação. Denise F. B. Marquesin – Secretaria Municipal de Educação de Jundiaí/SP. Adair Mendes Nacarato – USF.
Esta comunicação refere-se a um recorte de uma pesquisa qualitativa realizada com um grupo de 5 professoras das séries iniciais, do município de Jundiaí/SP, inseridas num grupo de estudos sobre Geometria. Um dos recortes da pesquisa refere-se à produção de narrativas como estratégia formativa. As narrativas eram lidas, discutidas e analisadas no grupo. A análise centrou-se nesse material e possibilitou compreender que essa estratégia, mediada por leituras teóricas e pelo compartilhamento no grupo gera reflexões, conflitos, aprendizagens, mobilização e (trans)formações de saberes docentes, e portanto, é altamente potencializadora do desenvolvimento profissional. As reflexões teóricas se apoiaram em: Benjamin; Connelly e Clandinin,; Bruner ; Bakhtin; Larrosa ; Soligo e Prado, entre outros. Palavras-chave: narrativas, estratégias de formação, desenvolvimento profissional, trabalho compartilhado, saberes docente
3 - Ejercicios, problemas y situaciones problemáticas. Alfonso Jiménez.
Esta comunicación desea compartir una experiencia de trabajo en el Grupo Colaborativo en Matemáticas (GCM) formado por académicos universitarios, profesores de educación básica y media y estudiantes de licenciatura en matemáticas, sobre el trabajo en clase de matemáticas centrado en el planteamiento de situaciones problema (D´amore, 2006) que lleven a la conjetura como centro del desarrollo del pensamiento matemático (Mason et al. 1998). Como se sabe la enseñanza de la matemática aún hoy se centra en la resolución de ejercicios algorítmicos repetitivos y en la resolución de problemas, que en la mayoría de los casos son artificiales y alejados del contexto del estudiante. Este trabajo hace parte de una investigación que intenta analizar la influencia de esta metodología en el desarrollo del pensamiento matemático y del trabajo colaborativo en la formación continua del profesor de matemática. Palabras-claves: trabajo colaborativo, ejercicio, problema, situación problemática, conjetura.
4 – Leitura e Escrita na Resolução de Problemas Matemáticos. Kátia Gertrudes de Lima Felisberto , aluna do Programa de mestrado no Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL/SP. Celi Espansandin Lopes, Professora Titular do Programa de Mestrado no Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Cruzeiro do Sul- UNICSUL/SP.
Este trabalho tem por objetivo apresentar algumas análises realizadas a partir de uma pesquisa-intervenção em andamento numa escola localizada na zona leste de São Paulo. O tema pesquisado é a relação leitura/escrita e a resolução de problemas matemáticos. O processo de investigação está sendo dividido em três etapas: avaliação diagnóstica, processo de intervenção e avaliação final. Neste momento já foi realizada a avaliação diagnóstica e a investigação encontra-se na fase de intervenção, no entanto, alguns resultados já foram obtidos e serão apresentados. Palavras-chave: resolução de problemas, leitura e escrita, educação matemática.
5 – Interpretação e produção de textos matemáticos. Viviane Aparecida Zacheu Viana. Danilo Gomes Olimpo. Saulo Foleto de Souza Santos. Faculdades Integradas Fafibe - Bebedouro-SP.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais é papel da escola formar um cidadão crítico, resolvedor de problemas e atuante na sociedade em que vive. No entanto, tal objetivo não é totalmente contemplado, especificamente, no caso da Matemática, os alunos não adquirem a competência para resolver problemas. Acredita-se que um dos fatores responsáveis por esta dificuldade é a não-construção de uma competência para interpretação de textos relacionados com a Matemática (RABELO,2002). O objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência de um projeto de pesquisa e extensão que visa a construção de tal competência, a partir da integração da matemática e da língua portuguesa. A intenção é apresentar os resultados obtidos a partir da elaboração e aplicação de atividades com histórias em quadrinhos, histórias virtuais, lendas e problemas clássicos de Malba Tahan (TAHAN,2001). Palavras-chave: interpretação de textos, matemática, resolução de problemas.
6 - A escrita e o conhecimento matemático: momentos de interação na sala de aula de matemática. Flávia Cristina Figueiredo Coura; Maria Laura Magalhães Gomes. Universidade Federal de Minas Gerais.
A presente comunicação busca propor algumas reflexões acerca do papel da Língua Materna em relação à aprendizagem matemática, sob o foco das possibilidades de interação entre a escrita e o conhecimento matemático. Para tanto, será exposta, inicialmente, a fundamentação teórica - Cândido (2001), Coura (2005), Smole (2001), Santos (2003), Bairral e Powell (2006) e Parateli (2006) - utilizada para uma investigação que busca conhecer quais são as práticas de escrita presentes na aula de Matemática de uma turma da 6ª série do Ensino Fundamental. A exposição visa ainda, promover um momento de discussão a respeito das relações entre escrita e a aprendizagem matemática. Estas etapas fazem parte de uma pesquisa ainda em desenvolvimento, mas que já dispõe de elementos a serem socializados.Palavras-chave: Matemática, Língua Materna, leitura, escrita, aprendizagem.

SESSÃO VI
Coordenação: Cármem Lúcia Brancaglion Passos
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - Rompendo armadilhas: matemática e texto literário. Ana Paula Gestoso de Souza. ana_gestoso@yahoo.com.br, Rosa Maria Moraes. Anunciato de Oliveira. rosa@power.ufscar.br UFSCar – São Carlos, S.P.
É urgente romper com as armadilhas do ensino marcado por uma organização rígida que não favorece as articulações disciplinares. Alguns estudos sobre as potencialidades de conectar língua, escrita e matemática (Machado, 2001; Smole et all, 2001, 2004, Silva, e Rêgo, 2006), indicam as relações existentes no trabalho pedagógico com essas áreas do conhecimento. Essa comunicação apresenta uma análise de um projeto desenvolvido com alunos de uma 3ª série do Ensino Fundamental, que envolveram a fábula “A Menina do Leite” de Monteiro Lobato e atividades de língua portuguesa e matemática. Os resultados apontam as possibilidades desse trabalho, as interações dos alunos com essa metodologia e as dificuldades encontradas. Palavras-chave: matemática e literatura infantil, práticas pedagógicas, ensino e aprendizagem.
2 - Histórias infantis e matemática nas séries iniciais: xizinho, xizão. Qual o x da questão? Lilian Silva de Carvalho – DME/UFSCar. Cármem Lúcia Brancaglion Passos – DME/UFSCar.
Essa comunicação refere-se a uma atividade de extensão que procurou integrar matemática com literatura infantil. Após a produção de um livro abordando conceitos de variável e incógnita foram propostas atividades para alunos de uma 7ª série do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo. Relataremos aqui os caminhos percorridos na elaboração do livro e os resultados alcançados com a sua aplicação. Compartilhamos as aprendizagens adquiridas nesse processo, tanto pela professora como pelos alunos. Os dados analisados mostraram que embora os alunos tenham compreendido os conceitos acima dificuldades com outros conteúdos matemáticos foram evidenciados. As reflexões feitas indicam que essa proposta metodológica pode promover importantes aprendizagens. Palavras-chave: literatura infantil e matemática, ensino de matemática, iniciação algébrica.
3 – A leitura e a escrita em um contexto de resolução de problemas. Brenda Leme da Silva. EMEIF “Profª Walda Paolinetti Lozasso” Atibaia-SP.
