
De que forma as crianças pequenas participam das práticas
culturais marcadas por determinadas formas de linguagem? Em que situações –
escolares ou não escolares – determinadas formas de linguagem e/ou a cultura
escrita estão presentes na vida das crianças? Como, na infância, as
possibilidades lúdicas e criativas se ampliam por meio de diversas formas de linguagem?
Como o ensino da escrita e da leitura pode ser desenvolvido na escola e fora
dela? Com diferentes ênfases, as discussões sobre o desenvolvimento de formas
de linguagem estão sempre presentes quando tratamos da educação da infância.
Historicamente, o crescente processo de escolarização e formalização da leitura
e escrita teve como efeitos o enfraquecimento do caráter lúdico e imaginário da
linguagem, o distanciamento das inúmeras formas e práticas de linguagem, nas
quais as crianças estão imersas e compartilham com o mundo adulto, e, como
parte deste processo, a desconsideração das práticas culturais relacionadas à
linguagem escrita. Assim, de forma a problematizar as relações da infância com
a cultura e/ou com a linguagem escrita, é neste
reúne trabalhos apresentados no 18º Congresso de Leitura do Brasil (2012), no
VI COPEDI – Congresso Paulista de Educação Infantil e II Congresso
Internacional de Educação Infantil (2012). – Ana Lúcia Horta Nogueira
a educação das infâncias sem antagonizar o lúdico e as culturas da escrita,
fazendo desconstruções necessárias (como alerta uma das autoras, Miriam Noal),
indo além da escolarização e deixando brechas para estar “aquém da Pedagogia”
(parafraseando César Pereira Leite). Vivendo este momento de crise e de riscos
na Educação Infantil, este livro é oportuno e relevante para nossas lutas em
defesa dos direitos das crianças e para o aprofundamento das diferenças,
denunciando e propondo a superação das desigualdades. Concordo com o arquiteto
catalão Cezar Muñoz quando diz que para criar o novo de que tanto necessitamos,
AS CRIANÇAS SÃO IMPRESCINDÍVEIS. Diz ele que o bom educador e a boa educadora
são exatamente aqueles/as que não se esqueceram que foram crianças. (…)
Recomendo vivamente a leitura deste livro a todos e todas que querem participar
da criação do novo, que escutam o grito do mundo! – Ana Lúcia Goulart de Faria
Goulart de Faria.
paisagem, Davina Marques e Ivânia Marques.
crianças falarem, Marcia Aparecida Gobbi.
brincadeiras que são gritos, Mirian Lange Noal.
a experiência do trabalho em grupo em contexto não escolar, Adriana Lia
Friszman de Laplane, Ivani Rodrigues Silva e Angélica Bronzatto de Paiva e
Silva.
atuais, Cecilia M. A. Goulart.
interesse das crianças pela leitura e escrita, Vanessa Ferraz Almeida Neves e
Sara Mourão Monteiro.
orientações sobre a alfabetização e o letramento das crianças, Ana Carolina
Perrusi Brandão e Telma Ferraz Leal.
infância e da educação, Ana Cristina do Canto Lopes Bastos, José
Fernando Teles da Rocha e Maria das Graças Sandi Magalhães.