Conexões: Deleuze e Território e Fugas e…

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Político. O encontro do V Seminário Conexões: Deleuze e Territórios e Fugas e… como XII Simpósio Internacional de Filosofia Nietzsche/Deleuze, desdobrando nos artigos e imagens deste livro, é inerentemente político. Político na dupla perspectiva experimentada por Deleuze, a partir do que estabeleceu de intercessor com os pensamentos de Kant, Espinosa e, principalmente, Nietzsche. Por um aspecto é análise de um processo histórico, das forças em tensão no capitalismo no contexto de uma sociedade de controle (daí do encontro ser recusada por certos especialistas de alguns órgãos de financiamento, assim como pela resistência ou desqualificação de muitas ideias ali territorializadas por parte daqueles que defendem o discurso da ordem e buscam fixar o sentido maior de ciência, de arte e de filosofia). Por outro aspecto, político é o devir enquanto acontecimento espacial na criação do novo: fugir dos meios de controle e precipitar acontecimentos como criação de pensamentos e ações afirmativas do mundo/vida. Eis a potência de uma geografia negada e combatida por muitos especialistas (geógrafos, filósofos, etc) que se articulam em verdades absolutas, já estabelecidas por uma visão cronológica da história, para organizar as formas de evitar que o devir aconteça. Mas o devir não é histórico e o pensamento geofilosófico pode atualizá-lo em sua força subversiva a ordem instaurada, potencializando acontecimentos de novas subjetividades, pensamentos e ações. Afirmando a vida em sua multiplicidade e diferenciação espacial, esse aspecto político do encontro é a força do devir aqui experimentado em palavras e imagens e…

Cláudio Benito O. Ferraz – Coordenador do Grupo de Pesquisa Linguagens Geográficas Departamento de Educação da FCT/Unesp