Esta comunicação tem por objetivo compartilhar os resultados de uma pesquisa realizada com alunos da 3ª e 4ª série, 2006/ 2007. A pesquisa centrou-se no trabalho do professor sob uma abordagem interdisciplinar, com o foco principal em resolução de problemas, porém com olhares especiais para a leitura e escrita. Posso afirmar, a partir da minha observação em sala de aula e da análise dos registros produzidos, que estes alunos, hoje, conseguem enxergar a matemática nas demais disciplinas e estabelecem relações desta, com as situações cotidianas. Também progrediram no que se refere à comunicação, não só escrita, como também oral e pictográfica. A qualidade dos textos teve melhoras significativas. Também passaram a usar estratégias próprias para solucionar um problema proposto, tentativas até então ausentes na rotina destes alunos. Este avanço significa um grande passo no processo de ensino e aprendizagem para os alunos e para a professora pesquisadora.Palavras-chave: Leitura, escrita, resolução de problemas, estratégias, elaboração de problemas.
4 - Matemática e literatura infantil: uma possibilidade para quebrar a armadilha do desconhecimento matemático. Cármen Lúcia B. Passos DME/UFSCar. Reginaldo Fernando Carneiro PPGE/UFSCar.
Esse trabalho teve como objetivo identificar e analisar a relação dos alunos de uma 3ª série do Ensino Fundamental de uma escola particular com o ensino de matemática através da literatura infantil. Com esse intuito, os alunos realizaram várias atividades baseadas no livro “A divisão do futebol”, que abordaram os conteúdos de adição, multiplicação, divisão, gráfico de colunas, entretanto durante o desenvolvimento das atividades apareceram outros como cálculo mental, decomposição dos números, processo de construção da tabuada, etc. Os dados foram analisados evidenciando as dificuldades e aprendizagens dos alunos e a importância da integração da literatura com a matemática. Palavras-chave: literatura infantil, ensino de matemática, língua materna.
5 - As dificuldades da interpretação de textos matemáticos: algumas reflexões. Frederico Reis Marques de Brito; Leni Niobre de Oliveira, UNIFEMM.
De acordo com os Parâmetros Curriculares, “a linguagem matemática, compreendida como organizadora de visão de mundo, deve ser destacada com o enfoque de contextualização dos esquemas de seus padrões lógicos, em relação ao valor social e à sociabilidade, e entendida pelas intersecções que aproximam da linguagem verbal”. No entanto, percebemos que a falta de hábitos de leitura, principalmente a alfabética, e de contextualização adequada dos problemas matemáticos, tanto pelos professores quanto pelos alunos leva os envolvidos no processo escolar a uma dificuldade de empatia com os conteúdos dessa disciplina. Embora na vida prática, muitos de nossos alunos realizem complicadas operações para resolver problemas do cotidiano, essas mesmas operações, quando organizadas nos livros didáticos por meio do código matemático e lingüístico, costumam se tornar verdadeiros enigmas insolúveis rejeitados pelos alunos e responsáveis pelo resultado sempre insatisfatório nas avaliações de aprendizagem feitas pelo governo, sendo a matemática a disciplina cujos menores índices de aproveitamento são observados, principalmente no ensino básico. Este artigo propõe uma reflexão sobre as armadilhas de transposição de códigos entre essas linguagens a literatura, por ser ela um excelente mediador de outros conhecimentos, dada a sua capacidade lúdica e prazerosa. Palavras-chave: Linguagem Matemática; Leitura e Escrita; Educação Matemática.
6 - O Ensino da Matemática no Contexto da Educação Brasileira. Fabiana de Jesus Oliveira, Universidade do Planalto Catarinense - Lages SC.
O trabalho apresentado tem como objetivo trazer reflexões sobre a abordagem da matemática como processo de pesquisa educativo, que incentiva os educandos a consolidar seus conhecimentos sobre a matemática através da pesquisa do aluno em sala de aula, permitindo que os mesmos reflitam sobre algumas questões que permeiam as atividades do dia-a dia, possibilitando a construção do conhecimento propedêutico e permitindo a eles atualização contínua das referências teóricas que utilizam em seus estudos. A opção metodológica recaiu na revisão bibliográfica sobre pesquisa matemática e formação de professores, para tanto, foram comparados autores sobre educação matemática e em seguida propomos o diálogo com autores que tratam do tema da pesquisa. Palavras-chave: educação matemática – metodologia – pesquisa.

SESSÃO VII
Coordenação: Regina Célia Grando
Dia:11/07/200, das 14:00 às 17:00 horas

1 - A adição no processo de tomada de consciência: um estudo de caso. Juliana Cristina Corbanezi Rizzardo, UNESP- Rio Claro-SP.
Esta comunicação visa relatar um estudo de caso que aborda a operação de adição com reagrupamento e o que Piaget denomina de Tomada de Consciência. Inicialmente realizou-se um pré-teste composto por operações de adição. Em seguida trabalhamos com o jogo “Fichas Mágicas”, no qual estão implícitas as operações de trocas. Após a intervenção foi aplicado um pós-teste com as mesmas operações, a fim de verificar os avanços. Nas situações de pesquisa realizada com a criança, pode-se identificar o processo de tomada de consciência evidenciado nos momentos de reflexão sobre as ações praticadas. As etapas deste estudo serão aplicadas novamente, meses após a intervenção, para verificar se a criança compreendeu a operação de adição com reagrupamento, tomando consciência dela. Palavras-chave: educação matemática; jogos; tomada de consciência.
2 - Investigando o conhecimento de acadêmicos de pedagogia sobre o sistema aditivo por meio da resolução de problemas. Geslaine Cristina Tamião Piola, graduada em Pedagogia, Universidade Estadual de Maringá- Maringá Pr. Luciana Figueiredo Lacanallo (DTP/UEM).
Estudos e pesquisas vêm buscando, nos últimos anos, entender e investigar a resolução de problemas matemáticos. Diante disso, procurou-se investigar o processo de resolução de problemas aditivos utilizado por acadêmicos egressos e formandos do curso de Pedagogia de uma instituição privada do município de Maringá/Pr. Os resultados evidenciaram uma defasagem no uso de estratégias procedimentais e conceituais em ambos. Todavia, o desempenho revelou-se solucionar os problemas propostos e fizeram uso de diferentes possibilidades de resolução. Percebe-se, com os dados coletados, a necessidade de se investigar o saber dos professores em formação, pois é preciso que se oportunize formas de reconstrução e expressão de saberes, investigando-os entre si e com outras áreas de conhecimento. Palavras-chave: educação, matemática, resolução de problemas, sistema aditivo.
3 – Saberes sobre a docência em geometria na formação inicial de professores de matemática. Viviane Rocha Costa Cardim. Regina Célia Grando. Universidade São Francisco - Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Educação.
Pesquisas recentes evidenciam a problemática do abandono do ensino da geometria decorrente de diversos fatores, dentre eles a formação inicial de professores. Apontam para a desconsideração da complexidade do pensamento geométrico para a compreensão de representações abstratas. Eis o desafio de um olhar mais crítico para a formação inicial de professores de Matemática e para a incorporação da tecnologia, impondo mudanças no paradigma educacional tradicional e na prática docente, sendo relevante investigar: quais são os saberes sobre a docência em geometria, mediados pela tecnologia, produzidos/mobilizados na formação inicial de professores de Matemática em diferentes espaços formativos. A pesquisa vem sendo desenvolvida em uma abordagem qualitativa, com alunos do curso de licenciatura, envolvendo saberes sobre a docência e o uso de tecnologias. Está em fase de análise e sistematização de: entrevistas, registros reflexivos, narrativas e diário de campo da pesquisadora. Palavras-chave: Formação inicial de professores, Ensino de Geometria, Tecnologia Educacional
4 - Práticas compartilhadas e formação docente: corpo, arte e movimento. Ferrarezi, Simone Terezinha; Grando, Regina Célia. “Universidade São Francisco” Campus Itatiba-SP.
O objetivo desta pesquisa é investigar as potencialidades pedagógicas das técnicas teatrais e da exploração artística para a prática do professor que ensina matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa vem sendo desenvolvida em um trabalho compartilhado entre a pesquisadora e a professora Paula, sujeito da pesquisa, com vistas a identificar as ações vivenciadas corporalmente por essa professora, durante a sua prática pedagógica e que contribua para o seu processo de ensino, bem como analisar as contribuições de um trabalho com arte, para uma (re) significação da prática pedagógica da professora. Para a análise dos dados estamos considerando as discussões a cerca das contribuições do lúdico e das técnicas teatrais na prática docente. Palavras-chave: Lúdico na educação, formação docente, prática pedagógica.
5 – O jogo como contexto de aprendizagem para a resolução de problemas. Maria José de Castro Silva, FE Unicamp - Campinas, SP e FAC – Campinas, SP.
Esta comunicação visa discutir a idéia na qual a resolução de problemas pode ser um excelente meio para se aprender Matemática, e o jogo poderá ser um valioso instrumento para se resolver problemas. O jogo, por meio de estratégias para se atingir o seu objetivo, além de permitir o desenvolvimento de conceitos matemáticos, também pode ser utilizado, pelo aluno, no cotidiano, como meio de ampliação de seu raciocínio lógico, impedindo-o de prender-se somente a uma expectativa, tornando-o um cidadão mais participativo e consciente. Palavras-chave: jogo, resolução de problemas, estratégias.
6 – Jogos como recurso pedagógico para trabalhar matemática. Ruth Ribas Itacarambi, Simone F. de C. Capovilla, Maria Aparecida Rodrigues Porfírio e Valdir Alves da Silva, LABEM – Laboratório de Educação Matemática, CAEM/IME- USP.
Trata-se do relato de experiências que os professores do LABEM vêm desenvolvendo na escola pública sobre a resolução de problemas e jogos. O tema que apresentamos é o jogo como recurso pedagógico (Kishimoto, 1999; Kamii, 1991 e Macedo, 1995), em particular os jogos que denominamos “minós” (Golomb, 1954). Os jogos permitem a relação educativa de diálogo (Freire, 2000) e têm como meio os conteúdos culturais e de matemática. Os dominós, triminós e pentaminós possibilitaram a exploração desses conteúdos, entre eles, o dominó de 254 a C. é o mais conhecido e que faz parte da cultura brasileira, com adaptações, permitiu que crianças e jovens vivenciassem a essência do jogo, o divertimento (Huizinga, 2004), na aula de matemática. Os diferentes momentos do trabalho fazem parte de um estudo sobre o papel do jogo no processo de ensino e aprendizagem e tem como pressuposto que a criança aprende e desenvolve suas estruturas cognitivas com jogos. O trabalho está em desenvolvimento, mas tem alguns resultados significativos para serem discutidos. Palavras-chave: jogos de estratégias, conteúdos de matemática, ensino-aprendizagem.

SESSÃO VIII
Coordenação: Maria Teresa Menezes Freitas
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - Conceito de número dentro de uma primeira série. Ana Paula Hanke da Silveira, UNESP – campus de Presidente Prudente. Maria do Carmo de Sousa – UFSCAR.
Este estudo foi realizado no ano de 2006 na UNESP – campus de Presidente Prudente, com a finalidade de discutir “quais percepções as crianças do 1º ciclo do Ensino Fundamental desenvolvem sobre o conceito de número enquanto vivenciam atividades de ensino?”. O estudo é qualitativo e caracteriza-se como estudo de caso. Para observar quais são as percepções analisamos as relações que as crianças estabeleciam para construir o número através das atividades de ensino propostas as crianças e quais foram suas elaborações enquanto vivenciavam as atividades de ensino com os números. Foram utilizadas como metodologia observações semanais para coleta de dados e aplicação de três situações de aprendizagem juntamente com as atividades da professora. Palavras-chave: Percepções, conceito de número, atividade de ensino.
2 – Dificuldades de Aprendizagem em Aritmética nas Séries Iniciais. Luciane de Fatima Bertini. Cármen Lúcia Brancaglion Passos (orientadora), Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.
O presente trabalho aborda algumas das diferentes concepções sobre erros e dificuldades de aprendizagem da Matemática, nas séries iniciais. Durante o estudo notou-se que os principais erros cometidos na resolução dos algoritmos estão ligados a incompreensão do sistema de numeração decimal; com relação à resolução de problemas as principais dificuldades foram: a compreensão do enunciado e a identificação da operação a ser utilizada. Buscando a superação das dificuldades observadas propõe-se o uso de materiais didáticos para auxiliar o aluno na compreensão do sistema de numeração decimal, o uso de problemas não convencionais, a valorização da interação entre alunos e o uso do cálculo mental e aproximado. Palavras-chave: dificuldades de aprendizagem, sistema de numeração, situações-problema.
3 – A desigualdade triangular em diferentes mídias. Paulo César da Penha, Grupo Colaborativo de Geometria (Grucogeo)/USF e Secretaria da Educação de Itatiba.
O relato de experiência que apresento é resultado de uma atividade sobre desigualdade triangular desenvolvido em classe de 6a série (2a etapa do Ciclo III), em escola municipal de Itatiba-SP. A motivação para o tema se deu a partir de minha participação no Grupo Colaborativo de Geometria (Grucogeo), vinculado à Universidade São Francisco (USF). Trata-se de um grupo colaborativo formado por professores de matemática da rede municipal de Itatiba, alunos do Curso de Licenciatura em Matemática e do Mestrado em Educação, além das professoras formadoras. As discussões do grupo estão centradas no ensino de Geometria sob a perspectiva das aulas investigativas usando diferentes mídias. A atividade desenvolvida tinha por objetivo fazer o aluno entender o conceito de desigualdade triangular e para tanto, utilizamos como recursos didáticos a mídia envolvendo um jogo de palitos e dados, bem como a exploração da mídia computacional Cabri Geometry. Palavras-chave: Matemática; Geometria; Aulas Investigativas.
4 - Uma reflexão didática sobre o conceito de mediana e quartis. Maria Inez Rodrigues Miguel e Cileda de Queiroz e Silva Coutinho, PUC-SP.
As propostas curriculares oficiais do Brasil e de outros países dão ênfase aos tópicos relacionados à Análise Exploratória de Dados (AED), incluindo a Estatística Descritiva, a Probabilidade, a Inferência e a Análise Combinatória. Tal orientação exige professores preparados, tanto no que se refere aos conteúdos envolvidos, quanto à organização didática adequada para desenvolvê-los de modo eficiente nas salas de aula. Nesse artigo, um diagnóstico, visando identificar as concepções de professores a respeito da AED, é apresentado, cuja análise foi embasada pelo software CHIC (Classificação Hierárquica, Implicativa e Coesitiva) de análise multidimensional. Os resultados evidenciaram a falta de conhecimento dos participantes em relação aos conceitos da Estatística Descritiva, embora se mostrassem favoráveis aos itens que compõem a filosofia da AED. Nesse sentido, um exemplo de abordagem didática sobre mediana e quartis é apresentado. Palavras-chave: Análise Exploratória de Dados, Mediana, Quartis, Organização Didática.
5 - As armadilhas estatísticas e a formação do professor que ensina matemática. Franciana Carneiro de Castro, Universidade Federal do Acre. Irene Mauricio Cazorla, Universidade Estadual de Santa Cruz.
As informações estatísticas permeiam o cotidiano e decisões dos cidadãos. Contudo, muitas dessas informações contêm armadilhas, que o cidadão comum não consegue contestar por não possuir conhecimentos básicos de Estatística. A inclusão dos conteúdos conceituais e procedimentais básicos de Estatística e Probabilidades no currículo da Educação Básica, através dos PCNS, possibilita um grande avanço na formação para a cidadania. Contudo, faz-se necessário pensarmos na formação profissional dos professores, afim de que estes assumam uma atitude de reflexão e se disponham a desenvolver novas abordagens educativas para ensinar e aprender a leitura estatística em sala de aula, a partir de novos elementos formativos, que incorporem a experiência cotidiana na forma crítica na prática escolar. Palavras-chave: alfabetização estatística, professor de Matemática, cidadania, formação docente.
6 - Particularidades, limites e possibilidades de acesso aos conhecimentos matemáticos na formação superior em pedagogia para professores das séries iniciais do ensino fundamental. Neusa Maria Marques de Souza, UFMS, Três Lagoas-MS.
A indefinição do o papel do Pedagogo pós LDB (Lei 9394/96), prejudicou o perfil desta formação e levou emergencialmente governos municipais a firmar convênios com universidades, para oferecer cursos superiores regulares e à distância aos professores de suas redes, adequando-se assim à legislação. Neste trabalho levantam-se questionamentos sobre esta nova realidade e investiga-se esta preparação em cursos à distância de alunos de uma universidade pública que já ensinam Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental, comparativamente com a dos que são alunos de cursos presenciais. Busca-se identificar a relação entre o domínio dos conceitos fundamentais da Matemática com as dificuldades encontradas por estes sujeitos frente a situações de resolução de problemas. Palavras-chave: Formação em Pedagogia, Conhecimento matemático, Ensino Fundamental

SESSÃO IX
Coordenação: Cármen Lucia Brancaglion Passos
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - Projetos na Formação Estatística do Pedagogo Administrador Escolar. Jefferson Biajone, Escola Preparatória de Cadetes do Exército, Campinas-SP.
Insatisfeito com a forte abstração matemática que caracterizou seu primeiro ano de ensino da Estatística na Pedagogia, o autor desta pesquisa e professor da disciplina viu na opção pela metodologia de trabalho de projetos a abordagem que lhe pareceu ser a mais adequada para o atendimento das necessidades formativas do futuro Pedagogo administrador escolar no que tange à sua literacia estatística. Fundamentado em autores dedicados ao ensino e aprendizagem estatística, trabalho de projetos e educação matemática crítica, o trabalho discute as possibilidades e desafios da vivência desta abordagem de ensino diferenciada com uma turma de 31 alunos da disciplina de Estatística Aplicada a Educação, sob dois eixos de análise: (1) o trabalho de projetos e o aluno da Pedagogia (2) O trabalho de projetos e o professor-pesquisador. Dos resultados obtidos, a abordagem em questão não só demonstrou ser possível atender as necessidades estatísticas do administrador escolar em formação, como também (re)significou as posturas negativas que estes tinham com relação à disciplina e a própria prática docente do professor da turma, seus saberes e postura. Palavras-chave: Trabalho de Projetos, Educação Estatística, Pedagogia, Abordagem de Ensino e aprendizagem.
2 - Como o professor encontra o caminho quando as palavras e os cálculos se desencontram? Gislaine Donizeti Fagnani da Costa. Professora da Faculdades Integradas Metropolitans de Campinas Metrocamp e Doutoranda em Educação Matemática-FE/Unicamp.
 Trata-se de um episódio de sala de aula, que aconteceu na Faculdade Comunitária de Campinas (FAC) - Unidade III, ministrando aulas de Matemática Financeira e Estatística para o curso de Marketing e Vendas, em uma aula das aulas, das quais o tema abordado foi porcentagem, com aproximadamente 108 alunos. Ao tentar desenvolver uma prática reflexiva e exploratória em sala de aula, e com o intuito de mostrar que, muitas vezes, a resolução de um problema matemático, não se resume simplesmente a efetuar cálculos, mas que a chave da resolução se encontra na interpretação do enunciado do problema proposto. A existência de problemas com múltiplas interpretações é bastante freqüente na prática social, inclusive no dia a dia das transações comerciais. O episódio relatado e discutido mostra o quanto é importante que os alunos tenham oportunidade de trabalhar em sala de aula com esses problemas, pois, assim, podem desenvolver, como cidadãos, além da habilidade de cálculo, a capacidade de interpretá-los e analisá-los. Palavras-chave: Resolução de problemas; prática reflexiva; educação matemática.
3 – Desenvolvendo estratégias de leitura e escrita em aulas de matemática – Maria Dolores Martins da Cunha Coutinho – Instituto Nacional de Educação de Surdos – Rio de Janeiro – RJ.
Esse trabalho visa compartilhar experiências de desenvolvimento de estratégias de leitura e escrita, por alunos surdos, a partir de situações problema de matemática visto que, nesse contexto, devido às questões lingüísticas que envolvem esse alunado, as dificuldades comuns a qualquer estudante na área de leitura e escrita, são potencializadas. Esse trabalho envolve contação de histórias (LIBRAS), registro da situação pelos alunos, por meio de desenhos e algumas pistas lexicais e, por fim, a escrita da história (situação-problema) a partir dos desenhos.  Palavras-chave: surdez, leitura e escrita, resolução de problemas.
4 – Seqüências Didáticas e o Ensino de Estatística: dos Parâmetros Curriculares para a sala de aula. Clayde Regina Mendes; Camila Torino; Raphael Zen Covolam; Renata Fernandes Madruga. PUC-Campinas.
Trabalhar com seqüências didáticas que envolvam conteúdos de Estatística é uma idéia interessante, pois possibilita que alunos da Educação Básica desenvolvam habilidades que os auxiliem na coleta, no tratamento, na análise, na interpretação e na crítica de informações retiradas de situações cotidianas e que chegam até eles através dos mais variados meios de comunicação. Em vista disso, é extremamente importante que os professores de Educação Básica estejam preparados não apenas para compreender a linguagem estatística, mas também para levar seu aluno a desenvolver o pensamento estatístico e o raciocínio probabilístico. Infelizmente, o que ainda se observa é a existência de uma grande carência de material didático para essa finalidade. Assim, o objetivo deste trabalho é propor tarefas e atividades que propiciem o desenvolvimento do pensamento estatístico e do raciocínio probabilístico na Educação Básica através de temas geradores, do uso de materiais de manipulação ou de tecnologias. Palavras-chave: Seqüências didáticas, Formação de professores de Matemática, Educação Estatística.
5 - Projetos colaborativos – algumas possibilidades. Dione Lucchesi de Carvalho. Keli Cristina Conti. PRAPEM (Prática Pedagógica em Matemática) FE/Unicamp (Faculdade de Educação da Universidade Estadual em Campinas).
Este trabalho diz respeito a uma experiência protagonizada por seis pessoas, quatro estagiários licenciandos em Matemática, uma professora da Escola Básica e uma professora do Ensino Superior. A experiência foi vivida em dois anos consecutivos e teve como cenários dois espaços escolares: aulas de “Prática de Ensino em Matemática e Estágio Supervisionado” na universidade e as de Matemática de classes de 6a. série do E.F.. As referências da experiência são as possibilidades e as condições do desenvolvimento de “projetos colaborativos” entre professores da Escola Básica e licenciandos, visando o desenvolvimento de propostas diferenciadas de ensino de Matemática acenando-se com as aulas exploratório-investigativas. O projeto de mestrado da professora que atuava na Escola Básica é financiado pela Fapesp. Palavras-chave: Prática de Ensino em Matemática; projeto colaborativo; formação inicial do professor de Matemática; Licenciatura em Matemática.
6 - Matemática e Arte: um encontro ao longo da história. Claudio Luiz Costa de Castro.Carmen Déborah Dias Bragança. Fundação Municipal de Educação de Niterói – Niterói – RJ.
Esta comunicação visa mostrar o desenvolvimento da linguagem matemática e das artes ao longo da história, mostrando as relações entre a pintura, a arquitetura, a música, a geometria e a álgebra. Analisando tais relações de maneira prática, através da projeção do filme ”Donald no país da matemágica” (Walt Disney), da análise de formas geométricas e da utilização do violão, visamos socializar ações pedagógicas que levem o aluno a saber o uso prático do conhecimento no cotidiano, percebendo para que serve o que está sendo ensinado em sala de aula(BOMBASSARO). Desta forma, procuramos mostrar a necessidade do ensino em mobilizar recursos cognitivos na construção das competências dos alunos (PERRENOUD). O trabalho é enriquecido por experiências socializadas quando da apresentação no 1º salão da leitura de Niterói. Palavras-chave: Matemática, Artes, Aplicações Algébricas, Música e Álgebra, Contextualização.

SESSÃO X
Coordenação: Rosana Giaretta S. Miskulin
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - Barreiras na formação do professor alfabetizador no domínio dos conceitos fundamentais da matemática: dificuldades dos alunos que cursam pedagogia à distância (EAD) e na modalidade presencial da UFMS. Érica da Silva Húngaro; Neusa Maria Marques de Souza. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS - Campus de Três Lagoas.
Este trabalho busca investigar as possíveis dificuldades de professores alfabetizadores em formação superior quanto ao ensino da matemática. Para tal estabelece um comparativo entre alunos de EAD com alunos do curso presencial que cursam Pedagogia na UFMS. Como pressuposto metodológico utilizamos a pesquisa qualitativa e a Análise de Conteúdo, abordando autores como: Lüdke e André (1986), Martins (1998), Franco (2003), e outros. No campo da Educação Matemática foram utilizados autores como: D´Ambrósio (1986), Machado (1990) e Dante (1989). Da análise inicial dos dados constatou-se: 1)que os sujeitos pesquisados enfrentam dificuldades no tratamento dos conteúdos matemáticos, sendo estas significativamente mais acentuadas nos alunos de EAD. 2) Que isto não se resolve no curso à distância, nos moldes em que este currículo se apresenta. 3) Que o curso presencial oferece mais possibilidades de trocas, dirimindo boa parte destas lacunas. Palavras-Chave: Educação Matemática, Educação à Distância, Educação presencial, Formação do professor, Educação Básica.
2 - Cooperação e colaboração em ambientes virtuais e aprendizagem matemática. Everton Knihs; Carlos Fernando de Araújo Jr. Universidade Cruzeiro do Sul. UNICSUL– SP.
As novas tecnologias de informação e comunicação, como os ambientes virtuais de aprendizagem, estão cada vez mais presentes no processo educacional. Nos ambientes virtuais de aprendizagem verifica-se a interação dos indivíduos participantes, com destaque para a cooperação e colaboração como meios de comunicação e construção do conhecimento. Neste trabalho propomos uma análise dos conceitos de cooperação e colaboração, uma visão geral das pesquisas em aprendizagem colaborativa apoiada por computador e aprendizagem matemática em ambientes virtuais. Palavras-chave: ambiente virtual de aprendizagem, cooperação, colaboração, aprendizagem colaborativa, aprendizagem matemática.
3 - Concepção dos estudantes em diversos níveis de ensino sobre as tecnologias. Adriana Domingues Freitas. Alcides Teixeira Barboza Junior. Flávio Augusto Camilo. Maria de Lourdes Fernandes. Paulo Sergio Rocato. Sonia Noriko Shiino Maeda. Carlos Fernando de Araújo Junior. Ismar Frango Silveira. Juliano Schimiguel. Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática – UNICSUL. Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo - SP
As novas tecnologias de informação e comunicação têm como base fundamentos matemáticos e essas são dotadas de mecanismos capazes de modificar a sociedade (Skovsmose, 2005). Este artigo visa compartilhar a análise de uma pesquisa sobre a concepção de Tecnologia, a partir da visão de estudantes, nos níveis de ensino Fundamental II, Médio e Superior. Cerca de 150 estudantes produziram mapas conceituais (Novak, 1988; Ausubel, 1978) sobre Tecnologia. Esta pesquisa, dentro da abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), permite levantar a discussão de como utilizar as concepções tecnológicas dos estudantes, como base para futuras propostas metodológicas nos processos de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Tecnologia, mapas conceituais, ensino e aprendizagem, Ensino de Ciências e Matemática.
4 - Leitura e escrita de hipertexto na aprendizagem matemática: aspectos do gerenciamento da mudança na educação mediada por tecnologia. Rosana Giaretta Sguerra Miskulin, IGCE-UNESP. Joni de Almeida Amorim, FEEC-UNICAMP. Mariana da Rocha Corrêa Silva, FE-UNICAMP.
O hipertexto é hoje fundamental para aquisição de conhecimento tanto na educação presencial quanto na educação a distância. Uma linguagem de marcação instrui um computador a formatar um arquivo em um monitor de vídeo ou a indexar e vincular seu conteúdo. A Linguagem de Marcação para Matemática, do inglês "Mathematical Markup Language" (MathML), pretende representar de maneira mais eficiente expressões técnicas que envolvem matemática. Neste contexto, marcado pela inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no contexto de ensino e de aprendizagem em matemática, apresenta-se como fundamental o entendimento sobre um campo temático novo- o Gerenciamento da Mudança na Educação Mediada por Tecnologia (GMEMT). Este trabalho parte da perspectiva de que a utilização das práticas de GMEMT pode propiciar um contexto pedagogicamente mais significativo, quando busca-se incorporar novas soluções tecnológicas à Educação. Pretende-se, assim, discutir alternativas viáveis sobre esse tema ao contexto educacional brasileiro. Palavras-chave: Escrita, Hipertexto, Leitura, Matemática.
5 – Função, informática e discurso. Solange Aparecida de Camargo Feres, EE “Profª Oscarlina de Araújo Oliveira” e Colégio Bom Jesus – Itatiba /SP.
O presente relato de experiência visa à socialização e o enriquecimento de uma prática utilizada nas aulas de matemática, com turmas da 1ª série do Ensino Médio, onde alguns conceitos matemáticos que norteiam o estudo da Função Polinomial do 1º Grau (associação da lei de formação e a representação gráfica de uma função) são trabalhados com a utilização do software Winplot. As descobertas dos alunos são registradas através de uma produção escrita realizada em diferentes etapas: grupo, individual e coletivo; que ocorre depois da socialização oral dos resultados obtidos por cada grupo (GÓMEZ-GRANNEL, 2002; SANTOS, 2005). Essa prática está sendo implantada com o objetivo de enriquecer o processo de ensino e de aprendizagem, estimulando os alunos a adquirirem conhecimentos matemáticos novos, pois só assim poderão escrever, como também, levando-os a se interessarem pela escrita como o instrumento de comunicação das descobertas matemáticas e de organização/sistematização das aprendizagens; bem como de permitir ao professor redirecionar sua prática através da reflexão das produções escritas por ele, por seus alunos e pelo grupo todo. Palavras-chave: escrita, leitura, função polinomial do 1º grau, winplot.
6 - Linguagem virtual como instrumento de construção de conhecimento matemático. Maria Ângela de Oliveira Oliveira Colégio Uirapuru – Sorocaba/SP. Orientadora: Zilá A . P. Moura e Silva, Faculdade de Educação Uirapuru – Sorocaba/SP.
Aos poucos, os computadores se incorporam ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. As discussões romperam as paredes da sala de aula, confirmando as palavras de Paulo Freire: “É preciso levar o aluno a ler o mundo para poder transformá-lo”. Os blogs surgiram democratizando definitivamente o acesso à comunicação. Eles vêm permitindo ampliar o espaço educacional de professores e alunos e aumentando a possibilidade de partilhar informações de forma criativa e prazerosa, já que oferece espaço de diálogo nos quais os alunos são escritores, leitores e pensadores. Para explorar esse potencial criou-se inicialmente um blog matemático, que se tornou a matriz de uma rede que hoje conta com 91 outros blogs considerando a produção de professora e alunos. O trabalho, ainda em desenvolvimento, é um novo caminho que todos percorrem juntos na direção do conhecimento. Palavras-chave: tecnologia, blog, comunicação, conhecimento, matemática.

SESSÃO XI
Coordenação: Regina Célia Grando
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - Concepções dos alunos sobre matemática financeira: um estudo de caso a luz da aprendizagem significativa. Maria Dolores Cardoso da Silva. Carlos Fernando Araújo Jr. UNICSUL- São Paulo- SP.
Estudos de caso foram conduzidos para investigar as concepções de Matemática Financeira e de aprendizagem apresentadas por alunos da 3ª Série do Ensino Médio, de uma escola da rede pública de São Paulo. O objetivo desta pesquisa é analisar os significados negociados por uma professora de Matemática e seus alunos, em aulas, durante a realização de atividades contextualizadas de Matemática Financeira, com o recurso de tecnologias de informação. A análise referente ao processo de aprendizagem significativa e interação apóia-se teoricamente em Ausubel e no contexto histórico-cultural. O exame das relações entre concepções e prática de atividades mostrou que a aprendizagem de cada aluno evolui no tempo, e a ação partilhada complementam-se em um exercício coletivo para a produção e transmissão de conhecimento. Palavras-Chave: Concepções, Matemática Financeira, Aprendizagem Significativa, Tecnologias da Informação.
2 - Provas e argumentações em geometria através de diferentes mídias: um relato de experiência. Jorge Luís Costa. Regina Célia Grando. Universidade São Francisco - Itatiba/SP.
Este relato de experiência faz parte de uma pesquisa de mestrado sobre provas e argumentações em diferentes mídias que desenvolvo. A experiência foi realizada por um grupo envolvendo professores de matemática da rede pública, alunos da graduação, alunos do mestrado e professores pesquisadores e permitiu-nos analisar a forma como este grupo se mobilizou, criando estratégias por meio da utilização de diversas mídias para apropriarem-se do conhecimento matemático de desigualdade triangular. Analisamos o processo de produção das argumentações e provas na resolução das situações de investigação propostas. Pôde-se observar, a mudança do foco da prova de produto para processo (Loreiro e Bastos, 2002; Hanna, 2002; Villiers, 2001; Ball et al (2002) entre outros) e como as atividades investigativas (Ponte, Brocado e Oliveira, 2005; Ponte, Oliveira, Brunheiras e Varandas, 2000) auxiliam neste processo. Palavras-chave: argumentações e provas; mídia computacional; matemática
3 - A prática pedagógica do professor de matemática: investigando o processo de apropriação das tecnologias da informação e comunicação. Alcina Maria Testa Braz da Silva, Docente e pesquisadora do Mestrado em Psicologia da Universidade Salgado de Oliveira-UNIVERSO. Daucy Monteiro de Souza, Profa. do Curso de Pos Graduação lato sensu em Educação Matemática da Universidade Salgado de Oliveira-UNIVERSO.
O conhecimento entendido como produto e processo construtivo do homem se transforma através do tempo na interação social, a partir de representações construídas em elaborações sucessivas e partilhadas em sua realidade. O objetivo do trabalho consiste em investigar a representação de professores de matemática do ensino médio do Estado do Rio de Janeiro em situações de ensino-aprendizagem com a utilização das tecnologias. As escolas envolvidas são de diferentes municípios do Estado do Rio de Janeiro, perfazendo um total 11. A técnica de entrevistas semi-estruturadas foi utilizada como instrumento de levantamento de dados e a análise categorial temática (Bardin, 1977) na identificação dos núcleos de sentido do discurso dos professores. Os resultados preliminares permitem afirmar que existe um distanciamento considerável entre a importância dada ao uso de tecnologias e o processo de ensino aprendizagem da matemática. Palavras-chave: tecnologia, ensino-aprendizagem, educação matemática.
4 - Um trabalho colaborativo com professores de Matemática e Educação Artística e o ensino da Geometria. Juliana Miquiluchi. Bolsista de iniciação científica, Fapesp – FE/UNICAMP – Prapem.
O fato de as manifestações do vínculo entre Matemática e Arte serem evidentes no comportamento dos homens desde os tempos mais primitivos nos motivou a desenvolver um projeto que fosse capaz de relacionar Matemática e Arte ao ensino da Geometria. O objetivo deste projeto consistiu em pesquisar os saberes sobre a relação Geometria e Arte e sobre a própria Geometria que os alunos produzem quando participam de aulas exploratório-investigativas. Palavras-Chave: Educação Matemática, Ensino de Geometria, Relação Geometria e Arte.
5 - As “gaiolas da educação” sob a perspectiva D’Ambrosiana. Eliane Costa Santos - Bolsista Internacional de Pós Graduação Ford. Ubiratan D’Ambrosio. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
É notório que o ensino da matemática tem sido tema de diversas pesquisas e preocupação de muitos educadores. Alguns estudos indicam saídas para determinadas armadilhas que são colocadas em vários momentos da aprendizagem escolar. Diante deste quadro, procuraremos neste trabalho também dar a nossa contribuição para romper armadilhas que ainda impedem um ensino-aprendizagem mais efetivo em sala de aula. Temos como objetivo discorrer sobre a Educação Matemática, a partir da teoria de Ubiratan D’Ambrosio. Este autor ressalta o cuidado que se deve ter com determinadas formas de escolarização que “engaiolam” e limitam os saberes escolares. Focaremos a transdisciplinaridade discutida por D’Ambrosio, na perspectiva da mesma contribuir para o ensino-aprendizagem de matemática em escolas públicas, bem como, em espaços onde se proponha trabalhar com o multiculturalismo. Palavras-chave: Educação Matemática; “Gaiolas da educação”; Transdisciplinaridade.
6 - Cascão em... ora, bolinhas – uma conexão entre a geometria e a literatura infantil. Conceição Aparecida Cruz Longo Martins; Fátima Carvalho Osório de Souza. Prefeitura Municipal de Paulínia.
Nossa proposta é apresentar a literatura infantil, através das histórias em quadrinhos, como uma prática pedagógica que permita à criança conviver com uma relação entre a linguagem escrita e falada. O conteúdo de geometria aqui trabalhado parte desta relação entre a fantasia e o real, entre o inventar, o renovar e o discordar. Aplicada assim, a geometria passa a ser vista com prazer e compreensão, considerando que a geometria deve centra-se em atividades de manipular, explorar, transformar e relacionar, encontramos nos livros de literatura infantil uma ferramenta rica para o ensino de geometria, uma vez que a leitura estimula situações de diálogo, desenvolve habilidades de argumentação, onde podem ser colocadas múltiplas estratégias de resolução de problemas, explorando a criatividade e criticidade do aluno. Palavras-chave: Literatura Infantil, Geometria e História em quadrinhos.

SESSÃO XII
Coordenação: Ana Cristina Ferreira
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - Reproduzir uma técnica ou apertar um botão? Fabiane Guimarães. Mestranda do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática – PUC – SP.
De origem indiana, apropriado e divulgado pelos árabes o nosso atual sistema de numeração decimal revolucionou a arte de calcular. Na época, apesar da facilidade e praticidade, em relação a outros sistemas, não foi adotado imediatamente. Mas com o tempo, as necessidades mostraram a importância e o uso tornou-se universal. Hoje o sistema de numeração decimal continua sendo fundamental para a organização da sociedade. Mas as técnicas operatórias são ofuscadas por uma nova ferramenta: a calculadora. Apesar da calculadora ter mostrado a sua eficiência e as técnicas operatórias já fazerem parte da História da Matemática, ainda se insistem em meses e anos da escolaridade de apreensão das técnicas operatórias na forma lápis e papel. A insistência em se negar o uso da calculadora é uma das armadilhas do mundo é preciso quebrá-la. Palavras-Chave: sistema de numeração decimal, técnicas operatórias e calculadora.
2 - Vencendo as armadilhas da educação matemática por meio da abordagem etnomatemática. Priscila Benitez Afonso, graduanda Pedagogia na Uniceres e Psicologia na Unorp em São José do Rio Preto-SP.
Por meio desta comunicação será possível problematizar os conceitos existentes a respeito da etnomatemática, a qual é relativamente recente no âmbito das pesquisas, visando explicar possíveis estratégias responsáveis pelo sucesso da educação matemática, a partir da revisão literária (D’Ambrósio, 1993; 1996; Ferreira, 2002; Granville, 2003; Knijnik, 1993; 1996; Scandiuzzi, 1999; 2002). Esse trabalho foi dividido em três momentos, os quais fazem parte de uma pesquisa para verificar a eficácia da educação etnomatemática no contexto escolar. Essa pesquisa, ainda em desenvolvimento, já possui alguns resultados capazes de elucidar o educador a utilizar novas estratégias pedagógicas ao ensino matemático. Palavras-chave: educação matemática, estratégias pedagógicas, etnomatemática.
3 - Primeiras conexões entre etnomatemática e educação matemática crítica. Caroline Mendes dos Passos. UFMG.
A presente comunicação tem como principal objetivo identificar conexões entre Etnomatemática e Educação Matemática Crítica. No título deste trabalho, destaco que esta consiste em uma primeira tentativa de atingir tal objetivo. Esta se concretizará a partir de um estudo aprofundado das idéias dos principais teóricos relacionados a cada uma das perspectivas mencionadas. Dentre estes, destaco os pesquisadores Ubiratan D’Ambrosio, responsável pela introdução do termo Etnomatemática no âmbito acadêmico, e Olé Skovsmose, idealizador e principal autor dos trabalhos relacionados à Educação Matemática Crítica no Brasil e no mundo. Além destes, outros pesquisadores serão estudados, destacando suas principais idéias e tentando, a partir delas, identificar pontos convergentes que aproximem essas duas perspectivas da Educação Matemática. Palavras-chave: Etnomatemática, Educação Matemática Crítica, conexões.
4 - Minha escola, meu bairro, minha cidade. Wilma Fernandes Rocha. EMEF "Oviêdo Teixeira" Aracaju-SE.
Este trabalho é o relato de uma experiência desenvolvida na Escola Municipal de Ensino Fundamental Oviêdo Teixeira, abordado de forma interdisciplinar, utilizando-se da Educação Matemática, coletando dados, fazendo pesquisas em uma comunidade que precisa conhecer a sua história, situando-a geograficamente no bairro, na cidade, no Estado, no país e no mundo; conhecendo os serviços que o bairro oferece e detectando os problemas que este apresenta. Necessário se faz a recuperação da auto-estima, através de trabalhos que valorizem o ambiente onde vivem e adotem uma abordagem diferenciada dos conteúdos escolares, estimulando o trabalho em equipe, a capacidade de investigação e análise dos dados. Para a sua produção foi necessário um embasamento nos aportes teóricos e metodológicos dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática e reflexões de Antunes, D´Ambrósio e Freire, fontes primordiais para esta produção. Palavras-chave: Educação matemática, estatística, interdisciplinaridade, cidadania.
5 - Origami como quebra-cabeça/Poliedros de Platão. Evelyn Takamori; Hideo Kumayama; Liane G. Poggetti; Ruth Itacarambi; Regina Ishimoto; Tomie Sato. LABEM/CAEM/IME/USP.
Esta comunicação visa compartilhar atividades que fazem parte de pesquisas do LABEM (Laboratório do Ensino da Matemática do CAEM) em que se procura acompanhar a aprendizagem de idéias geométricas por meio do origami, como quebra-cabeça. As atividades foram desenvolvidas nas aulas de matemática com os alunos de 8ª série à 3ª série do Ensino Médio de uma escola pública. Nelas os alunos foram levados a manipular o papel reconhecendo e nomeando formas geométricas; analisando as propriedades dos vincos e das formas que acontecem nas dobras. Este processo desenvolveu a investigação Matemática no fazer e a persistência em resolver problemas na montagem dos Poliedros de Platão. Como resultados constataram-se maior clareza nos conceitos de geometria envolvidos no processo e uma grande receptividade do trabalho por parte dos alunos. Palavras-chave: idéias geométricas, origami como quebra cabeça, investigação matemática, resolver problemas, Poliedros de Platão.
6 - Resolução de problemas em matemática e leitura de textos em uma língua estrangeira. Renata Monteiro Mendes. Universidade Salgado de Oliveira.
Esta comunicação visa compartilhar uma experiência feita com 4 textos de interpretação de inglês e 4 questões de matemática, com alunos do 3º ano do ensino médio e universitários, para observar os melhores solucionadores de problemas e suas características, conscientes ou não. O objetivo central é mostrar a importância do raciocínio lógico dedutivo, fazendo a ligação da matemática com a interpretação de texto em uma segunda língua (L2). Partindo do pressuposto de que o processo de resolução de problemas não se limita a seguir instruções passo a passo que levarão à solução, como um algoritmo, mas de um desenvolvimento cognitivo e de uma orientação do estilo de aprendizagem na L2, a proficiência lingüística na língua mãe (L1) e na L2, o conhecimento metacognitivo da estrutura, gramática e sintaxe da L1, e diferenças entre a L1 e a L2 (Aebersold & Field – 1997: 23-24). Palavras-chave: resolução de problemas, estratégias, interpretação de texto, matemática.

SESSÃO XIII
Coordenação: Maria da Conceição Reis Fonseca
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 – Geometria, arte e vida: investigações matemática e interdisciplinaridade numa classe de EJA. Vera Moreira Gonçalves e Anderson Medeiros da Rocha, PROALFA–UERJ.
Como a arte, literatura e matemática podem se articular, contribuindo na produção da construção do conhecimento de alunos de EJA? Esta comunicação é apresentação do resultado desta indagação realizada durante o planejamento do projeto pedagógico da Oficina de Matemática do PROALFA. Sabendo que a geometria está intrinsecamente associada a estes temas e que os educandos fazem diversas leituras de mundo, foram elaboradas atividades investigativas que motivassem a criatividade, a curiosidade, a comunicação e o registro escrito. Desta forma, possibilitou um trabalho com diferentes linguagens na aula de matemática, proporcionando aos alunos relacionarem os conceitos geométricos com seu cotidiano e com a arte, além de apontar seus raciocínios, resultados, estimulando a discussão e a compartilhar conhecimentos. Palavras-chave: Letramento, Interdisciplinaridade, Geometria, Educação Matemática.
2 - Um caso de interação entre o olhar qualitativo e o quantitativo na pesquisa em educação matemática de jovens e adultos. Gilberto da Silva Liberato. Dione Lucchesi de Carvalho. FE/Unicamp.
Este artigo se refere à questão teórico-metodológica de a possível interação entre um olhar qualitativo e um olhar quantitativo na pesquisa em Educação Matemática vertentes investigativas que tínhamos como excludentes. Acreditamos que a prontidão do pesquisador em refletir e questionar sobre as informações produzidas, sua disposição em disponibilizar estas reflexões para os sujeitos envolvidos são fatores muito mais importantes para a possibilidade de uma ação emancipatória do que a escolha da técnica empregada. Trazemos, a guisa de exemplificação, a narração do processo de desenvolvimento de uma pesquisa sobre as relações entre os alunos em aulas de Matemática em classes do 2o. segmento do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da EJA (Educação de Jovens e Adultos) nas quais haja heterogeneidade etária. Finalizamos o texto com algumas considerações sobre contribuições, problemas e limitações de cada olhar investigativo. Palavras-chave: Pesquisa em Educação, Pesquisa em Educação Matemática, Educação Matemática na EJA.
3 - (Des)construindo, (trans)formando, (re)signigficando a educação de jovens e adultos (eja): a comunidade babélica de babel... Adriana Aparecida Molina Gomes, Universidade São Francisco - USF. Adair Mendes Nacarato, Universidade São Francisco – USF.
Essa comunicação é um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada com turmas da EJA, em Itatiba. O objetivo era analisar a mobilização e a produção dos saberes matemáticos e profissionais gerados em contexto de realização de tarefas exploratório-investigativas de conteúdos matemáticos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos instrumentos utilizados foram: produções dos alunos; entrevistas; audiogravações de discussões em grupos; e diário de campo. O recorte aqui apresentado refere-se à caracterização da EJA, num texto tecido entre as falas de autores vinculados à perspectiva histórico-cultural e as dos alunos protagonistas da pesquisa. A análise das informações possibilitou constatar que os jovens e adultos se mobilizam para com o fazer matemático e para com a sua criticidade. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos (EJA), Comunidade Babélica, Comunicação.
4 - O conhecimento matemático na educação de jovens e adultos. Méri Bello Kooro. Celi Espasandin Lopes. UNICUSUL/SP.
Este trabalho refere-se a uma pesquisa de mestrado concluída, na qual realizou-se uma análise curricular sobre o conhecimento matemático para a Educação de Jovens e Adultos. Duas questões foram orientadoras da investigação: - Que estruturas e conteúdos são privilegiados nas propostas de ensino de Matemática na Educação Escolar de Jovens e Adultos, no nível do chamado “Ensino Fundamental?” e - Se tais estruturas e conteúdos são adequados às especificidades do público da EJA? Em uma perspectiva interpretativa, com categorias definidas a priori e emergentes realizou-se uma análise documental de algumas propostas curriculares produzidas por secretarias municipais e estaduais de educação. A análise dos documentos mostrou que embora a maioria das propostas apresentem considerações pertinentes e coerentes com os referenciais teóricos adotados a organização dos temas e as orientações didáticas não estão na mesma perspectiva, sendo ainda muito similares às que são feitas no ensino regular sem considerar as especificidades da Educação de Jovens e Adultos. Observou-se ainda, que não há um equilíbrio em relação aos eixos temáticos da Matemática e nem quanto aos aspectos formativo e funcional. Palavras-chave: Educação Matemática; Currículo; Educação de Jovens e Adultos.
5 – Uma avaliação formativa na sala de aula. Maria Inês Sparrapan Muniz. Miriam Sampieri Santinho. LEM/IMECC/UNICAMP.
Nesta comunicação queremos compartilhar nossa experiência com relação à aplicação de um processo de avaliação formativa, efetivado por vários professores da rede pública e privada, em suas salas de aula, no Ens. Fundamental e Médio. Este processo visa promover transformações no ensino-aprendizagem e nas pessoas que dele fazem parte, provocar ações e reações em toda comunidade escolar, professores, alunos, pais, coodenadores e diretores, com vistas a melhoria do ensino e gerar compromissos, levando o aluno a tomar consciência da relevância de seu papel na construção de sua média. Apresentaremos os instrumentos que servem como referência para o desenvolvimento de uma avaliação transparente, formativa, democrática e integral. (PCNs. Zabala,1998; Luckesi,2006 e outros) Palavras-chave: avaliação da aprendizagem escolar- avaliação formativa - conteúdos de aprendizagem – instumentos de avaliação
6 - O processo da avaliação no ensino e na aprendizagem de matemática. Maria Helena de Assis Mondoni. Celi Espasandin Lopes. UNICSUL/SP.
Este estudo refere-se a uma pesquisa de intervenção junto a alunos de 7ª. Série do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual localizada na cidade de Mauá em São Paulo, na qual sou professora. Esta investigação tem por objetivo discutir como a diversidade de instrumentos de avaliação pode promover uma formação matemática significativa. Busca-se analisar um processo de avaliação diagnóstica pautado na metacognição e realizado em diferentes etapas de interação: individual, em duplas e em grupos. A partir do referencial teórico centrado nos resultados de pesquisas de Hoffman (1993), Santos (1992), Santos, Abrantes (1999), construiremos os dados que depois de analisados darão origem à pelo menos cinco estudos de caso. O foco da análise será nas interferências e/ou contribuições que um processo avaliativo sistemático pode gerar ao processo de aprendizagem matemática dos estudantes. Palavras-chave: avaliação; aprendizagem matemática; ensino fundamental.

SESSÃO XIV
Coordenação: Adair Mendes Nacarato
Dia:12/07/2007, das 09:00 às 12:00 horas

1 - A diversidade geométrica do parque. Maria Bernadete Caetano Theodoro. “Centro Cultural Alta Vila” - Campinas-SP .
Esta comunicação mostrará a experiência da introdução de alunas do 1° ano do Ensino Médio à metodologia e elaboração de um projeto de iniciação científica na área de Geometria, a fim de dar significado ao estudo teórico da disciplina de matemática e auxiliá-las na escolha de sua profissão. Projeto este desenvolvido em um parque da cidade de Campinas.A oportunidade de vivenciar as fases, o planejamento, o projeto, a coleta de dados, pesquisa de campo, cronograma e monografia, estudo da história da matemática, seus conteúdos, sua aplicação, o gosto pela pesquisa, além da experiência escrita nesta disciplina são alguns dos objetivos a serem alcançados. O projeto terá o auxílio da tecnologia para a visualização do resultado final. O trabalho em andamento, traz idéias e experiências interessantes a serem compartilhadas. Palavras-chave: geometria, projeto de iniciação científica, leitura e escrita em matemática
2 - O ensino de frações em livros didáticos de matemática voltados para a educação de jovens e adultos. Paula Resende Adelino, Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), os materiais didáticos existentes não são distribuídos gratuitamente e, portanto, não são avaliados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Buscando suscitar uma reflexão sobre a adequação desses materiais às condições e especificidades dos alunos jovens e adultos, este trabalho tem o propósito de analisar como o conceito de fração é construído e apresentado em livros didáticos de matemática voltados para a EJA. Serão selecionados materiais voltados para o 2º segmento do Ensino Fundamental, nos quais a abordagem dos diferentes conceitos relacionados às frações, bem como as indicações presentes nos manuais do professor, serão analisadas a partir de suas relações com as características e peculiaridades de seu público. Palavras-chave: Educação Matemática de Jovens e Adultos, Livros Didáticos, Ensino de Frações.
3 - Trabalhando textos em turmas de EJA: abordagens interdisciplinares para melhorar o numeramento. Cláudia de Oliveira Lozada, CEETEPS (ETE Lauro Gomes, FATEC São Bernardo do Campo); Mauro Sérgio Teixeira de Araújo. Universidade Cruzeiro do Sul.
Esta comunicação tem como objetivo demonstrar a importância da interdisciplinaridade como fator integrador de temas de Matemática e Física em turmas de EJA do Ensino Médio, constituindo-se como estratégia de ensino para minimizar as dificuldades que os alunos apresentam em relação aos conteúdos destas disciplinas, contribuindo com o numeramento (Fonseca, 2005; Toledo, 2003).Por meio de um trabalho cooperativo (Freinet,1974,1985; Freire, 1994), com 2 turmas de EJA da 1º termo do Ensino Médio, propusemos a leitura e interpretação de um texto que contemplasse não apenas a interdisciplinaridade (Fazenda, 2001) entre Matemática e Física, mas resgatasse conteúdos do início do semestre, permitindo uma resignificação dos mesmos, com resultados significativos a serem apresentados. Palavras-Chave: Interdisciplinaridade, Educação Matemática, EJA, Numeramento.
4 - Jornal de Matemática – uma experiência de estágio. Darcy de Liz Biffi; Lisiane Lazari Armiliato; Naira Girotto; UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense – Lages – SC.
A idéia de criar um jornal de matemática produzido por estudantes do Ensino Fundamental de (5ª à 8ª), surgiu durante o período de observação, de duas estagiárias da 5ª Fase do Curso de Licenciatura em Matemática, da UNIPLAC. Após a observação as estagiárias deveriam elaborar um projeto para ser desenvolvido na 6ª Fase, em uma escola pública. Com o objetivo de chamar a atenção dos alunos para novas formas de apreciar o ensino e a aplicabilidade da matemática, as estagiárias motivaram e instigaram os estudantes a escreverem notícias, informações, utilidades, desafios e ludicidade sobre matemática. Tiveram como meta formar equipes e trabalhar com toda a organização necessária de um jornal. O resultado foi a produção da primeira tiragem do jornal em novembro de 2006. Palavras-chave: criar um jornal – matemática em notícias – ler e escrever matemática.